Barbatana de tubarão é banida em estados americanos — mas iguaria ainda está nos cardápios

A proibição da barbatana de tubarão, com a intenção de reduzir a prática de mutilação desses animais, é difícil de ser fiscalizada, levantando dúvidas sobre sua eficácia.

Por Rachel Fobar
Publicado 24 de jan. de 2019, 12:00 BRST, Atualizado 5 de nov. de 2020, 03:22 BRT
O tubarão-mako, considerado vulnerável após redução de sua população, é uma das espécies encontradas nas amostras ...
O tubarão-mako, considerado vulnerável após redução de sua população, é uma das espécies encontradas nas amostras de sopa de barbatana coletadas em todos os Estados Unidos.
Foto de Brian J. Skerry, Nat Geo Image Collection

SE ESTIVER EM Los Angeles e bater aquela vontade, é possível pedir sopa de barbatana de tubarão no China Gate Restaurant com entrega em casa por US$16,95.

Mas isso seria contra a lei. A Califórnia é um dos 12 estados que proibiu a venda de barbatanas de tubarão—medida que visa ajudar a impedir que a população de tubarões seja ainda mais reduzida e deter a prática de remoção de barbatanas, que é ilegal nas águas norte-americanas desde 2000. Embora a demanda por barbatanas de tubarão no preparo de sopas seja maior em países asiáticos, há uma procura significativa nos Estados Unidos também.

Um homem que se identificou como irmão do proprietário do China Gate Restaurant afirma que a menção do prato no cardápio online é um erro e nega que o restaurante sirva a iguaria.

A remoção de barbatanas é realizada com os tubarões vivos, que são jogados de volta ao mar, onde afundam até o leito do oceano e, incapazes de nadar e usar as guelras para filtrar a água, ficam sem ar, morrem devido ao sangramento ou são devorados por outros predadores.

"Esse é sem dúvida o pior ato de crueldade animal que eu já vi", diz o chefe celebridade Gordon Ramsay em seu documentário na televisão sobre a indústria da pesca de tubarões.

Essas barbatanas de tubarão foram fotografadas em um mercado na Chinatown, em São Francisco, em fevereiro de 2011. A Califórnia introduziu uma proibição às barbatanas de tubarão em 2013.
Foto de Jim Wilson, T​he New York Times, Redux

Todos os anos, o Animal Welfare Institute, uma organização sem fins lucrativos sediada em Washington D.C. que defende a proibição nacional das barbatanas de tubarão, atualiza sua lista de restaurantes que servem sopa de barbatana de tubarão e notifica os órgãos fiscalizadoras estaduais.

Mas até o momento, de acordo com o instituto, a proibição não impediu os restaurantes da Califórnia e de nove outros estados de comercializarem sopa de barbatana de tubarão.

Nos últimos dois anos, pelo menos cinco projetos de lei relacionados ao comércio de barbatanas de tubarão no país foram apresentados na Câmara e no Senado dos EUA. Nenhum deles foi aprovado, deixando incerto o destino dos tubarões no país.

Muitos países não possuem leis sobre a prática de remoção de barbatanas, afirma Peter Knights, CEO do WildAid, grupo ambiental que luta para reduzir o consumo de produtos à base de animais selvagens. De acordo com ativistas, isso significa que é possível que os norte-americanos estejam obtendo barbatanas de países que caçam e mutilam tubarões, reduzindo a população desses animais, que já é baixa em todo o mundo.

Devido à pesca predatória e à demanda por barbatana de tubarão para o preparo de sopas, mais de um quarto dos tubarões, arraias e quimeras (peixe cartilagíneo também conhecido como tubarão-fantasma) do mundo estão ameaçados de extinção. Em um estudo de 2012, pesquisadores encontraram o DNA de oito tubarões diferentes, incluindo o tubarão-martelo-recortado, ameaçado de extinção, bem como de espécies vulneráveis, como o tubarão-mako e o cação-de-espinho, em amostras de sopas coletadas de todos os Estados Unidos.

