Como seria se todo o gelo da Terra derretesse

Se continuarmos queimando combustíveis fósseis, o aquecimento global vai, eventualmente, derreter todo o gelo nos polos e nas montanhas, aumentando o nível do mar em 65 metros. 

Por Redação National Geographic
Publicado 8 de nov. de 2017, 20:36 BRST, Atualizado 5 de nov. de 2020, 03:22 BRT

Este globo mostra o mundo tal como é atualmente, com uma única diferença: todo o gelo derreteu e escoou para os oceanos, elevando o nível deles em 65 metros. Veja como ficariam os continentes daqui a milhares de anos se o aquecimento global desenfreado acabar por derreter todo o gelo no planeta.

Há 20 bilhões de metros cúbicos de gelo na Terra, e ninguém sabe ao certo quanto tempo levaria para toda essa camada derreter. Talvez 5 mil anos, dizem alguns cientistas. Mas, se queimarmos as reservas de carvão, petróleo e gás, despejando assim 5 trilhões de toneladas de gás carbônico na atmosfera, é grande a chance de acabarmos com o gelo no planeta. Nesse caso, a temperatura média passaria a 26,6 ºC, em vez dos atuais 14,4 ºC. Imensas regiões se tornariam inabitáveis para os seres humanos e haveria ampliação das áreas desérticas.

AMÉRICA DO SUL

As bacias dos rios Amazonas, ao norte, e Paraguai, ao sul, seriam transformadas em braços do Atlântico, submergindo Buenos Aires, a costa uruguaia e parte do Paraguai. Áreas montanhosas resistiriam no litoral do Caribe e na América Central.

AMÉRICA DO NORTE

Toda a costa atlântica iria desaparecer, assim como a Flórida e o litoral do golfo do México. Na Califórnia, as colinas de San Francisco acabariam como um grupo de ilhas. O golfo da Califórnia e estenderia ao norte, além da latitude de San Diego – mas a própria cidade já estaria debaixo d’água.

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    ÁFRICA

    A África perderia menos território caso o mar subisse muito, mas o aumento na temperatura global poderia tornar inabitável grande parte do continente. As neves do Kilimanjaro não vão sobreviver a nosso século.

    EUROPA

    Londres? Uma lembrança do passado. Veneza? No fundo do mar Adriático. Daqui a milhares de anos, neste cenário catastrófico, os Países Baixos há muito terão sucumbido, e a maior parte da Dinamarca também. No Egito, Alexandria e o Cairo serão inundados pelo Mediterrâneo, cujas águas, cada vez mais altas, também vão ampliar os mares Negro e Cáspio.

    ÁSIA

    Áreas habitadas por 600 milhões de chineses seriam inundadas, assim como Bangladesh, com 160 milhões de habitantes, e grande parte da costa da Índia. A cheia do delta do rio Mekong deixaria as montanhas Cardamom, no Camboja, ilhadas.  

    OCEANIA

    A Austrália passaria a ter um novo mar interior, mas perderia a estreita faixa litorânea na qual vivem hoje quatro de cada cinco australianos.

    ANTÁRTIDA

    Antártida Ocidental –  Seu véu é tão extenso – contém quatro quintos de todo o gelo do planeta – que não dá para imaginá-lo derretido. Ele resistiu intacto aos períodos quentes no passado. Hoje, parece mais espesso: a atmosfera aquecida contém mais vapor d’água, que cai como neve no leste da Antártica. Mas mesmo esse manto gigantesco não resistirá a um clima tão quente quanto o do Eoceno.

    Antártida Ocidental – A cobertura de gelo deve ter sido bem menor em períodos anteriores de aquecimento global. Apoiada em um leito rochoso situado abaixo do nível do mar, ela é vulnerável. O aumento na temperatura dos oceanos está derretendo suas camadas flutuantes. Desde 1992, o manto antártico perde, em média, 65 bilhões de toneladas de gelo por ano.

    Foto de All maps by JASON TREAT, MATTHEW TWOMBLY, WEB BARR, MAGGIE SMITH, NGM STAFF. ART: KEES VEENENBOS. <br />

    Esta reportagem está na edição de setembro de 2013 da revista National Geographic.

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