A vida nos "cubículos-caixões" de Hong Kong
Distantes do glamour e do brilho de Hong Kong, estas pessoas vivem em apartamentos subdivididos ilegalmente.
Publicado 7 de mar. de 2022 07:49 BRT
Cerca de 200 mil habitantes em Hong Kong vivem em condições inadequadas, de acordo com a ONG Society for Community Organization.
Casas-jaula são quartos minúsculos, ocupados pelas pessoas mais pobres da cidade.
Os inquilinos são de idades e gêneros diversos, mas quase todos são incapazes de pagar por um cubículo grande o suficiente para poder ficar de pé.
O glamour de Hong Kong esconde as 200 mil pessoas às margens das riquezas da cidade.
As imagens foram encomendadas pela SoCO, uma ONG que luta por mudanças nas políticas habitacionais da cidade.
Os residentes são obrigados a usar a criatividade para guardar os pertences.
Ah Tin vive em uma cama de 3,6 metros quadrados, cercada por fileiras e fileiras de fios. A tristeza destruiu seu apetite e ele raramente come.
O Sr. Leung é um dos poucos moradores de jaulas que lê com frequência. Ele realizou uma variedade de trabalhos temporários em sua vida. No entanto, está velho demais para conseguir um emprego e passa o tempo lendo, escapando do mundo de miséria e pobreza que o cerca.
"Ainda estou vivo, mas cercado por tábuas de caixão!", disse o inquilino de um dos cubículos de Hong Kong.
Os habitantes desses lugares tão apertados são pobres e têm poucas alternativas.
Um apartamento de 37 metros quadrados pode ser subdividido em 20 espaços como este.
Muitos moradores das casas-jaula sofrem com a dura realidade escondida pela prosperidade brilhante de Hong Kong.
Nos últimos 10 anos, o número de casas jaulas feitas com tela de arame diminui, mas elas têm sido substituídas por camas fechadas por tábuas de madeira.
Proximidade nessas unidades subdivididas fazem da privacidade e do sono tranquilo artigos de luxo.
Com mais de 60 anos, o Sr. Wong ainda tem uma cabeça cheia de cabelos negros. Para conseguir pagar o aluguel caro, ele trabalha em construções todos os dias. Nos momentos de folga, se voluntaria para ajudar pessoas sem-teto.
Essas unidades subdivididas em Hong Kong são ilegais.
Os membros da família Li Chong – pai e filho – são japoneses. Ambos são muito altos e sofrem para se mover no cubículo.
O cubículo de 4,5 metros quadrados é um espaço multifuncional para a família Leung: quarto de dormir, sala de jantar e cozinha.
Organizações como a Society for Community Organization (SoCO) estão ajudando a combater essas horríveis condições de moradia.