Os neandertais produziram ‘arte’ na lendária Caverna do Unicórnio?

Um pedaço de osso do tamanho de uma peça de xadrez lapidado antes da chegada de humanos modernos à região levanta questões sobre a expressão artística em outros humanos além do Homo sapiens.

Por Andrew Curry
fotos de Robbie Shone
Publicado 14 de jul. de 2021, 07:00 BRT
Unicorn Cave

Pesquisadores afirmam que esse osso com riscos esculpidos, entalhado por neandertais há mais de 50 mil anos, é uma evidência de que nossos primos extintos poderiam produzir ‘arte’ no sentido humano moderno da palavra — ou, ao menos, manifestar sua criatividade e expressão simbólica.

Foto de Robbie Shone, National Geographic

Caverna do Unicórnio, na Alemanha, atrai pessoas em busca de segredos do passado há séculos. Na Idade Média, as pessoas escavaram o local em busca de presas de mamutes, dentes de ursos-das-cavernas e restos mortais de outros animais extintos. Acredita-se que os esqueletos desconhecidos pertençam a feras lendárias — talvez dragões ou unicórnios. Em pó e misturados com ouro e prata, esses ossos misteriosos eram considerados a cura para todos os males, desde impotência à peste bubônica.

Mais recentemente, em um dia quente de verão em 2019, Gabriele Russo sentou-se do lado de fora da Caverna do Unicórnio, maravilhado com outro osso misterioso em suas mãos.

Aproximadamente do tamanho de uma peça de xadrez, havia sido entalhado com 10 linhas profundas e diagonais de um lado. Russo, arqueozoólogo da Universidade de Tübingen, especializado na identificação de animais do passado remoto por meio de seus ossos, reconheceu o osso imediatamente como uma falange — mais precisamente, o segundo osso da articulação de um grande animal de casco. Em um exame mais minucioso, percebeu algo peculiar: os cortes não pareciam ser o resultado de uma tentativa de extrair a carne ou o tutano dos ossos. Essas marcas pareciam intencionais, como um padrão abstrato ou desenho decorativo.

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    Localizada em uma região montanhosa entre Frankfurt e Berlim, a Caverna do Unicórnio, na Alemanha, foi um destino popular entre curandeiros e alquimistas medievais, que acreditavam que os ossos misteriosos de animais extintos há muito tempo poderiam curar todos os males, desde a impotência à peste bubônica.

    Foto de Robbie Shone, National Geographic

    Quando Thomas Terberger e Dirk Leder — arqueólogos da Universidade de Göttingen que dirigem as escavações na Caverna do Unicórnio — viram a articulação óssea entalhada, ficaram impressionados, porém não surpresos. Pesquisas no interior e no entorno da caverna desde 2014 revelaram inúmeras ferramentas e artefatos, indicando que suas cavidades foram utilizadas pelos primeiros humanos modernos e seus ancestrais neandertais. Os arqueólogos haviam presumido que o osso se tratasse de uma peça decorativa entalhada por um humano da Idade do Gelo e não por um neandertal, e que a datação por radiocarbono deveria confirmar essa hipótese.

    Então os resultados da datação do osso misterioso foram enviados pelo laboratório.

    Em um artigo publicado em 05 de julho de 2021 no periódico Nature Ecology and Evolution, uma equipe internacional de pesquisadores relatou que a datação por radiocarbono indica que a escultura tem ao menos 51 mil anos, o que significa que foi criada no mínimo mil anos antes da chegada dos humanos modernos à região (acredita-se que os humanos modernos tenham chegado a essa região da Europa no máximo entre 45 mil e 50 mil anos atrás).

    Os autores argumentam que o osso pode ter sido entalhado apenas por neandertais e que represente a primeira vez em que uma expressão simbólica de neandertais — considerada como arte por alguns — tenha sido datada diretamente. A descoberta oferece aos pesquisadores motivos para reavaliar a antiga suposição de que neandertais não dispunham de criatividade ou raciocínios complexos.

