Pirarucu

Por Redação National Geographic

O pirarucu, originário da América do Sul, é um dos maiores peixes de água doce do planeta.

Foto de Stephen Álvarez NAT GEO IMAGE COLLECTION

Nome comum: Pirarucu

Nome científico: Arapaima gigas

Dieta: Carnívoro

Tamanho: Até 4,5 metros

Peso: Até 200 quilos

Também conhecido como arapaima, o pirarucu é um peixe de respiração aérea presente em rios, lagos e pântanos da floresta equatorial na Bacia Amazônica, América do Sul. Uma das maiores espécies de peixes de água doce do mundo, esses gigantes podem alcançar até 4,5 metros de comprimento e pesar até 200 quilos, embora peixes tão grandes assim não tenham sido encontrados por muitos anos. Geralmente, o comprimento mais comum encontrado é de cerca de 1,8 metro e seu peso, de 90 quilos.

Os pirarucus têm cabeças afuniladas, verde-acobreadas, bocas voltadas para cima e corpos aerodinâmicos repletos de escamas de coloração preta com centro branco. Uma barbatana dorsal se estende ao longo das costas em direção às caudas enormes e vermelhas. O nome pirarucutem origem na língua tupi e significa “peixe vermelho”.

Por respirarem apenas fora da água, os pirarucus podem ficar embaixo d’água apenas entre 10 e 20 minutos. Geralmente permanecem próximos à superfície da água antes de subir para respirar, utilizando uma bexiga natatória modificada que se abre na boca do peixe e atua como um pulmão. O ruído alto e distintivo da respiração é semelhante a uma tosse e pode ser ouvido de longe.

Dieta alimentar

Este gigante sul-americano utiliza uma estratégia de alimentação por “sucção”: ao abrir sua boca imensa, o peixe cria um vácuo que suga os alimentos próximos. Os pirarucus se alimentam principalmente de peixes, mas ainda consomem frutas, sementes e insetos.

Predadores vorazes, também podem fazer uso de impulsos curtos e rápidos para saltar para fora da água e agarrar aves, lagartos e até pequenos primatas em galhos baixos.

Reprodução

Sua movimentação e ciclo reprodutivo dependem em grande medida das cheias sazonais da Amazônia. Quando os rios transbordam, os peixes se dispersam em planícies inundadas contendo tanta vegetação em decomposição que o teor de oxigênio é baixo demais para a sobrevivência da maioria dos peixes. Posteriormente, durante os meses de vazante, os pirarucus constroem ninhos na areia no fundo dos rios, onde as fêmeas depositam os ovos.

Os machos adultos desempenham um papel reprodutivo peculiar, incubando dezenas de milhares de ovos em suas bocas, protegendo-os agressivamente e deslocando-os quando necessário. Os ovos começam a eclodir à medida que o aumento do nível da água lhes proporciona condições de inundação propícias para se desenvolverem.

‘Bacalhau da Amazônia’

Por muito tempo, a Arapaima gigas foi considerada a única espécie de pirarucu, mas, em 2013, os cientistas comprovaram a existência de outra espécie do peixe. Desde então, novos estudos demonstraram que podem existir cinco ou mais espécies de pirarucu.

Por vezes conhecidos como o “bacalhau da Amazônia”, o pirarucu é considerado um excelente alimento e oferece uma importante fonte de proteína à população na Amazônia há séculos. Os moradores costumam salgar e desidratar sua carne para sua conservação, técnica importante em uma região com pouca refrigeração.

A proximidade do animal com a superfície da água torna os pirarucus vulneráveis a predadores humanos, que podem facilmente atingi-los com arpões e lanças. A população do peixe apresentou um declínio drástico em toda a região, sobretudo devido à pesca predatória. Nos últimos anos, novas práticas de manejo adotadas por comunidades pesqueiras da região aumentaram as populações de pirarucu.

Além de ficarem enormes, os pirarucus também apresentam o crescimento mais acelerado conhecido entre todos os peixes, o que torna a espécie ideal para a exploração comercial. Os pirarucus foram introduzidos como espécie empregada na piscicultura em outros rios na região tropical da América do Sul. Também foi introduzido para a pesca esportiva na Tailândia e na Malásia.

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