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    O preparo da sopa envolve ferver as barbatanas e raspar a pele e a carne, deixando apenas a cartilagem macia, que, nesse ponto, fica irreconhecível como barbatana.
    Foto de Johannes Eisele, AFP, Getty

    Há muito tempo, a sopa de barbatana de tubarão é considerada um prato de ostentação em países asiáticos, especialmente na China, onde o primeiro registro da iguaria data da dinastia Song (960-1279), época em que se acredita que o imperador tenha inventado o prato para demonstrar seu poder e riqueza. As barbatanas de tubarão acabaram sendo consideradas um dos quatro tesouros da culinária chinesa, em conjunto com abalone, pepino-do-mar e bexiga natatória.

    Hoje, é um prato de luxo servido em casamentos como sinal de respeito aos convidados. O preparo da sopa envolve ferver as barbatanas e raspar a pele e a carne, deixando apenas a cartilagem macia, que, em algumas ocasiões, é desfiada antes de ser adicionada à sopa.

    O que é luxo para alguns representa uma enorme dor de cabeça para os órgãos fiscalizadores dos estados norte-americanos que proíbem as barbatanas de tubarão. Sem contar que esses órgãos passam por uma escassez de funcionários. Eles afirmam que pode ser difícil comprovar a culpa de fornecedores de barbatana de tubarão. Como o comércio dessas nadadeiras tende a ser clandestino, ele é comparado ao tráfico de drogas.

    "Eu sei que acontece, sei que existe", afirma William O'Brien, inspetor marinho de São Francisco. "Mas acontece de forma muita privada—não é o tipo de coisa que, você sabe, as pessoas vendem abertamente ao público".

    Além disso, de acordo com diversos órgãos fiscalizadores, as multas e penas de prisão para quem comercializa barbatanas de tubarão são geralmente leves e possuem pouco efeito.

    Knights afirma que a proibição federal da comercialização de barbatanas de tubarão nos Estados Unidos representaria um importante passo porque enviaria a mensagem de que vender e consumir barbatana de tubarão não é mais aceitável. A venda de barbatanas de tubarão, complementa ele, "continua a aumentar a pressão que os tubarões sofrem em todo o mundo".

    Essas barbatanas de tubarão foram apreendidas pela Divisão de Pesca e Animais Silvestres da Califórnia.
    Courtesy California Department of Fish and Wildlife

    Contudo, argumenta Robert Hueter, diretor do Centro de Pesquisa sobre Tubarões no Mote Marine Laboratory, em Sarasota, Flórida, considerando a dificuldade que alguns estados enfrentam para fiscalizar a proibição das barbatanas de tubarão, uma lei federal apenas impulsionaria o mercado de barbatanas para a clandestinidade—conforme acontece em São Francisco.

    O DESAFIO DA FISCALIZAÇÃO

    A Califórnia possui cerca de um terço da população asiática do país e é um dos maiores consumidores de barbatana de tubarão fora da Ásia.

    Quando a proibição foi aprovada na Califórnia em 2011, William O'Brien, inspetor marinho em São Francisco, afirma que ficou "animado". Ele já tinha uma lista dos restaurantes que deveria fiscalizar quando a proibição entrasse em vigor.

    Quase que imediatamente, ele e sua equipe receberam uma informação sobre um fornecedor, e confiscaram mais de 900 quilos de barbatana de tubarão em um armazém próximo à Baía de São Francisco. Ele estima que a carga tenha um valor de pelo menos US$ 500 mil. O acusado, Michael Kwong, comerciante atacadista de barbatana de tubarão e oponente feroz da proibição, afirma que sua família está no setor há quatro gerações e não se pronunciou em relação ao descumprimento da proibição. De acordo com os registros do tribunal, ele passou 30 dias na cadeia, pagou fiança e está em condicional por três anos.

