Estas espécies têm alguns dos nomes mais assustadores do reino animal. Saiba de onde eles vieram
De tatus escandalosos a peixes fantasmagóricos, delicie-se com essas criaturas horripilantes e selvagens.
Publicado 31 de out. de 2018, 16:00 BRT

Caranguejo Halloween (Gecarcinus quadratus)
Caso existisse uma bandeira do Halloween, ela se pareceria com o Gecarcinus quadratus, um caranguejo tropical decorado com tons de preto brilhante, laranja, roxo e amarelo. Mesmo que eles ponham suas pinças para fora se você chegar muito perto, esses nativos da América Latina são vegetarianos inofensivos — muito menos assustadores do que a data que suas cores representam.
Foto de Joël Sartore, National Geographic Photo ArkLagartixa-satânica-cauda-de-folha (Uroplatus phantasticus)
As protuberâncias parecidas com chifres e os olhos ameaçadores (e, às vezes, vermelhos) deste lagarto dão a ele uma aparência diabólica. Mas não tema: o único poder dessas lagartixas é um disfarce muito bom que as permite se misturar com as florestas cheias de folha de Madagascar.
Foto de Joël Sartore, National Geographic Photo ArkTatu Peludo Gritador (Chaetophractus vellerosus)
Um nome não consegue ser tão descritivo quanto esse. Quando se sentem ameaçados, estes mamíferos peludos e encouraçados, nativos da América do Sul, soam o alarme. O chamado alto e repetitivo alertam seus colegas próximos da ameaça.
Foto de Joël Sartore, National Geographic Photo ArkFlâmula do Halloween (Celithemis eponina)
Nativa do leste da América do Norte, estes animais amantes da água recebem este nome devido às listras laranjas e marrons de suas asas. Elas preferem pousar em cima de galhos limpos e altos, se balançando para frente e para trás, assim como uma flâmula.
Foto de Joël Sartore, National Geographic Photo ArkMorcego-vampiro (Desmodus rotundus)
Verdadeiros vampiros da noite, estes mamíferos alados são sugadores de sangue obrigatórios — ou seja, se alimentam apenas de sangue, o qual eles sugam depois de feitas incisões estratégicas em mamíferos, aves e répteis. Anticoagulantes especiais presentes na saliva deles fazem com que o sangue continue fluindo das pequenas feridas. Tudo por uma boa razão: se esses animais não se alimentarem por duas noites seguidas, caem mortos (diferente de seus homônimos místicos, que são imortais).
Foto de Joël Sartore, National Geographic Photo ArkSalamandra hellbender (Cryptobranchus alleganiensis bishopi)
Também conhecidas como lontras de muco, cães do demônio e gatos da lama. Ninguém sabe com certeza a origem de seu nome mais comum, hellbender, mas essas salamandras gigantes — que podem chegar a pesar até um quilo em seu habitat natural nos Estados Unidos — com certeza parecem ter saído do submundo.
Foto de Joël Sartore, National Geographic Photo ArkPeixe-bruxa do Pacífico (Eptatretus stoutii)
Com a aparência de algo saído das águas lodosas dos pesadelos, o peixe-bruxa ganhou a reputação de uma das criaturas mais repulsivas do mar — e um nome apropriado para combinar. A realidade não fica muito para trás. Cegos e sem mandíbulas, eles cavam por dentro de suas presas utilizando suas bocas cheias de tentáculos e também conseguem absorver nutrientes através de sua pele.
Foto de Joël Sartore, National Geographic Photo ArkPapa-defunto (Ocypode quadrata)
Um caranguejo-fantasma do Atlântico no Laboratório Marinho de Gulf Specimen.
Foto de Joël Sartore, National Geographic Photo ArkMonstro-de-gila (Heloderma suspectum suspectum)
Tanto o nome comum quanto o científico deste lagarto americano devem servir como um alerta. "Heloderma" pode ser traduzido para "cravejado de unhas", em referência à pele dura e áspera dele. E "suspectum" vem de uma suspeita antiga de que eles eram venenosos. E eles são. Na verdade, os monstros-de-Gila (Gila do rio Gila, onde foram primeiro encontrados) são um dos poucos representantes de lagartos venenosos que existem.
