
Qual é a maior ave migratória do mundo? Spoiler: ela mede mais de 3 metros de uma asa a outra
O Diomedea exulans pode ter entre 2,5 até 3,5 metros de envergadura, o que faz dele a maior ave marinha migratória do mundo. Ele também é um excelente planador.
Esta robusta ave migratória é quase exclusivamente vista no Hemisfério Sul do planeta, tendo sido visto raras vezes voando acima da linha do Equador. Pode chegar a voar até mesmo em regiões polares, chegando próximo à Antártida. Trata-se do Diomedea exulans, conhecido popularmente como albatroz-errante, albatroz-gigante ou albatroz-viageiro .
É como explica o Animal Diversity Web, é uma base de dados online com informações sobre animais organizada pelo Museu de Zoologia da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos. Segundo a fonte, este tipo de albatroz chega a ter de 2,5 a 3,5 metros de envergadura (da ponta de uma asa até a outra) e pesa até 8 quilos.
“Todas as subespécies de albatrozes errantes têm envergaduras extremamente longas (com média de pouco mais de 3 metros), coberteiras brancas sob as asas e bicos rosados”, explica a ADW. “O Diomedea exulans é, em média, maior do que as outras subespécies reconhecidas e é o único que atinge plumagem corporal totalmente branca, e isso somente nos machos”, completa.
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Por causa de seu tamanho, quando adulto este tipo de albatroz não tem predadores naturais. Ainda assim, é uma espécie vulnerável à extinção.
Uma ave que vive em alto-mar e voa mais de 100 mil quilômetros no ano
Ainda que esteja no topo das aves migratórias em tamanho e seja um animal robusto, o albatroz-errante está classificado como vulnerável na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN).
Segundo a IUCN, já foi registrado um único indivíduo deste tipo de albatroz que viajou 6 mil quilômetros em apenas 12 dias, diz a IUCN. Em média, no entanto, esses albatrozes são especialistas em planar no ar, voando 1 mil quilômetros por dia, alcançando até 120km/h de velocidade, como explica o Projeto Albatroz, um site do ministério do Meio Ambiente do Brasil dedicado ao animal.
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Este tipo de ave migratória é raramente visto voando acima da Linha do Equador.
Há medições que dão conta de aves da espécie que chegaram a 120 mil quilômetros viajados em um ano. Isso é o equivalente a três voltas completas em torno da Terra, continua a fonte.
Ainda assim, o Diomedea exulans está ameaçado e listado como vulnerável por causa da mortalidade em anzóis de pesca, colocados barcos pesqueiros da região da Patagônia, por exemplo. “Os indivíduos ficam presos nos anzóis, enquanto tentam roubar peixes e iscas de lula, e muitas vezes se afogam”, diz a Red List.
A poluição dos mares (em especial por plásticos que podem ser ingeridos pela ave) e dos locais onde essas aves se reproduzem também é responsável pelo seu desaparecimento. Isso porque, quando adultos, esses albatrozes não têm predadores. Na vida selvagem, o albatroz-errante vive entre 40 e 50 anos, informa o site do Projeto Albatroz.