    Desde então, conta O'Brien, a fonte secou. Ele suspeita que os donos de restaurantes e mercados estejam armazenando as barbatanas de tubarão fora do ambiente comercial—talvez em suas residências, onde as autoridades não têm acesso sem um mandado de busca.

    "Essencialmente, o mercado atingiu um nível de clandestinidade tão grande que exige mais especialização para deflagrá-lo, e eu não tenho especialização suficiente", afirma O'Brien.

    As responsabilidades gerais de O'Brien incluem monitoramento de comércio ilegal de marfim, comércio de animais e produtos animais ilegais em medicações, e ele também é responsável por verificar as licenças de caça e pesca quase que diariamente. Ele reconhece que num mês inteiro, consegue dedicar apenas cerca de dois dias às barbatanas de tubarão.

    "Seria ótimo se eu fosse o cara das barbatanas e pudesse trabalhar apenas com isso", lamenta O'Brien.

    Um fator agravante é que os donos de restaurantes acusados de vender sopa de barbatana de tubarão podem alegar que o prato é uma imitação ou que é feito a partir de uma espécie de tubarão que não faz parte do escopo da proibição. O cação-de-espinho e o cação-liso, por exemplo, são isentos no estado de Nova York. É possível identificar a espécie apenas a partir de barbatanas recém-cortadas, mas quando a barbatana é desidratada ou absorvida na sopa, a única forma de comprovar que se trata de uma espécie proibida é por meio de teste de DNA.

    O DNA CONFIRMA TUDO

    Para se certificar de que um crime foi cometido, as autoridades devem confirmar se o DNA de uma amostra de sopa apreendida é realmente de tubarão. As amostras que Ashley Spicer testa e analisa como parte de seu trabalho no Laboratório de Medicina Legal da Vida Selvagem na Divisão de Pesca e Animais Silvestres da Califórnia varia de suspeita de sopa de barbatana de tubarão em recipientes de plástico para viagem a barbatanas congeladas a vácuo.

    O chefe celebridade Gordon Ramsay considera a prática de remoção de barbatanas "o pior ato de crueldade animal que eu já vi".
    Foto de Brian J. Skerry, Nat Geo Image Collection

    Spicer examinou os casos envolvendo tubarões na Califórnia em 2018—todos os quatro casos. Apenas dois eram realmente relacionados a barbatanas de tubarão; os outros eram um caso de ataque de tubarão e um caso de caça ilegal. Ao todo, os dois casos de barbatana de tubarão que ela analisou em 2018 envolveram cerca de 20 barbatanas de tubarão diferentes.

    O número reduzido de testes não necessariamente representa todos os casos envolvendo barbatanas de tubarão na Califórnia que chegaram ao conhecimento das autoridades. Se, por exemplo, um caso provoca a confissão imediata do acusado, as autoridades podem decidir pela não realização dos testes.

    O teste de DNA se mostrou eficaz em um recente caso em Plano, no Texas, um dos estados onde as barbatanas são proibidas. Mike Stephens, inspetor de caça na Divisão de Parques e Vida Silvestre do Texas, foi com um colega a um restaurante local dim sum—de uniforme—e pediu para olhar o cardápio "especial". E lá estava: sopa de barbatana de tubarão.

    Para garantir que a barbatana de tubarão fosse real e não uma imitação, a esposa do dono do restaurante levou os inspetores até a câmara fria onde encontraram cerca de seis pacotes de barbatanas. Stephens presume que o proprietário, Qi Zhou, e sua esposa não perceberam o real motivo da visita dos inspetores até que fosse tarde demais. Antes de saírem, conta Stephens, a esposa de Zhou disse que eles não eram os únicos que vendiam barbatana de tubarão. O supermercado ao lado também comercializava o produto, disse ela.

    E realmente, quando os inspetores foram ao supermercado Tao Marketplace para investigar, eles encontraram quase 40 carcaças de tubarão, sem a barbatana caudal, em exibição no corredor de pesca fresca e no estoque.

