Contagem regressiva para uma nova era no espaço
A corrida espacial foi o auge da Guerra Fria e gerou ícones na cultura pop. E culminou na maior jornada da humanidade, que completa 50 anos.
Confira a reportagem completa na edição de julho da revista National Geographic Brasil.
Meio século atrás, astronautas caminharam pela primeira vez na superfície da Lua. O êxito da missão Apollo 11 demonstrou a enge-nhosidade e a determinação dos seres huma-nos. Agora, a Lua volta a ser um destino para uma geração de empreendedores, que vai testar a viabilidade do conceito “pesquisa + lucros”.
Os animais foram os primeiros viajantes espaciais, abrindo o caminho para astronautas que ganharam fama – e para heróis menos conhecidos.
Yuri Gagarin, Alan Shepard, John Glenn, Neil Armstrong – o primeiro grupo de viajantes espaciais – eram astronautas de formação militar, prontos para cumprir missões arriscadas. Mas os primeiros voos espaciais não foram exclusivos dos seres humanos. Moscas-de-fruta, macacos, cães, coelhos e ratos foram ao espaço antes de nós. Mais de três anos antes de Gagarin se tornar o primeiro homem a deixar o planeta, em abril de 1961, os soviéticos ganharam notoriedade – nem sempre favorável – ao enviarem ao espaço uma cadela vira-lata. Laika foi o primeiro animal a ser colocado em órbita terrestre, e morreu durante o voo. Os americanos fi eram o mesmo com um chimpanzé, Ham. Ele sobreviveu, abrindo o caminho para que Alan Shepard fosse o primeiro americano a chegar ao espaço, em maio de 1961.
Apesar da discriminação, as mulheres também foram pioneiras. A matemática Katherine Johnson calculou os detalhes da trajetória do voo que faria de John Glenn o primeiro americano a orbitar o planeta, em 1962. Já a cosmonauta Valentina Tereshkova se tornou a primeira mulher em órbita, em 1963. Duas décadas depois, levada pelo ônibus espacial Challenger, Sally Ride foi a primeira americana a chegar ao espaço.
Os primeiros especialistas em foguetes concluíram que um lançador com vários estágios poderia levar pessoas à lua. Foi o que fez o Saturno 5.
De temperamento recluso, o russo Konstantin Tsiolkovsky acreditava que o futuro da humanidade estava nas estrelas. No início do século 20, ele formulou a equação que permitiria aos seres humanos escapar da força gravitacional do planeta. E também imaginou como funcionaria um foguete capaz de ir até a Lua: usando uma mistura de combustíveis líquidos e dividido em vários estágios.
Hermann Oberth e Robert Goddard chegaram a conclusões similares. Em 1926, o americano Goddard lançou um pequeno foguete movido a combustível líquido. Na mesma época, Oberth, na Alemanha, determinou a importância dos múltiplos estágios nas viagens longas.
Quatro décadas depois, as ideias desse trio tornaram-se realidade nos enormes propulsores do foguete Saturno 5, construído para as missões Apollo. Projetado por Wernher von Braun – um cientista da Alemanha nazista que se transferiu, com a sua equipe, para os Estados Unidos após a Segunda Guerra Mundial –, o Saturno 5 era composto de três estágios, que entravam em ação um após o outro. Até hoje, o desenvolvimento de foguetes baseia-se na equação de Tsiolkovsky. Mas nenhum modelo superou o Saturno 5, aquele que conduziu os seres humanos para mais perto das estrelas.
Confira a reportagem completa na edição de julho da revista National Geographic Brasil.