    “Parte-se de uma ideia, um tema imaginado que é transformado em realidade”, afirma Terberger, em referência ao padrão no osso. “É o advento da cultura, o início do pensamento abstrato, o nascimento da arte.”

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        O arqueozoólogo Gabriele Russo reconstitui a cena em que encontrou o osso na Caverna do Unicórnio. Os pesquisadores haviam presumido que o osso houvesse sido produzido por humanos modernos da Idade do Gelo e ficaram surpresos quando o osso foi definitivamente datado de uma época em que havia apenas neandertais no local. Arqueozoólogos como Russo são especialistas em estudos de restos mortais de animais em sítios arqueológicos.

        Foto de Robbie Shone, National Geographic

        As escavações da Caverna do Unicórnio concentram-se em torno da entrada original da caverna, que desabou há cerca de 10 mil anos. Enquanto alguns arqueólogos avançam pelo interior da caverna, outros, mostrados na imagem, escavam a entrada da caverna pelo lado de fora.

        Foto de Robbie Shone, National Geographic

        Uma equipe de arqueólogos liderada por pesquisadores da Universidade de Göttingen encontrou evidências de atividade humana e neandertal na Caverna do Unicórnio datadas entre 47 mil e possivelmente mais de 100 mil anos atrás.

        Foto de Robbie Shone, National Geographic

        Mas o objeto representa arte?

        Como é do conhecimento de qualquer um familiarizado com argumentação de pintura abstrata e arte moderna, a “arte” está nos olhos de quem vê. Para muitos, é um conceito intrinsecamente moderno — algo com significado simbólico a seu criador e ao público, produzido para ser usufruído ou apreciado por sua aparência. A definição de arte pode divergir entre culturas e até mesmo entre décadas.

        Essa definição ampla dificulta a discussão sobre o objetivo dos neandertais ao entalhar um desenho em um pedaço de osso. “Hoje, geralmente nos referimos à arte no sentido visual e estético, mas não sabemos se esses aspectos tinham alguma importância para eles”, conta Amy Chase, paleoantropóloga da Universidade Memorial de Terra Nova, que não participou da pesquisa. “É difícil rotular algo produzido há 50 mil anos sob os nossos conceitos atuais.”

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          À esquerda: No alto:

          Na vista frontal do osso da Caverna do Unicórnio, são mostrados entalhes profundos em ziguezague, em sua superfície.

          À direita: Acima:

          Vista traseira do artefato. O objeto foi confeccionado a partir da segunda articulação do Megaloceros giganteus, alce gigantesco extinto há mais de 7 mil anos.

          fotos de Robbie Shone, National Geographic

          A expressão simbólica, por outro lado, é mais fácil de reconhecer e aceitar. Desde a escolha da espécie animal à orientação do corte das linhas — com uma inclinação para cima quando se coloca o osso em sua extremidade plana e estável — o escultor do osso da Caverna do Unicórnio, que viveu há muito tempo, fez escolhas deliberadas que parecem ter um significado específico. “É o primeiro passo em direção à arte”, observa Terberger. “Uma comunicação por meio de desenhos e símbolos complexos beira o que seria considerado arte — ou já representa arte.”

          Criação deliberada

          Evidências confiáveis de qualquer manifestação que pudesse ser considerada “arte” neandertal — até mesmo rabiscos simples — são incrivelmente raras. Esse fato levou gerações de pesquisadores a concluir que nossos parentes distantes não tinham interesse por representações simbólicas ou decorativas, na melhor das hipóteses, e, na pior, careciam completamente de pensamento criativo.

          E as poucas evidências existentes — decorações geométricas na parede de uma caverna na Espanhagarras de águia enterradas com neandertais mortos na Croácia — não puderam ser datadas diretamente. Em vez dessa determinação, os arqueólogos confiaram em estimativas baseadas na idade dos ossos encontrados nas proximidades, ou em análises químicas das paredes das cavernas, deixando margem a dúvidas quanto à verdadeira idade dos objetos.