    Com luvas de borracha para não contaminar as provas, eles armazenaram as barbatanas de ambos os locais em recipientes separados e as levaram a um laboratório na Carolina do Norte para a realização de testes de DNA.

    O caso contra o supermercado ainda não foi finalizado, mas o proprietário do restaurante foi considerado culpado pela venda de barbatana de tubarão e pagou uma multa de um dólar. O tribunal também ordenou que Zhou fizesse uma doação ao Animal Welfare Institute, que totalizou menos de mil dólares, afirma Stephens.

    De acordo com o instituto, no Texas e na maioria dos outros estados, penas de prisão para crimes envolvendo barbatanas de tubarão são raras e normalmente não passam de seis meses para réus primários. As multas geralmente não chegam a mil dólares. Por outro lado, meio quilo de barbatana de tubarão desidratada pode ser vendido por US$400, e a sopa da iguaria pode variar de US$50 a US$200.

    "É difícil conseguir prender alguém em casos envolvendo animais silvestres", diz Jesse Paluch, chefe da Unidade de Investigação de Crimes Ambientais da Divisão de Conservação Ambiental do Estado de Nova York. Em Nova York, conta ele, os juízes e procuradores "lidam com tantos crimes, que os crimes ambientais são deixados um pouco de lado".

    BARBATANAS NO LIXO

    Em outubro de 1988, quando Robert Hueter estava começando no Mote Marine Laboratory, um colega contou que um grupo de pescadores no noroeste do estado da Flórida havia sido pego pescando golfinhos-nariz-de-garrafa com lança, cuja carne e sangue eram usados como isca para tubarões. Matar esses golfinhos era e ainda é ilegal de acordo com a Lei de Proteção aos Mamíferos Marinhos de 1972. Quando os pescadores capturavam tubarões, eles cortavam suas barbatanas e jogavam os animais mutilados ao mar, ainda vivos.

    Hueter conta que, na época, ele achou aquilo doentio. Ele nunca havia ouvido falar da prática de remoção de barbatanas, então procurou Nelson Bryant, um repórter que ele conhecia do The New York Times, que escreveu uma matéria pioneira sobre a prática. Hoje, a prática de remover barbatanas é retratada em documentários, é alvo de protestos públicos e de postagens no Facebook.

    Hueter diz que os pescadores receberam multas leves pela caça dos golfinhos—e nenhum tipo de pena pela remoção das barbatanas dos tubarões. "Não havia nenhum crime naquilo que tinham feito com os tubarões", conta ele.

    Desde então, Hueter atua como defensor desses animais. E é por esse motivo, afirma ele, que é contra uma proibição federal envolvendo as barbatanas.

    "As pessoas a favor da proibição querem simplificar o problema, reduzindo-o a essa simples mensagem—de que se proibirmos o comércio de barbatanas nos Estados Unidos, salvaremos os tubarões do mundo todo", diz Hueter. "Isso é tão simplista e tão errado".

    Ele afirma ser claramente contra a remoção de barbatanas e a pesca predatória, mas que cortar as barbatanas de um tubarão morto e caçado legalmente não é cruel, e proibir um prato específico não irá impedir a mutilação, pois ela já é ilegal nas águas dos Estados Unidos. Contudo, afirma ele, uma proibição irá fazer com que as barbatanas de tubarões mortos sejam desperdiçadas.

    "Isso fará com que [os pescadores] joguem as barbatanas no lixo. Isso vai totalmente contra a nossa filosofia de aproveitamento total dos produtos de pesca—quando retiramos um peixe do mar, não queremos desperdiçar nada. Queremos aproveitar absolutamente tudo que conseguimos".

