Coelho-dos-vulcões

Por Joel Sartore

O coelho-dos-vulcões está ameaçado de extinção e habita as encostas de quatro vulcões, todos localizados a 45 minutos da Cidade do México.

Foto de Joël Sartore, National Geographic Photo Ark

Nome comum: coelho-dos-vulcões

Nome científico: Romerolagus diazi

Tipo: Mamífero

Dieta: Herbívoro

Peso: Até meio quilo

Quem são os coelhos-dos-vulcões?

Mamíferos de orelhas e pernas curtas, um dos menores coelhos do mundo. A espécie recebeu esse nome devido ao seu habitat único: vive nas encostas de apenas quatro vulcões extintos na região central do México, cada um a cerca de 45 minutos da Cidade do México. O coelho-dos-vulcões está ameaçado de extinção, com menos de sete mil indivíduos remanescentes na natureza.

Descrição

Esses pequenos coelhos pesam cerca de meio quilo na idade adulta. As orelhas são atarracadas e arredondadas e a pelagem é curta, densa e de cor preta ou marrom, o que ajuda os coelhos a se disfarçarem em meio ao solo rochoso e vulcânico de seu habitat. Eles se reproduzem principalmente nos meses quentes e chuvosos, com gestações que costumam durar 40 dias. Os coelhos são crepusculares — mais ativos no início da manhã e ao anoitecer. Normalmente passam o tempo de inatividade em tocas subterrâneas, onde vivem em pequenos grupos de três ou quatro indivíduos.

Habitat e dieta

Os coelhos-dos-vulcões dependem de um tipo específico de vegetação chamado zacaton para sobreviver, a qual cresce em tufos espessos nas encostas alpinas onde esses coelhos vivem. Os coelhos-dos-vulcões se movimentam por caminhos abertos pelo deslocamento de outros animais na grama. O zacaton é alto e denso, o que ajuda os coelhos a se esconderem de predadores, como doninhas, linces e búteos-de-cauda-vermelha.

O zacaton também é o principal componente da dieta dos coelhos-dos-vulcões, embora eles obtenham nutrição adicional de uma variedade de folhagens, como plantas e cascas de árvores.

Ameaças

O habitat dos coelhos-dos-vulcões foi fragmentado pelo desenvolvimento rodoviário, agrícola e urbano. A espécie atualmente é encontrada em menos de 20 trechos desconectados de pastagens abertas e florestas de pinheiros, todos cerca de três mil a 3,6 mil metros acima do nível do mar nas encostas dos vulcões. A fragmentação do habitat torna os trechos remanescentes menos salutares: fica mais difícil para as sementes se espalharem, limitando a diversidade e abundância da vida vegetal em um determinado local, esgotando as fontes de alimentação dos coelhos.

A agricultura também reduz as pastagens remanescentes. Gado e ovelhas pastam demasiadamente no zacaton, e agricultores queimam a grama para promover um novo crescimento nas pastagens e a cortam para utilizá-la como palha.

As mudanças climáticas também são uma ameaça. Um estudo concluiu que o aumento das temperaturas fará com que os coelhos-dos-vulcões migrem para maiores altitudes nas montanhas, cerca de 700 metros ao longo do próximo século, diminuindo ainda mais a extensão de habitat da espécie.

Conservação

Embora no México seja ilegal caçar os coelhos-dos-vulcões ameaçados de extinção, muitas vezes as leis não são aplicadas. Alguns indivíduos de comunidades indígenas próximas ao habitat dos coelhos-dos-vulcões atualmente estão engajados em iniciativas de conservação. Uma comunidade indígena, a Milpa Alta, montou uma brigada de conservação que ajuda a monitorar os coelhos, embora o grupo sofra com a falta de financiamento e recursos.

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