Esses animais perseguem suas presas de formas assustadoras e surpreendentes

De aves que pisam em cobras até aranhas que comem outras aranhas, esses predadores encontram alimentos com muita criatividade.

Por Liz Langley
Publicado 8 de nov. de 2018, 07:30 BRST, Atualizado 5 de nov. de 2020, 03:22 BRT
Os secretários, como este na Reserva Nacional Masai Mara, no Quênia, perseguem suas presas no chão.
Os secretários, como este na Reserva Nacional Masai Mara, no Quênia, perseguem suas presas no chão.
Foto de Winfried Wisniewski, Minden Pictures/Nat Geo Image Collection

No mundo animal, os felinos são conhecidos por aguardar silenciosamente para atacar, o que os coloca no topo dos animais mais sorrateiros. Contudo, muitos outros animais certamente conseguem se alimentar sem ter a mesma reputação de predador que os felinos.

Com isso, surgiu a dúvida, quais outros predadores têm táticas tão incríveis? Desde aves que pisam em suas presas até cobras que detectam calor, o mundo animal está cheio de jeitos criativos de encontrar e capturar uma refeição.

Secretários

Alguém teria coragem de pedir que este secretário não use essas calças tipo legging no trabalho?

Os secretários, nativos da África subsaariana, são diferentes da maioria das aves de rapina, pois caçam no chão.

Serpentário – ou secretário – invade ninho para caçar outra ave
Atenção, este vídeo tem imagens fortes da vida selvagem! Este Sagittarius serpentarius, ave de rapina conhecida como serpentário, está prestes a fazer um lanche muito nutritivo: uma outra ave. 

Eles conseguem agarrar presas menores, como ratos, mas pisam e chutam cobras e outras presas até que morram. Eles conseguem dar um chute em apenas 15 milisegundos.

Aranhas assassinas

Dezoito novas espécies de aranhas assassinas foram recentemente descobertas em Madagascar, quando já acreditava-se que estavam extintas. Mas essa não é a única surpresa guardada sobre elas.

As aranhas assassinas encontram outras aranhas—que são suas únicas presas—rastreando as linhas de seda que elas deixam para trás. Elas são também conhecidas por puxar a teia da aranha para se aproximar.

Sua lateral parece um enorme bico de pelicano, mas na verdade é uma mandíbula poderosa com caninos no fundo. Depois de morder a vítima com seus caninos, a aranha assassina consegue segurar a presa por longas distâncias nessa mandíbula enorme até que a outra aranha morra.

Antes que a sua mente comece a criar alguns pesadelos, não se preocupe, essas aranhas têm apenas um centímetro, o tamanho do granulado de um brigadeiro.

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    Esta nova espécie de aranha pelicano, Eriauchenius workmani, é a maior conhecida, com cerca de um centímetro de comprimento, um pouco maior que um grão de arroz. 
    Foto de Hannah Wood, Smithsonian

    Garças-pretas

    As garças-pretas são nativas da África Central e Oriental. Elas possuem uma arma oculta fantástica que na verdade está exposta para qualquer um ver.

    “As garças-pretas perseguem suas presas em águas pouco profundas e abrem suas asas sistemicamente como um guarda-chuva para eliminar o reflexo da superfície da água durante sua pesca”, conta Dan Roby, ecologista de vida selvagem do Instituto de Pesquisas Geológicas dos EUA e da Universidade do Estado de Oregon.

    Isso é um chapéu? Um marisco estiloso? Não, é uma garça-preta em modo de caça à espreita em Delta do Okavango, Botsuana.
    Foto de Frans Lanting, Nat Geo Image Collection

    Ao que parece, formar uma espécie de abóboda com as asas sobre seu alvo ajuda a esconder sua silhueta dos peixes que está tentando pescar.

    Dessa forma também ficam parecidas com uma peruca dos Beatles despenteada.

    Cobras-covinhas

    As cobras-covinhas, um grupo de cobras que incluem cobras-boca-de-algodão e cascavéis, utilizam radiação infravermelha para caçar.

    Essas cobras possuem “covinhas que detectam calor e com isso percebem presas de sangue quente com uma sensibilidade de detecção que chega aos milésimos de um grau Celsius”, conta Robert Espinoza, biólogo da Universidade do Estado da Califórnia em Northridge.

    Uma cobra-boca-de-algodão, também conhecida como cobra-mocassim aquática, é um tipo de cobra-covinha. Essas cobras, encontradas no sudeste dos EUA, possuem em suas cabeças órgãos que detectam calor. Esta cobra foi fotografada no Refúgio de Vida Selvagem Nacional de Cache River em Arkansas.
    Foto de Joël Sartore, Nat Geo Image Collection

    Essa é uma habilidade que ajuda essas serpentes noturnas a caçar as presas no escuro.

    A criatura do filme Predador, diz Espinoza, utilizou “a mesma percepção, a termografia, para procurar sua presa preferida, Arnold Schwarzenegger.”

    Jacarés e crocodilos

    Você já sabe que esses répteis cheios de dentes são muito eficazes na perseguição de presas, mas existe uma técnica que faz algumas dessas espécies se destacarem, conta Espinoza.

    Jacarés-americanos e crocodilos-persas utilizam uma tática de armadilha para atrair aves para precisamente dentro de suas bocas.

    Os répteis “normalmente ficam submersos e próximos de colônias de garças com galhos em suas cabeças, aparentemente já sabendo que as aves nidificadoras procuram galhos como materiais para seus ninhos”.

    Eles ficam engraçados, mas é uma armadilha muito eficaz.

    Espinoza conta que “quando as aves pousam neles para colher os galhos, NHAC! Jantar à vista”.

    Vladmir Dinets, da Universidade de Tennessee, documentou esse comportamento no ano de 2013, observando que esse parece ser o primeiro exemplo de uso de algum tipo de material pelos répteis.

    Não vai demorar muito para eles começarem a usar panelas feitas de crocodilo.

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