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Página do Fotógrafo
Antonello Veneri
“Este trabalho trouxe minha vida de volta. Estava desocupada e deprimida antes de trabalhar aqui”, conta Rosilene de Sousa Oliveira, 55, funcionária da cooperativa Camapet, que há 20 anos processa material reciclável. “Não tem muitas opções de trabalho para as mulheres da minha idade.” Dos 21 funcionários da Camapet, 11 são mulheres. “Nem todos os homens gostam de levantar pesos”, brinca ela. Com a pandemia, o fluxo de material reciclável diminuiu bastante, e a Camapet tenta não demitir funcionários.
Adroaldo Souza, 26, é catador informal de lixo em Brotas, bairro da região central de Salvador. “Meu ganho caiu pela metade nessa pandemia. Antes, eu chegava a ganhar uns 25 reais por dia, hoje apenas 10 reais. Está tendo menos gente na rua, então é menos lixo."
Carlos Roberto de Jesus, 60 anos, vende flores na mesma sinaleira há 23 anos, próximo à Universidade Federal da Bahia. "As vendas diminuíram bastante. Felizmente tenho uns clientes fiéis que sempre compram flores e me ajudam."
Alex Santos de Oliveira, 32 anos, vende coco na Estrada do Coco. "Fui pescador, garçom de restaurante, mecânico, motorista, pedreiro e eletricista. Sei fazer de tudo, sou um ‘sete ferramentas’, como se fala aqui. Antes da covid-19, trabalhava numa barraca na praia, praticamente nasci na praia."
Josenilson Santos de Oliveira, 45 anos, é segurança privado na Pituba, um dos bairros de classe média de Salvador. "Não há muita diferença do que era antes da covid-19. Há menos gente na rua, mas nada mudou."
Tarssio Gomes, 28 anos, é vendedor de panos no trânsito, perto de um shopping. "Estava desempregado e com o começo da pandemia comecei a vender panos na rua. Vi que dava certo e estou aqui todo dia desde cedo. Estou orgulhoso do meu trabalho e da minha cor."
A mulher trans J. L., 27, é trabalhadora do sexo na orla da cidade. "Antes da pandemia, eu tinha cerca de dez clientes por noite, agora só quatro ou cinco. Felizmente, tenho clientes fiéis que continuam vindo. A maioria das minhas colegas não está trabalhando, algumas voltaram, mas a maioria está em casa agora. Eu não.”
Edson Manuel de Jesus, 54 anos, é pescador nas praias de Itapuã, zona norte de Salvador. "Sou pescador há mais de 35 anos. Gosto de pescar siri por que é mais divertido do que pescar peixe. Não fico parado e me movimento o tempo todo. Sou também operador de máquina, mas com a covid-19 não há muito trabalho. Então estou pescando para comer.”
Reinaldo Cardoso, 60 anos, vende frutas e verduras na rua. "É um grande caos, meu amigo. Nas favelas, muitas pessoas não têm nada para comer. Pelo menos eu tenho algo para sobreviver."
Lázaro dos Santos, 54 anos, tem uma banca de peixes. "Normalmente, há muita gente aqui, comprando peixe. Há muitos vendedores de peixe e todos nós trabalhamos bem, mas agora as pessoas têm medo de que as bancas fiquem lotadas e, veja, é por volta do meio-dia e ainda tenho muito peixe não vendido."