Maior erupção solar em uma década pode afetar a Terra. Saiba como

A imensa explosão de radiação já causa interrupções nas redes de rádio e pode desencadear fortes auroras nos próximos dias.

Por Andrew Fazekas
Publicado 8 de nov. de 2017, 20:35 BRST, Atualizado 5 de nov. de 2020, 03:22 BRT
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O Observatório de Dinâmica Solar da Nasa capturou esta imagem de uma erupção solar X9.3 em 6 de setembro.
Foto de NASA, Gsfc, Sdo

Na manhã da última quarta-feira, nossa estrela emitiu duas monstruosas erupções solares. Uma delas, a segunda, foi a mais forte que vimos em mais de uma década. A explosão de radiação foi tão intensa que, em lugares da Terra onde o sol batia no momento, ondas de rádio de altas-frequências foram interrompidas por cerca de uma hora.

Erupções solares são enormes explosões na superfície do sol que ocorrem quando linhas de campo magnético retorcidas se rompem, liberando quantidades massivas de energia.

Cientistas de clima espacial classificam as erupções com base em sua intensidade – a classe X é a mais poderosa. As explosões podem liberar tanta energia quanto um bilhão de bombas de hidrogênio.

De acordo com a Agência Nacional de Oceanos e Atmosfera (NOAA), dos EUA, o sol começou a projetar sua fúria às 5:10 da quarta-feira com uma erupção X2.2. Apenas 3 horas depois, o astro produziu uma segunda erupção medindo impressionantes X9.3 – o registro mais alto desde 2006.

A erupção mais potente registrada nos tempos modernos foi em 2003, quando pesquisadores observaram uma explosão tão forte que quase não coube na escala – X28.

Nesta quinta-feira, cientistas que utilizavam o satélite Observatório Solar e Heliosférico (SOHO), confirmaram que uma nuvem gigante de partículas carregadas – chamada de ejeção de massa coronal (EMC), e fruto das erupções – está a caminho da Terra.

Até uma pequena distorção no campo magnético do nosso planeta, causada por uma potente EMC, pode desencadear uma tempestade geomagnética. O evento é capaz de perturbar o funcionamento de satélites, navegações por GPS e malhas de energia elétrica. Mas pode, também, promover auroras especialmente brilhantes. Cientistas do SOHO preveem que uma forte tempestade geomagnética atingirá a Terra amanhã, dia 8.

Observadores do céu, particularmente quem está em grandes latitudes, devem ficar atentos à aparição de auroras até o fim desta semana e começo da próxima.

O sol, no entanto, pode continuar bravo nos próximos dias. A mesma mancha solar responsável pelas erupções de quarta-feira, conhecida pelos cientistas como região 2673, liberou uma erupção média, de classe M, na terça-feira, que também desencadeou um alerta de aurora.

Enquanto o sol caminha para o nível mínimo de atividade em seu ciclo natural de 11 anos, essas manchas solares podem continuar a explodir nos próximos dias.  

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Com Will Smith

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