Nome comum: gorila-das-montanhas
Nome científico: Gorilla beringei beringei
Tipo: Mamífero
Dieta: Onívoro
Coletivo: Bando
Expectativa média de vida na natureza: 35 anos
Tamanho: Em pé, entre 1,2 e 1,8 metros
Peso: Entre 130 e 220 quilos
Existem cerca de mil gorilas-das-montanhas restantes na Terra, e cerca de metade vive nas florestas das montanhas de Virunga, na África Central. Os gorilas-das-montanhas são uma subespécie do gorila-oriental (Gorilla beringei). Como seu nome sugere, eles vivem nas montanhas em altitudes entre 2,4 mil e 4 mil metros.
Conservação
Esses gorilas vivem nas encostas verdes e vulcânicas de Ruanda, Uganda e República Democrática do Congo — áreas sujeitas à muita violência humana da qual os gorilas não escapam ilesos. A perda de habitat é uma grande ameaça: a agricultura, o garimpo ilegal e o desmatamento para produção de carvão degradaram suas florestas. Os primatas muitas vezes são capturados em armadilhas preparadas para outros animais para fins de alimentação humana. As mudanças climáticas também representam uma ameaça: embora os gorilas sejam adaptáveis e se desloquem a altitudes mais elevadas para se adaptar às temperaturas mais altas, essas áreas são densamente povoadas e dispõem de pouca floresta remanescente. Contrair doenças humanas também é uma ameaça. A maioria dos gorilas-das-montanhas está habituada à presença humana devido à indústria do turismo e, embora existam protocolos sanitários rigorosos e seja proibido tocar nos gorilas, doenças podem ser transmitidas rapidamente.
A União Internacional para a Conservação da Natureza, que define o status de conservação das espécies, alterou seu status de “criticamente ameaçado de extinção” para “ameaçado de extinção” em 2008, devido a uma melhora em suas populações. Os cientistas, entretanto, alertam que os animais logo poderão voltar à classificação de criticamente ameaçados de extinção.
Machos-alfa e comportamento social
Para se manterem aquecidos nas montanhas, os gorilas-das-montanhas têm pelos mais longos do que seus primos das planícies ocidentais, os gorilas-de-grauer (Gorilla beringei graueri). Geralmente, também são um pouco maiores e possuem braços mais curtos do que os demais gorilas.
Os gorilas podem subir em árvores, mas geralmente são encontrados no solo em comunidades de até 30 indivíduos. Esses bandos são organizados de acordo com estruturas sociais fascinantes. Os bandos são liderados por um macho adulto dominante e mais velho, muitas vezes denominado “dorso prateado” devido à faixa de pelo prateado que adorna sua pelagem escura. Os bandos incluem ainda diversos outros machos jovens, algumas fêmeas e seus filhotes.
O líder organiza as atividades do bando, como alimentação, aninhamento nas folhas e deslocamento pelo território do grupo, que se estende por uma área entre 2 e 41 quilômetros quadrados.
Aqueles que desafiam o macho alfa geralmente são intimidados por demonstrações impressionantes de força física. O alfa pode ficar em pé, atirar objetos, fazer investidas agressivas e bater em seu peito enorme enquanto produz uivos potentes ou solta um rugido assustador. Apesar dessas exibições e da inequívoca força física dos animais, os gorilas geralmente são calmos e inofensivos, a menos que sejam perturbados.
Nas florestas densas da África Central e Ocidental, os bandos encontram alimentos abundantes para sua dieta vegetariana. Eles se alimentam de raízes, brotos, frutas, aipo selvagem e cascas e polpas de árvores.
Reprodução
Uma gestação de quase nove meses de uma gorila fêmea gera um filhote. Ao contrário de seus pais fortes, os recém-nascidos são pequenos — pesando cerca de 1,8 quilos — e não fazem nada além de se agarrar à pelagem das mães. Esses filhotes montam nas costas das mães entre os 4 meses de idade e os primeiros 2 ou 3 anos de vida.
Os gorilas jovens, entre 3 e 6 anos, assemelham-se a crianças humanas, segundo observadores humanos. Eles passam grande parte do dia brincando, subindo em árvores, perseguindo uns aos outros e balançando em galhos.
Em cativeiro, os gorilas demonstraram inteligência significativa e até aprenderam a linguagem humana simples de sinais.