12 figuras LGBTQ+ históricas que mudaram o mundo

Estes ativistas, artistas, médicos e escritores tiveram participação essencial na defesa da causa gay em todo o mundo.

Por Mary Beth McAndrews
Publicado 28 de jun. de 2018, 11:56 BRT, Atualizado 25 de jun. de 2021, 10:56 BRT
Eleanor Roosevelt segurando uma cópia da Declaração Universal dos Direitos Humanos em 1946. Roosevelt foi presidente ...
Eleanor Roosevelt segurando uma cópia da Declaração Universal dos Direitos Humanos em 1946. Roosevelt foi presidente do comitê que escreveu o documento e é considerada a força por trás desse avanço.
Foto de Fotosearch/Getty Images

O mês do orgulho LGBTQ+ é um momento de celebração e aceitação. Bandeiras coloridas são estendidas, grupos correm para as paradas e pessoas que se identificam como LGBTQ+ e aliados se enfeitam para mostrar seu orgulho. Mas também é um momento de honrar as pessoas que trilharam o caminho para o ativismo dos diretos gays, como Sylvia Rivera e Marsha P. Johnson, ou que se tornaram ícones culturais através de seu trabalho, como os escritores Virginia Woolf e Ifti Nasim.

Para honrar o mês do orgulho, descubra algumas das figuras históricas LGBTQ+ mais proeminentes e o impacto que causaram.

Sylvia Rivera

Sylvia Rivera era queer, latina, se identificava como drag queen e lutava incansavelmente pelos direitos dos transgênero, assim como pelos direitos dos gênero não-conformistas. Depois das Rebeliões de Stonewall, onde dizem que ela jogou o primeiro tijolo, Rivera começou a S.T.A.R. (Ação Travesti Revolucionária das Ruas), um grupo focado em oferecer abrigo e apoio aos jovens queer sem teto, com Marsha P. Johnson. Ela também lutou contra a exclusão de transgêneros no New York’s Sexual Orientation Non-Discrimination Act. Ela foi ativista até sua morte, participando da Empire State Pride Agenda sobre a inclusão trans.

Marsha P. Johnson

Marsha P. Johnson era uma mulher negra trans, uma trabalhadora do sexo e ativista que passou grande parte de sua vida lutando por igualdade. Ela era uma figura materna para drag queens, mulheres trans e jovens sem teto na Christopher Street em Nova Iorque. Ela estava ao lado de Sylvia Rivera no começo das Rebeliões de Stonewall e juntas elas fundaram a S.T.A.R. Johnson, junto com Rivera, foi uma figura central no início do movimento de libertação gay nos anos 1970 nos Estados Unidos.

Josephine Baker

Josephine Baker era uma artista conhecida na Idade do Jazz e se identificava como bissexual. Ela foi uma das artistas afro-americanas de mais sucesso na história da França e usou sua plataforma para defender o fim da segregação, se recusando a se apresentar em locais segregados e falando na marcha de 1963 em Washington. Baker também foi uma espiã francesa durante a Segunda Guerra Mundial, repassando segredos que ela ouvia enquanto trabalhava para soldados alemães.

Cantora e compositora Josephine Baker esticada em um tapete de tigre com um vestido de seda e brincos de diamante em meados dos anos 1920.
Foto de Hulton Archive/Getty Images

Karl Heinrich Ulrichs

Ulrichs é considerado por alguns como o pioneiro do movimento gay moderno e a primeira pessoa a “sair do armário” publicamente. Na verdade, Volkmar Sisgush, um estudioso alemão de ciências sexuais, o descreveu como “o pioneiro mais decisivo e influente da emancipação homossexual... na história do mundo.”. Ulrichs foi juiz na Alemanha, mas foi forçado a se aposentar em 1853, depois que um colega descobriu que ele era gay. Depois de se aposentar, ele se tornou um ativista dos direitos gays. Ele escreveu panfletos sobre ser gay na Alemanha e, em 29 de agosto de 1867, Ulrichs se pronunciou em Munique no Congresso dos Juristas para exigir direitos iguais para todas as sexualidades.

Michael Dillon

Michael Dillon foi o primeiro homem trans a fazer uma faloplastia, a construção cirúrgica de um pênis. Também se acredita que ele tenha sido a primeira pessoa a fazer terapia hormonal com testosterona para começar sua transição. Dillon se tornou médico e serviu como médico naval. No entanto, a imprensa descobriu que Dillon não tinha nascido homem e a atenção gerada fez com que ele fugisse para a Índia. Lá, ele fez votos para se tornar um monge em um monastério budista.

