FOTOS – Como transportar 520 elefantes?
Uma operação ambiciosa para reunir elefantes e colocá-los em um lugar seguro foi finalmente concluída.
Publicado 7 de mar. de 2022, 07:49 BRT

Um elefante macho se desloca ao longo das margens do Rio Shire, na Reserva de Vida Selvagem de Majete, no Malauí, local da histórica realocação de 500 elefantes realizada pela African Parks.
Foto de Pete McBrideOs elefantes são atingidos por dardos tranquilizantes lançados por um veterinário de um helicóptero. Leva quatro minutos para o tranquilizante, 1.000 vezes mais potente do que a morfina, surtir efeito. A equipe precisa se certificar de que o elefante caiu em uma área aberta e plana.
Foto de Pete McBrideEste é um dos 520 elefantes realocados para ajudar a repovoar Nkhotakota, um parque que já abrigou mais de 1.500 elefantes, mas que, em 2016, contava com menos de 100 animais por conta da caça furtiva. A African Parks – uma ONG de conservação – passou dois anos tornando Nkhotakota seguro para a chegada dos animais. Os elefantes vieram de Majete e Liwonde, parques também sob a gestão da African Parks, no Malauí.
Foto de Pete McBrideOs elefantes são animais sociais, sendo assim, manter as pequenas unidades familiares unidas é essencial para reduzir o estresse e garantir o sucesso da adaptação na nova casa. As famílias de elefantes são vistas do ar e direcionadas a uma área acessível à equipe do solo. O veterinário atira os tranquilizantes do helicóptero.
Foto de Pete McBrideUma vez que os tranquilizantes fazem efeito, a equipe do solo tem apenas um minuto para alcançar cada animal e garantir que sua única via respiratória, a tromba, permaneça aberta.
Foto de Pete McBrideOs elefantes da Reserva de Vida Selvagem Majete sofreram com a caça na década de 90. Mas a African Parks, uma ONG de conservação que administra o parque desde 2003, reintroduziu os elefantes em 2006, aumentando a população para mais de 400 em 2017. Devido à gestão efetiva e ao envolvimento da comunidade, nenhum elefante foi perdido para a caça furtiva nos últimos 13 anos. Mas Majete passou a ter elefantes demais, elevando o risco de conflitos e a pressão sobre os recursos naturais.
Foto de Pete McBrideUm elefante sedado em Majete é movido rapidamente por guindaste para receber o antídoto do tranquilizante e ficar acordado na longa jornada de 12 horas até o novo lar: Nkhotakota, no Malauí.
Foto de Pete McBrideAs famílias de elefantes são mantidas unidas – desde o momento que são sedadas, até serem despertadas e transportadas para o novo lar. A African Parks fez uma das maiores translocações de elefantes da história ao transportar 520 paquidermes. O objetivo é repovoar a reserva Nkhotakota e reduzir conflitos e pressão sobre habitats naturais em dois parques que tinham elefantes demais.
Foto de Pete McBrideUma grande fêmea está sendo levada do contêiner em que acordou para o caminhão que a transportará, junto com sua família, até o Nkhotakota, um parque que já contou com 1.500 elefantes, mas que viu esse número cair para 100 devido à caça furtiva. A African Parks administra três parques no Malauí e é responsável por 90% dos elefantes do país. A organização passou dois anos tornando o Nkhotakota seguro para a chegada dos animais.
Foto de Pete McBrideAntes de 2003, a Reserva de Vida Selvagem Majete não abrigava animais selvagens. Apenas 12 funcionários trabalhavam no parque e nenhum turista jamais visitou o parque. Nem um único dólar foi recebido. No entanto, a African Parks mudou isso. Depois de assumir a administração em 2003, as leis foram revistas e rinocerontes, elefantes, leopardos, leões e milhares de animais foram reintroduzidos. Em apenas 13 anos, a vida selvagem floresceu. O parque conta hoje com 130 funcionários, recebe mais de 8 mil turistas que geram uma receita de 400 mil dólares – dinheiro que é todo reinvestido na reserva. 150 elefantes foram transferidos de Majete para ajudar a restaurar Nkhotakota e fazer do lugar uma reserva próspera.
Foto de Pete McBride