Nome comum: Orca (baleia-assassina)
Nome científico: Orcinus orca
Tipo: Mamífero
Dieta: carnívora
Coletivo: Grupo
Expectativa média de vida na natureza: Entre 50 e 80 anos
Tamanho: entre 7 e 10 metros
Peso: Até 6 toneladas
As orcas, ou baleias-assassinadas, são os maiores golfinhos e um dos predadores mais potentes do mundo. São reconhecidos imediatamente por sua coloração preta e branca características. Inteligentes e sociáveis, as orcas emitem uma grande variedade de sons comunicativos, e cada grupo produz ruídos distintivos reconhecidos por seus membros até mesmo à distância. Elas fazem uso de ecolocalização para se comunicar e caçar, emitindo sons que reverberam embaixo d’água até encontrar objetos e depois retornam, revelando sua localização, tamanho e formato.
Caça e dieta alimentar
Embora seja comum sua presença em águas frias e costeiras, as orcas podem ser encontradas em regiões polares e até mesmo na linha do equador. Elas estão no topo da cadeia alimentar e apresentam dietas muito variadas, banqueteando-se com peixes, pinguins e mamíferos marinhos, como focas, leões marinhos e até mesmo baleias, abocanhando com dentes que podem alcançar cerca de dez centímetros de comprimento. São conhecidas por agarrar focas diretamente no gelo. Também se alimentam de peixes, lulas e aves marinhas.
As orcas caçam em grupos familiares mortais de até 40 indivíduos. Tudo indica que existem populações permanentes e temporárias de grupos de orcas. Esses diferentes grupos podem atacar animais distintos e adotar diferentes técnicas para capturá-los. Os grupos permanentes normalmente preferem peixes, ao passo que os temporários têm como alvo mamíferos marinhos. Todos os grupos utilizam técnicas eficazes de caça cooperativa comparáveis com o comportamento de alcateias de lobos.
As orcas protegem seus filhotes, e outras fêmeas adolescentes muitas vezes ajudam a mãe a cuidar deles. As mães têm novos filhotes a intervalos entre três e 10 anos, após uma gestação de 17 meses. A cada parto, nasce um filhote, que pode mamar por até dois anos. Na maioria dos casos, o vínculo entre o filhote e a mãe acabará enfraquecendo, e a jovem orca seguirá seu próprio caminho, mas em alguns grupos, o jovem pode permanecer com o grupo em que nasceu por toda a vida.
Orcas em cativeiro
As orcas são mamíferos sociáveis muito inteligentes que há muito fazem parte do entretenimento dos parques marinhos, realizando apresentações para o público. No entanto está ficando cada vez mais evidente que as orcas não se adaptam ao cativeiro.
Elas precisam nadar até 64 quilômetros por dia, procurando alimento e se exercitando ao mesmo tempo. Elas mergulham entre 30 e 150 metros de profundidade por diversas vezes ao dia, todos os dias. Quer tenham nascido na natureza ou em cativeiro, todas as orcas que nascem têm o mesmo instinto inato de nadar longas distâncias e mergulhar fundo. Recintos artificiais em cativeiro não podem oferecer esse tipo de alcance às orcas, contribuindo para o tédio e o estresse. Há registro de orcas que desenvolveram estereotipias, também conhecidas como zoocose — padrões repetitivos de atividade sem função óbvia, como automutilação, balanços e movimentos repetitivos. Geralmente relacionado ao estresse e habitats inadequados, o comportamento de estereótipos tem sido documentado em orcas em pesquisas científicas desde o fim da década de 1980.
Na natureza, as orcas vivem em grupos familiares unidos que compartilham uma cultura sofisticada e única que é transmitida de geração para geração, conforme demonstrado por pesquisas. Em cativeiro, as orcas são mantidas em grupos sociais artificiais. As orcas nascidas em cativeiro geralmente são transferidas entre instalações, rompendo relações sociais. O estresse do rompimento social é agravado pelo fato de que as orcas em cativeiro não têm possibilidade de escapar do conflito com outras orcas ou de praticar comportamentos naturais de nado nas piscinas em que são colocadas.
Em 2013, o documentário Blackfish expôs o fardo psicológico do cativeiro, revelando a história de uma orca capturada na natureza chamada Tilikum que matou dois treinadores no parque temático SeaWorld Orlando, nos Estados Unidos. O filme incluiu depoimentos de ex-treinadores do SeaWorld e especialistas em cetáceos, que argumentaram que o estresse de Tilikum levou diretamente à sua agressão contra humanos.