Virginia Woolf

A escritora feminista icônica foi casada com Leonard Woolf enquanto tinha um caso com a escritora Vita Sackville-West, que era abertamente bissexual. Quando escrevia sobre seu caso e seu casamento, Woolf disse em seu diário, “A verdade que é podemos ter vários relacionamentos bons”. Acredita-se que seu livro, Orlando, seja uma carta de amor que fala de seu relacionamento com Sackville-West. O filho de Sackville-West descreveu o livro como “a carta de amor mais longa e charmosa da literatura.”

Bayard Rustin

Bayard Rustin era um amigo próximo e conselheiro de Martin Luther King Jr. e organizador da Marcha de Washington de 1963. No entanto, por ser um homem abertamente gay, ele não foi muito reconhecido por seu papel no movimento dos direitos civis. A sexualidade de Rustin foi usada contra ele e Dr. King pelos partidos opostos, que ameaçavam espalhar mentiras sobre o relacionamento deles. Isso forçou Rustin a trabalhar nas sombras para evitar a geração de controvérsia sobre Dr. King e a Marcha de Washington. Apesar disso, Rustin continuou sendo um ativista político e gay, que trabalhou para trazer a crise da AIDS à atenção da NAACP (Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor).

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    Afro-americano ativista dos direitos civis, Bayard Rustin fala com um repórter durante as rebeliões do Harlem em 23 de julho de 1964.
    Foto de <p> Hulton Archive/Getty Images</p> <p>&nbsp;</p>

    Eleanor Roosevelt

    A antiga primeira dama foi uma humanitária dedicada, presidente do comitê que escreveu a Declaração Universal dos Direitos Humanos para a ONU e promoveu ativismo social durante e depois do seu tempo na Casa Branca. Enquanto era casada com o Presidente Franklin D. Roosevelt, acredita-se que Eleanor Roosevelt tenha tido um caso com a jornalista Lorena Hickok, a primeira mulher a ter sua assinatura na primeira página do New York Times. Suas cartas, quase quatro mil delas, contam a história de um romance. Uma delas inclui uma nota de Roosevelt dizendo “Oh! Como foi bom ouvir sua voz, era inadequado tentar te dizer o que aquilo significava, Jimmy estava do meu lado e eu não podia dizer ‘je t’aime et je t’adore’ como eu gostaria, mas lembre-se sempre que eu estou dizendo isso e que eu vou dormir pensando em você e repetindo o que nós dizemos.”

    Frida Kahlo

    Frida Kahlo era uma talentosa pintora e abertamente bissexual. Ela usava seu meio para abordar tópicos que eram tabus, como a sexualidade feminina, dor e padrões de beleza feminina, primariamente através de autorretratos. Ela também honrou a cultura indígena do México através de sua arte, que atraiu a atenção do pintor mexicano Diego Rivera. Rivera se tornou seu patrono e os dois acabaram se casando. Durante seu casamento, sabia-se que Kahlo tinha casos com homens e mulheres, inclusive Josephine Baker e Leon Trotsky.

    Frida Kahlo de pé ao lado de sua pintura intitulada “Me Twice” em 1939.
    Foto de <p> Bettmann Archive/Getty Images</p> <p>&nbsp;</p>

    Nancy Cárdenas

    Escritora de peças e diretora, acredita-se que Nancy Cardón foi uma das primeiras pessoas mexicanas a “sair do armário” na televisão. Muito de seu trabalho girava em torno de sua identidade lésbica, escrevendo coleções de poesias e peças falando de temas gays e lésbicos. Ela não era só escritora – também era ativista. Cárdenas ajudou a começar a luta contra o preconceito contra gays no México e lutou por direitos iguais para todos, independentemente de sua sexualidade.

    Simon Nkoli

    Simon Nkoli é visto por muitos como o herói central da luta dos gays e lésbicas na África do Sul. Ele era ativista antiapartheid, dos direitos gays e do HIV/AIDS, que fundou a Gay and Lesbian Organisation of the Witwatersrand (GLOW). Em 1990, Nkoli e GLOW organizaram a primeira marcha do orgulho em Johanesburgo. Eles também tiveram um papel importante em convencer o African National Congress, partido político líder da África do Sul, a reconhecer os direitos dos gays e lésbicas no país. Cinco anos depois, Nkoli declarou seu status HIV positivo e começou a trabalhar para desestigmatizar o HIV/AIDS.

    Ifti Nasim

    Ifti Nasim era um poeta paquistanês gay que se mudou para os Estados Unidos para evitar a perseguição devido à sua sexualidade. Sua coleção de poemas, Narman, é considerado o primeiro livro de tema gay da poesia escrito e publicado em urdu. Ele também fundou a SANGAT/Chicago, uma organização que dava apoio à comunidade LGBTQ+ do sul da Ásia. Nasim foi honrado em 1966, sendo incluído no Corredor da Fama LGBTQ+ de Chicago.

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