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Página do Fotógrafo
Ivan Mattos
“Trata-se de um indivíduo de alto risco, por ser uma das espécies mais perigosas em relação à peçonha, e por não ter, até o momento, em território nacional, soro antiofídico”, observou o Zoológico de Brasília em nota.
O Zoológico de Brasília informa que a naja está fisicamente bem, mas segue em observação para maiores análises comportamentais.
O estudante foi tratado com a única dose de soro antiofídico para o veneno dessa espécie do país, doada pelo Instituto Butantan, de São Paulo.
O depoimento dele é muito aguardado para que a polícia entenda como a naja de monóculo veio parar em Brasília. Outras 16 serpentes foram apreendidas pelos órgãos ambientais no Distrito Federal na última semana e acredita-se que elas façam parte desse mesmo esquema de tráfico de vida selvagem que envolve a naja.
Em coma, o estudante ficou internado em estado grave e recebeu alta da UTI no último domingo (12/07). Ele foi multado pelo Ibama por criar o animal ilegalmente em casa e está sob investigação.
A naja ficará no Zoológico de Brasília até que os órgãos ambientais definam sua destinação final. Segundo a polícia, a espécie pode valer até R$ 20 mil no comércio ilegal.
O estudante foi picado pela naja e, antes de ir para o hospital, entregou a serpente a um amigo. A Naja kaouthia foi resgatada e agora está sendo cuidada na Fundação Jardim Zoológico de Brasília, para onde foi levada no dia 8 de julho.
A polícia trabalha com a suspeita de tráfico de animais silvestres. As investigações apontam para o fato de que esse espécime era criado em casa por um estudante de medicina veterinária.
A serpente foi encontrada pela polícia dentro de uma caixa após ser abandonada nas proximidades de um shopping em Brasília. A naja de monóculo é oriunda de regiões da Ásia e da África.
Esta naja de monóculo (Naja kaouthia), uma das espécies mais venenosas do mundo, está há alguns dias no centro de uma grande polêmica no Distrito Federal.