O nosso mundo visto de cima

Este fotógrafo irlandês oferece uma visão panorâmica das maravilhas urbanas e naturais registradas através de um drone em diversos locais do mundo.

Por Sarah Polger
fotos de Gary Cummins
Publicado 20 de abr. de 2018, 17:09 BRT, Atualizado 5 de nov. de 2020, 03:22 BRT
Pulsos de tráfego através do Colombus Circle em Nova York
Pulsos de tráfego através do Colombus Circle em Nova York: "Parece quase um reator nuclear", observa Cummins.
Foto de Gary Cummins

A fotografia é uma prática meditativa para o fotógrafo Gary Cummins, de Toronto, no Canadá. Trabalhador da indústria de construção durante o dia, Cummins aproveita as noites e fins de semana para explorar sua paixão pelo céu. “Para mim, a fotografia é, principalmente, um tempo gasto comigo mesmo. Isso me dá a oportunidade de expressar meu lado criativo e capturar a beleza natural e artificial do mundo”, diz ele. Participante do concurso de Fotógrafo de Viagem do Ano de 2018, Cummins gosta de ver o mundo com drones imponentes sobre redes intrincadas de cidades e paisagens exuberantes e indomáveis.

Encontrando a fotografia

Sete anos atrás, Cummins foi atraído pela fotografia como forma de romper com a rotina diária, vendo seu mundo de uma maneira nova e encontrando beleza em momentos mundanos ao seu redor. “Do jeito que eu vejo, há muita beleza em coisas simples. Você só precisa olhar de uma maneira que seja mais estética ”, observa ele. Nativo da Irlanda, Cummins rapidamente se juntou à comunidade local de fotógrafos com drones e começou a ver seus arredores de cima. “Eu pensei que era uma ótima maneira de obter um ângulo diferente de um edifício ou um horizonte que foi fotografado um milhão de vezes do solo. Você está introduzindo um novo ângulo e a história toma uma direção diferente. ”

Estrada iluminada em Toronto, Canadá.
O tráfego ocupado da estrada ilumina o céu noturno em Toronto, Canadá.
Foto de Gary Cummins

Pelos céus

Como os regulamentos de fotografia com drones continuam a aumentar, profissionais como Cummins são constantemente pressionados a garantir que estejam voando com segurança. “A principal coisa, além de estar seguro, é dar uma boa reputação aos operadores de drones. Você quer ter certeza de que as condições são boas. Há regulamentações nas cidades e os operadores têm má fama em se tratando de fotografia urbana, o que é uma pena. Isso se dá principalmente devido a poucas pessoas imprudentes e sem responsabilidade, que fazem o que querem. Você tem que fazer sua diligência. Cummins se antecipa, usando o Google Maps para planejar suas filmagens, verificando as leis locais e se informando sobre o clima. “Eu planejo a fotografia. Eu não corro riscos desnecessários. Se estiver ventando muito, não voarei. Se houver mau tempo, não voarei. Atenho-me aos regulamentos e me divirto dessa forma”, diz ele.

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    Surfista emerge do mar gelado da Irlanda, perto da cidade costeira de Tramore.
    Um surfista emerge do mar gelado da Irlanda, perto da cidade costeira de Tramore.
    Foto de Gary Cummins
    Complexo habitacional de Richland Gardens, localizado perto da Baía de Kowloon.
    "Fiquei impressionado com as imensas estruturas e espaços em Hong Kong", diz o fotógrafo Gary Cummins. Como um fotógrafo com drone, Cummins explorou a cidade, incluindo o complexo habitacional de Richland Gardens, localizado perto da Baía de Kowloon. "Para obter essa perspectiva, é preciso ter um pouco de paciência e cuidado, mas vê-la de cima para baixo, em vez de ser a base, dá uma história totalmente nova."
    Foto de Gary Cummins

    Sem limites

    Quando as cidades começam a parecer restritivas, ele viaja pelo mundo, incluindo idas recentes a Irlanda, Reiuno Unido, Ilhas Faroe, Islândia, Hong Kong, e o sudoeste americano. “A natureza é diferente. Você tem muito mais liberdade, mas é diferente porque é mais sobre contornos e rios e a beleza natural. Isso me lembra de quando você olha pela janela de um avião e vê todas as montanhas e paisagens e você pensa: eu adoraria ser um piloto, porque eu poderia olhar para essas coisas o dia todo."

    Tindhólmur nas Ilhas Faroe
    Cummins teve essa visão impressionante de Tindhólmur nas Ilhas Faroe depois de uma caminhada de seis quilômetros em terreno íngreme. "Ver essa beleza crua sendo atingida pelo oceano Atlântico dá uma sensação de vulnerabilidade", diz o fotógrafo.
    Foto de Gary Cummins

    Abasteça sua paixão

    O conselho dele para os outros? “Você tem que começar de alguma forma. Pegue sua câmera e tente, mas prepare-se para falhar. Use a internet como uma ferramenta para aprender. Vivemos uma época em que tudo está ao nosso alcance. Eu acho que se você tem um pressentimento de que você tem que fazer algo, faça. Não se segure, você deve isso a si mesmo, tente, saia e fotografe!”.

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