Como cientistas reconstruíram o maior predador que já viveu

Novos fósseis revelam que o Spinosaurus passava a maior parte do tempo dentro d'água, um caso inédito entre dinossauros.

Por Jason Treat, Mesa Schumacher
Publicado 4 de mai. de 2020, 16:44 BRT, Atualizado 5 de nov. de 2020, 03:22 BRT
Animação em 3D mostra o comportamento do Spinosaurus embaixo d'água
Com cauda em formato de remo, um Spinosaurus aegyptiacus passeia por um rio cerca de 97 milhões de atrás no atual Marrocos. Fósseis recém-encontrados revelam que a cauda do animal era adaptada para o nado – fortalecendo a ideia de que o Spinosaurus passava boa parte da vida na água. (Modelagem: Davide Bonadonna e Fabio Manucci; animação e texturas: Fabio Manucci; cores: Davide Bonadonna, Supervisores científicos da Di.Ma. Dino Makers: Simone Maganuco e Marco Auditore; reconstrução baseada em: Nizar Ibrahim and others, Nature, 2020.)

Poucos fósseis

Antes de 2014, paleontólogos tinham poucos fósseis da cauda do Spinosaurus. Eles teorizavam que a cauda, como a de outros terópodes, era provavelmente rígida e usada para equilibrar o centro de gravidade e achavam que ela era um meio secundário de propulsão aquática, impulsionando o movimento dos membros quando em movimento no raso.

Fonte: Nizar Ibrahim, Universidade de Detroit Mercy.

Fonte: Nizar Ibrahim, Universidade de Detroit Mercy.

Foto de National Geographic

Bonança de fósseis

Escavações em 2018 no Marrocos encontraram mais 131 fragmentos de ossos, incluindo 36 vértebras, o que mudou fundamentalmente nosso entendimento da cauda do Spinosaurus.

Fonte: Nizar Ibrahim, Universidade de Detroit Mercy.

Fonte: Nizar Ibrahim, Universidade de Detroit Mercy.

Foto de National Geographic

Mais alongada e mais flexível

A descoberta mostra com mais clareza a cauda. Ela é muito mais prolongada verticalmente e menos rígida do que se pensava, o que indica que era uma fonte poderosa de impulso na água.

Fonte: Nizar Ibrahim, Universidade de Detroit Mercy.

Fonte: Nizar Ibrahim, Universidade de Detroit Mercy.

Foto de National Geographic
Ilustração em 3D do Spinosaurus aegyptiacus
Ilustração em 3D do Spinosaurus aegyptiacus (Modelagem: Davide Bonadonna e Fabio Manucci; animação e texturas: Fabio Manucci; cores: Davide Bonadonna, Supervisores científicos da Di.Ma. Dino Makers: Simone Maganuco e Marco Auditore; reconstrução baseada em: Nizar Ibrahim and others, Nature, 2020)

Estudos da cauda revelam que ela tinha até oito vezes mais impulso que a de outros terópodes, permitindo que ele nadasse contra correntes e acelerasse para capturar presas.

Animação mostra como o Spinosaurus nadava
Animação mostra como o Spinosaurus nadava (Modelagem: Davide Bonadonna e Fabio Manucci; animação e texturas: Fabio Manucci; cores: Davide Bonadonna, Supervisores científicos da Di.Ma. Dino Makers: Simone Maganuco e Marco Auditore; reconstrução baseada em: Nizar Ibrahim and others, Nature, 2020.)

Pântanos antigos

Há 95 milhões de anos, o norte da África tinha ricas bacias hidrográficas. Ernst Stromer encontrou o primeiro espécime de Spinosaurus no Egito em 1912; os últimos foram descobertos no Marrocos.

Mapa: NG Staff. Fonte: Ron Blakey, Colorado Plateau Geosystems.

Mapa: NG Staff. Fonte: Ron Blakey, Colorado Plateau Geosystems.

Foto de National Geographic

Juntando as peças

As primeiras ideias sobre a aparência do Spinosaurus eram informadas por parcos arquivos de fósseis e entendimento limitado dos dinossauros. Novas descobertas aprimoraram nosso conceito do Spinosaurus até chegar ao predador aquático que hoje vemos.

Fonte: Nizar Ibrahim, Universidade de Detroit Mercy.

Fonte: Nizar Ibrahim, Universidade de Detroit Mercy.

Foto de National Geographic

Fonte: Nizar Ibrahim, Universidade de Detroit Mercy. Mapa: NG Staff. Fonte: Ron Blakey, Colorado Plateau Geosystems.

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