          Embora a datação por radiocarbono diretamente no osso entalhado não tenha deixado dúvidas quanto à idade do artefato, pesquisadores também tentaram reproduzir os entalhes para se certificar de que as marcas não haviam sido produzidas acidentalmente ao se alimentar do animal, ou por riscos feitos ao acaso por um neandertal entediado para passar o tempo se aquecendo perto da fogueira.

          Reconstituição artística da caça do Megaloceros giganteus. Esses alces-gigantes, que alcançavam 2,13 metros na altura dos ombros e envergadura de chifre de cerca de 3,6 metros, raramente eram encontrados ao norte dos Alpes.

          Foto de Illustration by Julio Lacerda

          O osso pertencia a um alce-gigante, da espécie Megaloceros giganteus, um animal gigantesco que alcançava 2,13 metros na altura dos ombros, tinha o peso de um carro pequeno e raramente era encontrado ao norte dos Alpes. Os alces-gigantes foram extintos há mais de 7 mil anos e, por isso, Leder e Raphael Hermann, arqueólogo experimental da Universidade de Göttingen, adquiriram ossos de boi recentes — que possuem alguma semelhança com os antigos alces — e réplicas de lâminas de sílex.

          Após semanas de experimentação, foi determinado que os entalhes são reproduzidos melhor em ossos fervidos e secos sucessivas vezes, e que cada corte demorava ao menos 10 minutos para ser entalhado e consumia uma ou duas valiosas lâminas de sílex. “Foi empregado um longo processo e muito raciocínio para produzir esse objeto”, conta Hermann.

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            À esquerda: No alto:

            O arqueólogo Raphael Hermann tenta recriar o osso entalhado da Caverna do Unicórnio para entender melhor quanto esforço foi empreendido em sua produção. Utilizando réplicas de lâminas de sílex e ossos de boi, Hermann logo percebeu que o osso precisava ser fervido e seco diversas vezes para permitir que fossem deixados cortes a profundidades e ângulos semelhantes aos do osso encontrado na Caverna do Unicórnio. “Ossos cozidos funcionaram perfeitamente”, revela Hermann. “Quanto mais cozido, mais fácil é entalhá-lo.”

            À direita: Acima:

            Hermann corta um osso de boi com lâmina de sílex semelhante à utilizada pelos neandertais. Os ossos cortados foram examinados por microscópio e tomografia computadorizada e comparados aos encontrados no artefato. Após semanas de experimentação, os pesquisadores determinaram que cada linha no osso da Caverna do Unicórnio demorava ao menos 10 minutos para ser entalhada e partia ou deixava cegas uma ou duas preciosas lâminas de sílex durante o processo. “Foi empregado um longo processo e muito raciocínio para produzir esse objeto”, conta Hermann.

            fotos de Robbie Shone, National Geographic

            “Despender tanto tempo para modificar um osso com uma padronagem sem utilidade sugere a existência de alguma motivação para isso. Alguns neandertais se deram ao trabalho de entalhar esses padrões em uma falange de alce, só pode ter sido intencional”, afirma Bruce Hardy, arqueólogo da Faculdade Kenyon, que não participou da pesquisa. “Se forem consideradas outras evidências, há uma profusão de evidências do comportamento simbólico.”

            John Shea, arqueólogo da Universidade de Stony Brook em Nova York, discorda e sugere que o osso da Caverna do Unicórnio poderia ser a chumbada de uma linha de pesca, um carretel de linha ou alguma outra ferramenta utilitária com a qual não estamos familiarizados devido a fatos que não conhecemos de 50 mil anos atrás. “O fato de não ser possível identificar a função não significa que o objeto seja um símbolo”, afirma Shea. “Com alguns minutos de reflexão, é possível imaginar alternativas à interpretação de simbolismo.”