    David Shiffman, biólogo de conservação marinha da Universidade Simon Fraser, em Vancouver, Canadá, e o homem por trás da famosa conta no Twitter @whysharksmatter, diz que não faz sentido as pessoas criticarem o uso de barbatanas de tubarão em sopas quando é possível que elas consumam carne de tubarão de outras formas.

    "Há pessoas que acham um absurdo consumir um prato de sopa de barbatana de tubarão e acham normal comer um tubarão-mako assado na grelha", afirma ele. "No meu ponto de vista, como biólogo conservacionista de tubarões, em ambos os casos, o tubarão está morto. A sopa de barbatana de tubarão meio que se tornou o vilão da conservação dos oceanos".

    Como alternativa à proibição federal, em 2018, Hueter ajudou a redigir a Lei sobre Pesca e Comércio Sustentável de Tubarões, que o deputado Daniel Webster, republicano da Flórida, diz planejar reintroduzir nessa sessão. Esse projeto de lei, conta Hueter, permitiria apenas importações de países que proíbem a prática de remoção de barbatanas e que promovem a preservação dos tubarões.

    Mas Susan Millward, diretora do programa de animais marinhos do Animal Welfare Institute, diz que uma proibição total ainda é a melhor estratégia.

    "Mesmo com um comércio sustentável de barbatanas de tubarão, ainda haverá um comércio envolvendo a remoção dessas nadadeiras", afirma ela. "Sempre haverá pessoas dispostas a descumprir as leis".

    "QUANDO AS PESSOAS PARAREM DE COMPRAR, OS TUBARÕES PARAM DE MORRER"

    Yao Ming, estrela do basquete chinês, empurra um prato de sopa de barbatana de tubarão sobre a mesa. Em um tanque de aquário à sua direita, um tubarão sangrando, gerado por computador, afunda até o leito do mar. "Lembre-se", ele diz, olhando para as câmeras, "quando as pessoas pararem de comprar, os tubarões param de morrer".

    Desde 2011, o consumo de sopa de barbatana de tubarão caiu cerca de 80% na China, resultado das proibições federais que agora impedem que o prato seja servido em banquetes do governo e do efeito das campanhas de conscientização apoiadas por celebridades, como a de Yao Ming, vista por milhões de chineses.

    De acordo com um relatório do WildAid de 2018, quando o grupo começou sua campanha contra o uso de barbatanas de tubarão na China em 2006, 75% dos consumidores não se davam conta de que a sopa que consumiam continha tubarão, e muitos que sabiam disso pensavam que as barbatanas voltavam a crescer após serem removidas.

    Muitos conservacionistas acreditam que esforços semelhantes de conscientização nos Estados Unidos poderiam reduzir a demanda. As pessoas geralmente não pensam muito sobre o que comem, afirma Millward. "Poucas pessoas ligam os pontos, sabem de onde vem o produto, que envolve um animal vivo e quanto sofrimento foi provocado para sua obtenção... Esses animais sentem muita dor antes de morrer e todo o ecossistema é afetado—e a troco de quê?

    Uma pergunta leva a outra: por que barbatanas de tubarão? Sabe-se que as barbatanas não conferem à sopa nenhum sabor ou benefício à saúde. Em vez disso, elas criam uma textura cristalina, como a de macarrão oriental, que pode ser replicada quase que de forma indistinta com pasta de feijão mungu verde ou melão. Além disso, pelo fato de as barbatanas serem cartilagem, elas precisam ser cozidas por horas, até mesmo um dia inteiro, para amolecerem e poderem ser consumidas. "Se você cozinhasse o meu cinto por 24 horas, ele também seria comestível", afirma Knights.

    Ironicamente, como os conservacionistas, os chefes de cozinha e até mesmo os consumidores reconhecem, o sabor da sopa de barbatana de tubarão—prato que causou controvérsia no mundo todo, fez as pessoas escreverem incontáveis cartas ao congresso norte-americano e resultou em uma enorme campanha de conscientização—não vem das barbatanas, mas do caldo de galinha utilizado como base para o prato.

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