Anteriormente encontrado em sistemas fluviais de água doce do Paquistão ao Mianmar, a área de distribuição do gavial, criticamente ameaçado de extinção, atualmente está limitada à Índia e ao Nepal.
Nome comum: Gavial
Nome científico: Gavialis gangeticus
Tipo: Réptil
Dieta: Carnívora
Expectativa média de vida na natureza: Entre 40 e 60 anos
Tamanho: Entre 3,7 e 4,7 metros
Peso: Aproximadamente um quilo
O que são gaviais?
Gaviais são uma espécie de crocodilo asiático que se distingue por seu focinho longo e fino. Os crocodilianos são um grupo de répteis que compreende crocodilos, aligátores, jacarés e muito mais.
Habitat
Gaviais vivem em sistemas fluviais de água doce, reunindo-se nas curvas de rios onde a água é mais profunda. Não são adaptados para o solo, então, geralmente saem da água apenas para se aquecer ao sol ou nidificar.
Anteriormente encontrados do Paquistão ao Mianmar, a área de distribuição dos répteis atualmente está restrita a dois países: Índia, ao longo dos rios Chambal, Girwa e Son; e Nepal, ao longo do rio Narayani.
Aparência e comportamento
Um gavial comum tem comprimento entre 3,6 e 4,6 metros e peso máximo de cerca de 900 quilos. Os gaviais regulam a temperatura corporal tomando banho de sol para se aquecer ou descansando na sombra ou na água para resfriar.
Gaviais machos apresentam um grande crescimento em seu focinho denominado ghara, a palavra em hindi que significa “pote de lama”. Os machos usam seus gharas para vocalizar e soprar bolhas durante as exibições de acasalamento. Os animais se reúnem para acasalar e fazer ninhos durante a estação seca, quando as fêmeas põem ovos em bancos de areia ao longo de trechos com curso d’água lento. Os ovos incubam por 70 dias e os filhotes ficam com as mães por diversas semanas ou até meses.
Desde a década de 1940, populações de gaviais apresentaram um declínio de até 98% devido a atividades humanas como caça e construção de barragens.
Gaviais não perseguem as presas e dão o bote como outros crocodilianos – seus focinhos contêm células sensoriais que podem detectar vibrações na água. Ao agitar a cabeça de um lado para o outro, os répteis localizam os peixes e os agarram com as mandíbulas, revestidas por mais de 100 dentes. Embora os adultos se alimentem de peixes, sua prole também consome insetos, crustáceos e sapos.
Ameaças à sobrevivência
A União Internacional para a Conservação da Natureza classifica a espécie como criticamente ameaçada de extinção. As maiores ameaças enfrentadas são devidas a atividades humanas.
Desde a década de 1940, populações de gaviais apresentaram um declínio de até 98% devido à caça para medicina tradicional chinesa e às mudanças drásticas em seus habitats de água doce. Por exemplo, a ação humana manipulou o fluxo dos rios, fazendo com que certas regiões secassem, o que dificultou a sobrevivência dos gaviais, a qual depende da água. Gaviais jovens também são suscetíveis a serem capturados por redes de pesca, o que pode provocar ferimentos ou afogamento.
Conservação
Nas últimas décadas, preocupações com a situação do gavial resultaram em diversas iniciativas de conservação. Na década de 1970, o governo indiano determinou a proteção total à espécie com o objetivo de reduzir a caça ilegal.
Nas décadas de 1970 e 1980, grupos de conservação na Índia e no Nepal lançaram programas de criação e soltura, que introduziram na natureza mais de seis mil gaviais criados em cativeiro. Infelizmente, devido à falta de monitoramento eficaz, não se sabe o grau de êxito desses programas.