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Página do Fotógrafo
Sofía López Mañán
Ao monitorar as aves com telemetria por GPS, cientistas determinaram que as áreas de distribuição dos condores geralmente se estendem por centenas de quilômetros do local onde são soltos, abrangendo as encostas secas e rochosas dos Andes, costas verdejantes à beira-mar e toda a região intermediária. À medida que mais condores são criados, resgatados e soltos, essa área de distribuição prosseguirá sua expansão e a equipe saberá quais regiões precisam ser mais protegidas.
Santos Pastrana é o chefe da comunidade diaguita, em Tafí del Valle, uma cidade no noroeste da Argentina. Na imagem, está diante de uma apacheta, construção de pedra sagrada destinada a fazer oferendas a Pachamama, divindade materna reverenciada por muitos nos Andes. Os líderes espirituais das comunidades indígenas em toda a Argentina não participam apenas das solturas cerimoniais dos condores, mas também são membros cruciais da equipe de resgate, reabilitação e conscientização sobre as aves.
Após os filhotes na instalação de criação alcançarem idade suficiente, são transferidos a uma jaula nas encostas rochosas de Sierra Pailemán, no extremo norte da costa da Patagônia. Permanecem na jaula por dois meses antes de sua soltura, adaptando-se às temperaturas frias e eventuais ventos fortes – seu habitat natural. No dia da soltura, a porta é aberta e o bando estica as asas pela primeira vez, voando para seu habitat há muito abandonado.
No início deste ano, o povo huarpe realizou uma cerimônia silenciosa em Mendoza, em homenagem à soltura do condor Tupun Catu. Antes da abertura da gaiola, os convidados reunidos são limpos com ervas fumegantes e perfumadas, e uma pena de condor. Em seguida, todos recuam e a porta é levantada; o condor pode andar um pouco ou abrir as asas imediatamente e voar. Nesse momento, um grito alegre o saúda: “jallalla!”. “É incrível a visão de condores voando sobre sua cabeça”, conta Jácome.
Cone de Arita, um vulcão cônico de cinzas, ergue-se sobre o Salar de Arizaro, no alto dos Andes, na fronteira entre Argentina e Chile. Nas línguas indígenas locais, Arizaro significa “poleiro do condor”; as aves já foram predominantes na região, alimentando-se de carcaças de animais que tentavam atravessar as salinas desoladas, segundo relatos.
Com 2 meses de idade e 38 centímetros de altura, Karut permanece em uma incubadora na instalação de incubação do PCCA logo após os horários das refeições. Karut eclodiu após 57 dias em uma incubadora e é um dos 80 filhotes de condor criados na instalação. Até o momento, quase todos os condores soltos pelo programa de incubação sobreviveram, embora alguns tenham sucumbido às mesmas ameaças enfrentadas por todos os condores: iscas envenenadas e balas de chumbo.
Todos os filhotes da instalação de incubação do PCCA são criados isolados de humanos para preservar seus instintos selvagens. Na imagem, Vanesa Astore, diretora executiva do PCCA, demonstra como os biólogos usam bonecos de condores para imitar os pais na natureza e alimentar os filhotes dentro de uma incubadora, oferecendo-lhes as melhores chances de sobrevivência depois de soltos.
Huasi, condor-dos-andes macho, passa por exame veterinário no Centro de Recuperação de Espécies do PCCA, no Bioparque Temaikén, em Buenos Aires, Argentina. Durante esses exames, os veterinários também colocam uma placa de identificação numerada na asa. Um dia antes da soltura, os condores são equipados com equipamentos de telemetria por GPS para monitorar os trajetos de seus voos. Huasi será solto em Sierra Pailemán, no extremo norte da Patagônia, em outubro.
Marcos Pastrana é líder da comunidade indígena diaguita, em Tafí del Valle, Argentina. Como ativista contrário ao garimpo e geólogo, ele testemunha os estragos causados pela ação humana na natureza e na fauna silvestre, incluindo os condores. “O orgulho das pessoas as fazem acreditar serem as detentoras dos direitos, do intelecto, da espiritualidade, de tudo. Falamos de direitos humanos à água, mas… e as outras espécies, outras formas de vida, não têm direitos?
O Valle Encantado no Parque Nacional Los Cardones é um bom local para avistar condores-dos-andes voando nos céus, os quais, na Argentina, geralmente preferem os vales mais baixos aos picos de montanhas altas. O PCCA resgata e solta condores nesse vale, mas alguns moradores de cidades pastoris próximas estão céticos em relação à soltura de condores porque temem que as aves cacem o gado, embora isso não tenha sido observado.