            “Quando os humanos utilizam símbolos, estes estão presentes em todos os lugares”, acrescenta. “Os neandertais estariam adotando uma abordagem diferente se estivessem de fato utilizando símbolos.”

            Artistas ou meros ‘copiadores competentes’

            Um fato que torna a determinação ainda mais complexa é que os humanos modernos e os neandertais coexistiram no tempo e no espaço, embora apenas por um breve período. Como algumas das descobertas identificadas pelos pesquisadores como expressão simbólica ou arte neandertal parecem ser datadas justamente da época em que os humanos chegaram à Europa, pesquisadores argumentaram que o Homo neanderthalensis poderia ser um mero copiador competente, reproduzindo e imitando a produção criativa do Homo sapiens, seu parente recém-chegado, em vez de ter criado arte ou símbolos próprios.

            Imagem de unicórnio é projetada na parede da Caverna do Unicórnio para turistas. Em um ano normal, 30 mil visitantes passam por suas galerias frias de dolomita.

            Foto de Robbie Shone, National Geographic

            A descoberta da Caverna do Unicórnio, entretanto, é anterior à chegada dos humanos modernos na Europa, tornando-a um objeto distintamente neandertal, segundo os pesquisadores (mas um estudo associado de Silvia Bello, paleoantropóloga, publicado no periódico Nature Ecology and Evolution, destaca evidências genéticas recentes que apontam para uma chegada anterior do Homo sapiens na Europa, e afirma que a possibilidade de que o artefato tenha sido de fato influenciado por humanos modernos, apesar de remota, não deve ser descartada).

            Contudo até mesmo Terberger admite que há uma enorme discrepância entre a produção criativa dos humanos modernos e a dos neandertais. “Entre os primeiros humanos modernos, objetos como esse são uma parcela normal de sua cultura material”, comenta ele. “Entre neandertais, esses objetos só eram produzidos ocasionalmente. Existem milhares de sítios arqueológicos neandertais em todo o mundo e cerca de 10 onde é possível supor alguma expressão artística.”

            Explorando a Caverna do Unicórnio

            A caverna provavelmente deve seu nome a Gottfried Leibniz, cientista do século 17 que reconstruiu um “unicórnio” de aparência incomum a partir do crânio de um urso-das-cavernas e presas e vértebras de mamute-lanoso encontrados no local — uma composição monstruosa que se tornou mascote da caverna. Em um ano normal, 30 mil visitantes percorrem o interior frio e abobadado da Caverna do Unicórnio, localizada dentro do maior Geoparque da Unesco na Alemanha. Foi utilizada em sessões de fotos de moda e como cenário para filmes e programas de televisão (incluindo a série da Netflix “Dark”) e ocasionalmente em videoclipes de músicas em estilo metal gótico.

            A busca mais recente por evidências do passado remoto da caverna começou na década de 1980, quando o paleontólogo Ralf Nielbock convenceu a cooperativa local proprietária da caverna a permitir sua abertura à visitação turística. Ao alargar as passagens de terra dentro da caverna para os futuros visitantes, ele encontrou pedras em forma de ferramenta incomuns que o convenceram de que neandertais haviam ocupado a caverna, mas a falta de recursos o obrigou a interromper suas escavações iniciais por quase duas décadas.

            Em 2014, Nielbock procurou pesquisadores da vizinha Universidade de Göttingen para averiguar se havia interesse em fazer escavações no local. Terberger e Leder trouxeram uma equipe de arqueólogos para se concentrar na entrada original da caverna, que desabou há cerca de 10 mil anos.

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              Os arqueólogos passam pela galeria principal da Caverna do Unicórnio a caminho do local da escavação. As escavações continuaram em 2020 sob medidas de restrição rigorosamente respeitadas devido à covid-19. As estalagmites e estalactites da caverna foram quebradas centenas de anos atrás por pessoas do Período Medieval que acreditavam que fossem chifres de unicórnio.

