Os que ajudam e os que sofrem com a fome e a pobreza na cidade de São Paulo
Retratos mostram os personagens que se voluntariam para sanar a fome e os vulneráveis que buscam sobreviver à pandemia.

Bruna Patrícia de Santos Souza, 30 anos. Antes da pandemia, Bruna tinha uma vida nômade entre Rio de Janeiro e São Paulo, sobrevivendo de bicos. A covid-19 a obrigou a parar no centro da capital paulista, à espera da retomada das atividades econômicas.
Luis Renato Ribeiro Junior voltou a viver em um albergue quando teve que parar de trabalhar devido a pandemia. “Quero ser assistente social. Eu sei que muitos chegam aqui e mentem sobre a sua situação, mas é por necessidade. Acredito que eu, por estar vivendo isso, entenderia melhor o que eles passam."
Luciana Batista, 40 anos, vive em um albergue com os dois filhos, Rebeca Xavier, cinco anos, e Gregory Enry, cinco meses. Para eles, o café da manhã no centro São Martinho de Lima á a única refeição garantida do dia.
Caroline Francisco da Silva Miliante, 23 anos, e os filhos, Davi, três anos, e Ana Carolina, dois. Com a quarentena e sem creche ela precisou desistir de buscar trabalho pois não tinha com quem deixar as crianças.
Sandra Fátima Gomes e sua neta, moradoras do Jardim Robru, busca marmitas produzidas pelo grupo O Amor Agradece.
De uma pequena casa no Jardim Robru, Zona Leste de São Paulo, a assistente social Ana Paula de Jesus da Silva distribui as marmitas produzidas pelo grupo O Amor Agradece."Temos uma fila grande e precisamos fazer uma partilha, para uma família de cinco pessoas entregamos três marmitas, de nove, damos cinco."
Sérgio Eduardo Zacharias, 61 anos, vive sem teto há 20 anos e foi um dos primeiros a ser vacinado. “Eu tive covid em maio do ano passado, foram 23 dias de UTI, fui intubado e quem me salvou foram os médicos do hospital de campanha do Pacaembu”, contou.
