Fotos: Criaturas misteriosas vivem sob o gelo da Antártida
No mergulho mais profundo já feito embaixo do gelo antártico, plantas e animais exuberantes são capturados em imagens incríveis.
Publicado 4 de jun. de 2018, 16:41 BRT, Atualizado 4 de jun. de 2018, 18:34 BRT

Um mergulhador observa um pinguim-imperador nadando. As marcas marrons são microalgas que se prendem ao gelo e fazem a fotossíntese durante a primavera.
Foto de Laurent BallestaPor aproximadamente cinco horas, os mergulhadores documentaram vida animal e vegetal a 70 metros abaixo da superfície.
Foto de Laurent BallestaUma das 16 espécies de polvo da Antártida. Todos os polvos da Antártida têm um pigmento que tornam seu sangue azul, o que os ajuda a sobreviver nas águas congelantes.
Foto de Laurent BallestaO mamífero mais austral do mundo, a foca-de-weddell, nada abaixo do gelo. As focas vivem perto do litoral, respirando por buracos no gelo.
Foto de Laurent BallestaUm mergulhador nada a mais de 60 metros de profundidade, onde a luz é fraca e as temperaturas ficam abaixo de zero.
Foto de Laurent BallestaUma jovem foca-de-weddell senta em uma lacuna no gelo. O filhote terá cerca de 3 metros e pesar meia tonelada quando atingir a idade adulta.
Foto de Laurent BallestaAs águas geladas abaixo da Antártida abrigam uma variedade de invertebrados marinhos.
Foto de Laurent BallestaUma foca nada abaixo do gelo em local próximo à base Dumont d’Urville, no leste da Antártida.
Foto de Laurent BallestaUm mergulhador nada abaixo de vários metros de gelo. A corda os ajuda a encontrar o caminho de volta para a superfície.
Foto de Laurent BallestaPresos ao fundo do mar a mais de 60 metros de profundidade, sugando água para conseguir comida, as tunicatas laranjas “parecem muito simples, como esponjas”, diz Chevaldonné. “Mas são complexas” – são invertebrados, mas as larvas têm medula espinhal.
Foto de Laurent BallestaA 30 metros abaixo do gelo, uma estrela-pena nada procurando por comida. É um animal, e não uma planta – um parente da estrela-do-mar, e é capaz de nadar. O fotógrafo Laurent Ballesta mergulhou cerca de 70 metros para capturar essas imagens. Promachocrinus Kerguelensis
Foto de Laurent BallestaUm polvo passa por cima do leito marinho repleto de vida. A Antártida tem pelo menos 16 espécies de polvos. Todos têm um pigmento especial em seu sangue chamado hemocianina, que deixa o sangue azul e os ajuda a sobreviver nas temperaturas abaixo de zero. Pareledone sp.
Foto de Laurent BallestaUm filhote curioso de uma foca-de-weddell vem dar uma olhada de perto. Pode ter sido o primeiro nado do filhote, diz o biólogo marinho Pierre Chevaldonné, que trabalha na base Dumont d’Urville. As focas-de-weddell são os mamíferos mais austrais do mundo.
Foto de Laurent BallestaCom o corpo oculto no interior da placa de gelo,uma anêmona-do-mar deixa os tentáculos balançando na água escura. Até onde se sabe, esta é a única espécie de anêmona que vive no gelo. Os cientistas ainda não fazem ideia de como penetram no gelo, e tampouco como sobrevivem ali.
Foto de Laurent Ballesta“Dedos” de água congelada, os brinicles saem do gelo próximo à base Dumont d’Urville na Antártida. Raramente vistos, eles se formam quando água salgada muito gelada corre por “poros” no gelo. Direcionadas para baixo, quando saem do gelo, resfriam a água do oceano ao redor, formando uma espécie de estalactite.
Foto de Laurent BallestaO crustáceo isópode mais parece um tatuzinho, mas mede uns 12 centímetros.
Foto de Laurent BallestaUm peixe-gelo busca abrigo no bosque de kelp. Graças a proteínas anticongelamento no sangue, estas criaturas conseguem resistir à temperatura de -1,8ºC. Pelo menos 50 espécies desta família de peixes são encontradas na Antártida.
Foto de Laurent BallestaUma foca-de-weddell acompanha o filhote. Ao chegar à idade adulta, o pequeno terá as mesmas medidas da mãe – cerca de 3 metros e meia tonelada. Estas focas mantêm-se perto da costa, retomando o fôlego graças aos buracos no gelo.
Foto de Laurent BallestaPinguins-imperadores rumam para o mar aberto em busca de alimento. As manchas acima deles são microalgas que aderem ao gelo marinho e, na primavera, fazem fotossíntese. O acampamento do fotógrafo ficava numa destas placas de gelo.
Foto de Laurent BallestaEstrela do mar próxima a uma esponja? Está a mais de 30 centímetros de distância. Adamussium Colbecki
Foto de Laurent BallestaCom apenas 7,5 cm, esta vieira deve ter décadas de idade – o crescimento é lento no frio intenso. Adamussium Colbecki
Foto de Laurent BallestaAranhas do mar são outro exemplo de “gigantismo polar”: São pequenas em outros lugares, mas essa na Antártida tem pernas de 17 centímetros. Colossendeis Megalonyx
Foto de Laurent BallestaUma caravela bioluminescente, com cerca de 35 centímetros, flutua a 39 metros de profundidade, brilhando e arrastando uma dúzia de tentáculos ardentes. Essas águas-vivas em formato de sino, se alimentam de plânctons e evitam a luz direta, que pode matá-las. Periphylla Periphylla
Foto de Laurent Ballesta