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Página do Fotógrafo
Robbie Shone
Os neandertais usavam materiais como o sílex para fazer ferramentas que usavam como armas, eixos e muito mais. Este espécime é de Pinilla del Valle, no Vale de Lozoya, perto de Madri, Espanha. Vários fósseis de neandertais foram encontrados aqui desde o início das escavações, no começo dos anos 2000.
O paleontólogo Ralf Nielbock olha para cima na entrada da “claraboia” da Caverna do Unicórnio, uma marca deixada pelo desabamento que se enche de luz solar nos meses de verão, quando o sol está a pino. A caverna integra o maior Geoparque da Unesco na Alemanha, localizado nas exuberantes montanhas de Harz.
O paleontólogo Ralf Nielbock guia turistas por um passeio pela Caverna do Unicórnio e por sua arqueologia. Nielbock foi fundamental para abrir a caverna ao turismo na década de 1980 e também para iniciar escavações arqueológicas no local. Hoje, ele atua como diretor da Caverna do Unicórnio, que também foi palco de sessões de fotos de moda, produções para a televisão e videoclipes.
Amostras de sedimentos são deixadas para secar no chão da estação de peneiração. Posteriormente, os pesquisadores examinam cuidadosamente cada amostra, extraindo objetos minúsculos de interesse.
As alunas de arqueologia Denise Siemens, à esquerda, e Runa Bohle, à direita, peneiram e examinam meticulosamente os sedimentos escavados no interior e no entorno da Caverna do Unicórnio. Até mesmo os menores ossos de animais ou restos de plantas podem fornecer evidências cruciais para reconstituir como era a vida há 50 mil anos.
Os arqueólogos passam pela galeria principal da Caverna do Unicórnio a caminho do local da escavação. As escavações continuaram em 2020 sob medidas de restrição rigorosamente respeitadas devido à covid-19. As estalagmites e estalactites da caverna foram quebradas centenas de anos atrás por pessoas do Período Medieval que acreditavam que fossem chifres de unicórnio.
Imagem de unicórnio é projetada na parede da Caverna do Unicórnio para turistas. Em um ano normal, 30 mil visitantes passam por suas galerias frias de dolomita.
Hermann corta um osso de boi com lâmina de sílex semelhante à utilizada pelos neandertais. Os ossos cortados foram examinados por microscópio e tomografia computadorizada e comparados aos encontrados no artefato. Após semanas de experimentação, os pesquisadores determinaram que cada linha no osso da Caverna do Unicórnio demorava ao menos 10 minutos para ser entalhada e partia ou deixava cegas uma ou duas preciosas lâminas de sílex durante o processo. “Foi empregado um longo processo e muito raciocínio para produzir esse objeto”, conta Hermann.
O arqueólogo Raphael Hermann tenta recriar o osso entalhado da Caverna do Unicórnio para entender melhor quanto esforço foi empreendido em sua produção. Utilizando réplicas de lâminas de sílex e ossos de boi, Hermann logo percebeu que o osso precisava ser fervido e seco diversas vezes para permitir que fossem deixados cortes a profundidades e ângulos semelhantes aos do osso encontrado na Caverna do Unicórnio. “Ossos cozidos funcionaram perfeitamente”, revela Hermann. “Quanto mais cozido, mais fácil é entalhá-lo.”
Vista traseira do artefato. O objeto foi confeccionado a partir da segunda articulação do Megaloceros giganteus, alce gigantesco extinto há mais de 7 mil anos.