Saiba como assistir ao último eclipse da Lua de Sangue da década
Neste fim de semana, entre domingo e segunda, será possível sair de casa e se deparar com o incrível fenômeno do eclipse total da Lua, que só poderá ser visto de novo em 2021.
Na noite de domingo (20/01) para segunda, observadores do céu de todas as Américas terão um lugar na primeira fileira para um raro evento cósmico, já que três fenômenos lunares convergem para formar o que alguns chamam de “Super Lua de Sangue” — termo popular para um tipo de eclipse lunar total.
Durante o evento, a Lua cheia não desaparecerá inteiramente e, em vez disso, adquirirá um tom de vermelho ferroso, o que dá a ela o nome de “Lua de Sangue”. Além disso, o satélite estará incrivelmente perto da Terra e ficará um pouco maior e mais brilhante, tornando-a uma “Super Lua”.
O que acontece durante um eclipse lunar total?
Durante um eclipse lunar, a Terra projeta sua sombra na Lua. Isso não acontece toda vez que a Lua faz sua jornada mensal ao redor da Terra, porque a órbita da Lua é inclinada em relação ao planeta, então o orbe lunar geralmente desliza acima ou abaixo da sombra da Terra.
Os eclipses lunares totais acontecem apenas durante a Lua cheia e somente quando o Sol, a Terra e a Lua estão precisamente alinhados, de modo que a sombra do nosso planeta cobre completamente o disco da Lua. Isso geralmente acontece aproximadamente duas vezes por ano e pode ser visto em apenas um hemisfério de cada vez.
Popularmente conhecido nos dias de hoje como Lua de Sangue, um eclipse lunar total pode colorir a esfera lunar de maneiras diferentes, dependendo da quantidade de poeira na atmosfera da Terra. Isso porque a luz que passa por ela é refletida ou refratada em direção à parte vermelha do espectro antes de chegar à superfície da Lua. Vulcões ativos expelindo toneladas de cinzas na atmosfera, por exemplo, podem desencadear eclipses extremamente vermelhos. Contudo, ninguém pode prever exatamente qual cor veremos antes de cada eclipse.
O último eclipse total da Lua ocorreu em 27 de julho de 2018 e foi visto na África e por partes da Ásia e Europa. O deste ano será o primeiro que poderá ser observado por completo daqui, mas só para aqueles que se mantiverem atentos entre 01h34 e 04h51 (horário de Brasília) da madrugada de 21 de janeiro. Ele só ocorrerá de novo em 2021.
É possível assistir ao fenômeno a olho nu, já que ele não oferece nenhuma ameaça à saúde, diferente dos eclipses solares.