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Página do Fotógrafo
Giulio Paletta
Com o alagamento do reservatório da Usina de Belo Monte, as águas do rio Xingu (na foto) encobriram uma área de 516 km². Em sua capacidade máxima, ainda a ser atingida, a usina gerará 11,2 megawatts de potência, suficiente para fornecer energia a 60 milhões de brasileiros. A empresa responsável pelo projeto, Norte Energia, disse ter dispensado R$ 6,3 bilhões em ações socioambientais desde 2016. No entanto, muitas famílias ribeirinhas deslocadas ainda esperam para serem reassentadas.
Em 30 de agosto de 2019, o Ministério Público Federal recomendou ao Ibama que suspendesse e revisasse o licenciamento ambiental da Usina Belo Monte. Os procuradores alertam que a abertura de novas turbinas, programada para o fim deste ano, vai desviar ainda mais água do rio Xingu, comprometendo toda a fauna e flora da região.
Cruz na orla do rio Xingu (acima), na cidade de Altamira (PA). Sucessor da irmã Dorothy Stang, assassinada em 2015, o padre José Amaro luta pelo direito das populações indígenas e ribeirinhas no município de Anapu, vizinho a Altamira. Em 2018, 28 pessoas foram mortas em conflitos por terra no Pará. Amaro disse ter tido a cabeça a prêmio e ficou preso por 92 dias antes do Superior Tribunal de Justiça lhe conceder um habeas corpus. O processo – cheio de incongruências – teria sido forjado por grileiros.
Padre José Amaro, de Anapu, município vizinho ao de Altamira (PA).
Propaganda da Usina de Belo Monte em Altamira (PA).
Josefa de Oliveira, filha de ribeirinhos e estudante de Geografia na Universidade Federal do Pará.
Ribeirinha Raimunda Gomes.
Aranô morava na região alagada pelo reservatório de Belo Monte e precisou deixar sua casa em 2011, no início das remoções. Depois de se mudar para a casa da filha na zona urbana de Altamira (PA) e passar por uma depressão, ele resolveu voltar ao rio. Hoje, disposto a manter seu antigo modo de vida e ainda a espera de moradia, Aranô vive em barracos improvisados nas margens do rio Xingu.
O ribeirinho Leonardo Batista, mais conhecido como Aranô.
Josefa de Oliveira, 29, luta pelos direitos dos ribeirinhos deslocados pela construção de Belo Monte. Ela faz parte do Conselho Ribeirinho, formado por 22 membros das comunidades afetadas. Das 313 famílias impactadas por Belo Monte identificadas pelo conselho, 212 ainda esperam para serem reassentadas.