Conheça sete espécies de aves migratórias
Um grupo de andorinhas caça sobre a água e mergulha. Parque Nacional de Loango, Gabão.
A lista de aves migratórias a seguir, selecionada pela National Geographic em conjunto com a Birdlife International, instituição dedicada à proteção das aves e dos habitats delas em todo o mundo, é representada por espécies cuja proeza supera qualquer dificuldade encontrada em suas jornadas.
1. Borrelho-grande-de-coleira (Charadrius hiaticula)
Os borrelho-grande-de-coleira põem seus ovos no calor da areia nas costas da Eurásia e do norte da África, pois suas cascas manchadas de preto e cor de sedimento se misturam com os minúsculos grãos de areia, impossibilitando a captura por outras espécies de animais.
De acordo com a Birdlife, a população do borrelho-grande-de-coleira está em declínio devido à poluição das praias e à drenagem de áreas úmidas pela agricultura humana.
2. Andorinha do ártico (Sterna paradisaea)
Uma andorinha do ártico, Sterna paradisaea, em voo. Islândia.
A andorinha do ártico é uma ave migratória de voo recordista, 90 mil quilômetros, o mais longo conhecido pelo reino animal, de acordo com a organização internacional. O pássaro voa de um polo a outro todos os anos, desde a Groenlândia até o Mar de Weddell, na Antártica. É um animal cuja expectativa de vida é de cerca de 30 anos. Considerando a distância percorrida para cada ano de vida da ave, é o equivalente a voar até a Lua e voltar por três vezes.
3. Abelharuco-comum (Merops apiaster)
Espécimes de abelharuco-comum nidificam em um penhasco ao longo do rio Tinga, Parque Nacional de Zakouma, Chade.
Essa espécie de pássaro que habita a Eurásia e a África é caracterizada pela maneira como se alimenta e como o macho corteja a fêmea para conquistá-la. O macho abelharuco oferece um banquete de abelhas, vespas, libélulas e borboletas em seu cortejo para que a fêmea possa se alimentar. A Birdlife informa que, quando esse pássaro está chocando, ambos os parceiros compartilham igualmente as tarefas de incubação dos ovos, alimentação dos filhotes e obtenção de mais alimentos.
4. Cuco-canoro (Cuculus canorus)
Uma pintura de duas espécies de cuco e um trogon.
Cuco, uma palavra que representa esse intruso indesejado por crianças do mundo todo, de acordo com a Birdlife, deriva da ação da ave migratória de depositar seus ovos em ninhos pertencentes a outras aves. Essa ação ocorre onde quer que o animal viva: África, Eurásia e Sudeste Asiático.
(Leia mais: Apesar de milhares em cativeiro, esta rara ave canora está entrando em extinção)
5. Pardela-de-cauda-curta (Ardenna tenuirostris)
Uma pardela-de-cauda-curta em Sanriku, Japão.
As proezas desta ave são postas à prova quando ela migra da Tasmânia, no sul da Austrália, até o extremo oriente russo, na península de Kamchatka. O pássaro é capaz de voar a 30 mil quilômetros de distância planando sobre a água. Essa atividade lhes permite economizar energia devido ao seu corpo aerodinâmico.
6. Ganso-cabeça-listrada (Anser indicus)
Gansos-cabeça-listrada voam sobre a tundra, Lago Teshekpuk, Alasca, EUA.
Esta ave é capaz de percorrer uma distância de aproximadamente 4 mil quilômetros de forma periódica e não linear. No entanto, o ganso-cabeça-listrada difere de outras espécies de aves migratórias pelo fato de voar a até 7 mil metros de altura, segundo a Birdlife International.
Seus principais locais de reprodução são a Mongólia, o platô tibetano e o norte da China. Ele consegue atravessar o Himalaia usando menos de 10% do oxigênio disponível no nível do mar, devido à alta altitude em que viaja.
7. Pinguim-de-adélia (Pygoscelis adeliae)
Pinguins-de-adélia em contato com a estação de pesquisa em Hope Bay, Península Antártica, Antártida.
Esta espécie de ave é a única da lista que não voa, embora seu alcance máximo migratório seja de 17 mil quilômetros de distância. O pinguim-de-adélia, originário da Antártica, migra uma média de 12 quilômetros por ano para se aquecer, se reproduzir e se alimentar.