Foto de Joël Sartore, National Geographic Photo ArkLouva-a-deus fantasma (Phyllocrania paradoxa)
Como se decapitação pós-coito não fosse assustadora o suficiente — algo pelo qual as fêmeas de louva-a-deus já são famosas — este inseto parecido com um alien tem um outro truque assustador: seu disfarce faz ele ficar quase invisível. Escondido estre as florestas do leste da África e de Madagascar (como um fantasma), ele senta e espera para dar o bote em insetos desavisados.
Foto de Joël Sartore, National Geographic Photo ArkCamarão-vampiro (Atya gabonensis)
Para estes crustáceos, "vampiro" é um pouco enganoso. Eles não sugam sangue. E um aquário os descreve, inclusive, como pacíficos, tranquilos e tímidos. O nome provavelmente vem de sua cor pálida e avermelhada.
Foto de Joël Sartore, National Geographic Photo ArkFormiga-fantasma (Tapinoma melanocephalum)
Antes confinada apenas seu habitat na África ou na Ásia (não há certeza sobre sua origem), a formiga-fantasma hoje assombra prédios ao redor do mundo como uma espécie invasiva. Com pernas translúcidas e um abdômen transparente — da onde vem seu nome — você sempre consegue dizer o que este inseto almoçou.
Foto de Joël Sartore, National Geographic Photo ArkPíton-sanguínea (Python curtus)
Só pelo nome, você já sabe que é melhor evitar esta serpente do sudeste asiático. E, pelo menos para pequenas criaturas, esse é um bom plano. Embora o nome venha da coloração avermelhada de suas escamas (e não de sua comida favorita), essas cobras são predadores traiçoeiros, esperando para estrangular presas desavisadas.
Foto de Joël Sartore, National Geographic Photo ArkLouva-a-Deus do Diabo (Idolomantis diabolica)
Um dos maiores e mais coloridos louva-a-deus que existem, o Idolomantis diabolica evoluiu até imitar uma flor e evitar ser visto facilmente. Mas esse inseto tem um plano B para quando for enxergado: ele se ergue, expondo verdes, azuis e roxos brilhantes e, ás vezes, antenas vermelhas que parecem chifres (o que levou ao seu nome assustador).
Foto de Joël Sartore, National Geographic Photo ArkPeixe lumpsucker (Eumicrotremus orbis)
Entre os peixes existentes, poucos são tão adoráveis quanto este nativo de águas doces, um desastrado nadador em formato de balão. Para compensar sua falta de agilidade, ele possui uma vantagem evolucionária: um ventosa poderosa embaixo dele, formado por suas nadadeiras pélvicas, a qual ele utiliza para se ancorar a rochas e algas. E, embora tenha muitos predadores, esses peixes são cobertos por espinhos que os ajudam a ficarem camuflados (e provavelmente com um gosto menos agradável).
Foto de Joël Sartore, National Geographic Photo ArkBorrelho-de-dupla-coleira, em inglês com o nome de "killdeer", ou "mata cervos" (Charadrius vociferus)
Cervos são conhecidos por matarem pássaros, mas não se sabe se o mesmo ocorre vice-versa. Estes migrantes aviários, nascidos na América do Norte, são como chapins, foram chamados assim devido ao som que produzem: "kill-deer, kill-deer".
Foto de Joël Sartore, National Geographic Photo ArkMedusa-da-lua (Aurelia aurita)
Se alguma criatura se parece com um fantasma, é a medusa-da-lua. Embora ela tenha sido assim nomeada em homenagem ao nosso satélite, que lembra o corpo translúcida do animal. Mesmo essas medusas nunca tendo ido à Lua, elas já chegaram a ir para o espaço; em 1991, quase 2.500 filhotes foram à bordo do ônibus espacial Columbia (que terminou tragicamente na morte de todos os sete membros da tripulação).
Foto de Joël Sartore, National Geographic Photo ArkFantasma-negro (Apteronotus albifrons)
Espectral, parecido com uma faca e também elétricos. Nativos da América do Sul, estes peixes fascinantes cruzam a água no escuro. De acordo com algumas fontes, seu nome vem do fato de alguns acreditarem que os espíritos dos mortos habitam essas criaturas.
Foto de Joël Sartore, National Geographic Photo Ark