              Foto de Robbie Shone, National Geographic
              À esquerda: No alto:

              As alunas de arqueologia Denise Siemens, à esquerda, e Runa Bohle, à direita, peneiram e examinam meticulosamente os sedimentos escavados no interior e no entorno da Caverna do Unicórnio. Até mesmo os menores ossos de animais ou restos de plantas podem fornecer evidências cruciais para reconstituir como era a vida há 50 mil anos.

              À direita: Acima:

              Amostras de sedimentos são deixadas para secar no chão da estação de peneiração. Posteriormente, os pesquisadores examinam cuidadosamente cada amostra, extraindo objetos minúsculos de interesse.

              fotos de Robbie Shone, National Geographic

              O paleontólogo Ralf Nielbock guia turistas por um passeio pela Caverna do Unicórnio e por sua arqueologia. Nielbock foi fundamental para abrir a caverna ao turismo na década de 1980 e também para iniciar escavações arqueológicas no local. Hoje, ele atua como diretor da Caverna do Unicórnio, que também foi palco de sessões de fotos de moda, produções para a televisão e videoclipes.

              Foto de Robbie Shone, National Geographic

              Logo uma equipe avançava pelo lado de fora enquanto outra explorava o fundo da caverna, escavando em um espaço semelhante a um túnel que anteriormente integrava a abertura da caverna. Em 2019, começaram a ser encontradas ferramentas de pedra e ossos de animais — incluindo o osso de alce com os curiosos entalhes — datado de 50 mil anos ou mais, época em que não havia gelo glacial na região.

              No ano passado, Russo encontrou mais restos mortais de alce-gigante, além de ossos de cervos-nobres e bisões. Contudo, até o momento, a equipe não encontrou nenhuma prova concreta — como fogueiras ou ossos queimados na camada ao redor do osso entalhado — de que neandertais ocuparam o local.

              Uma possibilidade é que a caverna tenha sido utilizada por um período muito breve, para arrastar carcaças de animais até lá e extrair sua carne, afirma Russo. Mas as escavações estão somente no início e foram encontrados pedaços de carvão nas proximidades. Assim, ainda podem ser encontrados restos de um acampamento ou abrigo rochoso nos destroços do desabamento da caverna.

              Diversas evidências extraídas das escavações da Caverna do Unicórnio, como ossos de animais e pólen, indicam que os neandertais que viveram ali estariam na fronteira da Europa habitável. Ao norte havia gelo e neve inacessíveis, e os invernos teriam sido inclementes. Diferentes composições de espécies da flora e da fauna ao longo do tempo sugerem um clima instável.

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                O paleontólogo Ralf Nielbock olha para cima na entrada da “claraboia” da Caverna do Unicórnio, uma marca deixada pelo desabamento que se enche de luz solar nos meses de verão, quando o sol está a pino. A caverna integra o maior Geoparque da Unesco na Alemanha, localizado nas exuberantes montanhas de Harz.

                Foto de Robbie Shone, National Geographic

                “Foi nesse período de instabilidade climática que a peça foi confeccionada”, revela Leder. “Nesse período, houve mudanças bastante drásticas, de florestas a ambientes mais abertos e favoráveis a renas.”

                “Os neandertais dessa região estavam no limite habitável ao norte e enfrentavam uma transição nas condições ambientais”, acrescenta. “As mudanças podem tê-los obrigado a se tornarem mais dinâmicos e criativos.”

                Somado a outras evidências, o osso da Caverna do Unicórnio reforça a hipótese de que os neandertais podem ter tido uma rica vida interior própria.

                “É uma descoberta significativa”, comenta o paleontólogo Chase.

                “Pode desviar o foco da comparação constante de capacidades entre neandertais e humanos modernos e tornar os neandertais os protagonistas de sua própria história.”

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