Rinoceronte-de-sumatra

Antes encontrados em todo o sudeste asiático, especialmente em densas florestas montanhosas, hoje é um dos rinocerontes mais raros do mundo.

Por Redação National Geographic
Publicado 3 de abr. de 2020, 10:00 BRT, Atualizado 5 de nov. de 2020, 03:22 BRT
Um rinoceronte-de-sumatra fotografado no Zoológico de Cincinnati, em Ohio.
Um rinoceronte-de-sumatra fotografado no Zoológico de Cincinnati, em Ohio.
Foto de Joël Sartore, National Geographic Photo Ark
  • Nome comum: Rinoceronte-de-sumatra
  • Nome científico: Dicerorhinus sumatrensis
  • Classe: mamífero
  • Dieta: herbívoro
  • Expectativa de vida média na natureza: 35 a 40 anos
  • Tamanho: 2,4 a 3 metros de comprimento
  • Peso: 798 kg
  • Status de conservação: criticamente ameaçada
  • Tendência populacional: em declínio

A National Geographic Society e o Disney Conservation Fund colaboraram com os esforços de conservação dessa espécie. A National Geographic Partners é uma joint venture entre a National Geographic Society e a The Walt Disney Company.

O conservacionista Rudi Putra, beneficiário do programa da National Geographic, está trabalhando para salvar o rinoceronte-de-sumatra no Ecossistema Leuser, uma floresta de 2,6 milhões de hectares na Indonésia. Saiba mais sobre o trabalho dele.

O rinoceronte-de-sumatra de dois chifres infelizmente está classificado como o rinoceronte mais ameaçado do mundo, assim como seu primo regional, o rinoceronte-de-java. Ambas as espécies estão listadas como gravemente ameaçadas de extinção. Menor das cinco espécies vivas de rinocerontes, possui pele de cor marrom ou acinzentada e coberta com concentrações de pelo curto, escuro e rígido. O pelo ajuda a manter a lama grudada no corpo, que resfria a pele e a protege contra insetos.

Os dois chifres do rinoceronte-de-sumatra são consideravelmente menores que os de seus parentes africanos, os rinocerontes-negros e os rinocerontes-brancos. O chifre frontal pode atingir até 78 centímetros, mas normalmente é muito menor, ao passo que o chifre posterior chega a sete centímetros, mas geralmente não passa de uma saliência.

Os rinocerontes-de-sumatra já foram encontrados em todo o sudeste asiático, especialmente nas densas florestas montanhosas da Indonésia, Malásia, Tailândia e Mianmar, bem como nas encostas das montanhas do Himalaia no Butão. Atualmente, no entanto, a única população viável restante vive em bolsões isolados na Indonésia, principalmente na ilha de Sumatra.

São animais solitários que se alimentam de frutas, galhos, folhas e arbustos. Seus alimentos favoritos incluem mangas silvestres, bambus e figos. Eles também procuram fontes de minerais e visitam suas fontes preferidas a cada um ou dois meses.

Como outros rinocerontes, eles têm o olfato apurado e a audição aguçada e, para se localizarem, deixam uma rede de trilhas que podem ser farejadas por toda a floresta.

Esses rinocerontes se movimentam à noite. Durante o dia, eles podem ser encontrados vasculhando lagoas e outras águas rasas e lamacentas. Isso os ajuda a se refrescar e evita que a pele rache ou seque. Eles nadam bem, podem ser velozes e são até mesmo escaladores hábeis, subindo e descendo ladeiras íngremes com facilidade.

Comunicam-se com assobios e ganidos, e também espalhando seu estrume com a pata.

A União Internacional para a Conservação da Natureza classifica a espécie como gravemente ameaçada de extinção. Os icônicos chifres dos rinocerontes-de-sumatra foram responsáveis pelo seu declínio. Embora eles sejam feitos de nada mais do que queratina — o mesmo material que compõe as unhas e os cabelos humanos —, acredita-se que o chifre de rinoceronte tenha valor na medicina tradicional chinesa. O chifre também é valorizado no Oriente Médio, especialmente no Iêmen e no norte da África como um cabo ornamental de adaga.

Embora a caça seja responsável pelo declínio da população, atualmente o isolamento é a maior ameaça enfrentada pelos rinocerontes-de-sumatra. Seus números diminuíram mais de 70% nos últimos 20 anos e, em 2019, foram declarados na Malásia como extintos na natureza. Os pesquisadores estimam que existam menos de cem rinocerontes-de-sumatra na natureza. Esses números decrescentes significam que os animais precisam percorrer distâncias mais longas para encontrar um parceiro e se reproduzir. Para piorar, se as fêmeas ficam muito tempo sem acasalar, elas podem desenvolver cistos e miomas que as tornam inférteis.

Protegidos pela legislação em toda a sua área de ocorrência, os rinocerontes-de-sumatra também são o foco de um extenso programa de cooperação internacional. As Unidades de Proteção de Rinocerontes protegem as regiões onde estão localizadas para impedir a caça, enquanto continuam tentando sucesso na reprodução em cativeiro para recuperar a população. Avanços científicos levaram ao nascimento de três filhotes no Zoológico de Cincinnati no início dos anos 2000. Mas, apesar desses esforços, a população global continuou a diminuir.

Em 2018, as principais organizações de conservação do mundo, incluindo a National Geographic Society, lançaram um pacto para salvar a espécie, em parceria com o governo indonésio. O Sumatran Rhino Rescue captura rinocerontes selvagens e os realoca em santuários onde os cientistas podem ajudá-los a se reproduzir com segurança. O tempo dirá se esses esforços serão capazes de salvar o rinoceronte-de-sumatra, mas, como apontam os especialistas, estão dando à espécie a chance de sobreviver.

VOCÊ SABIA?

  • O rinoceronte-de-sumatra é tão raro que poucas pessoas já tiveram a oportunidade de avistá-lo na natureza.
  • A linhagem do rinoceronte-de-sumatra pode ser traçada até a Era do Gelo — o animal é o parente vivo mais próximo do rinoceronte-lanudo.
  • Os rinocerontes-de-sumatra são os únicos rinocerontes de dois chifres na Ásia.

mais populares

    veja mais

    mais populares

      veja mais
      loading

      Descubra Nat Geo

      • Animais
      • Meio ambiente
      • História
      • Ciência
      • Viagem
      • Fotografia
      • Espaço

      Sobre nós

      Inscrição

      • Assine a newsletter
      • Disney+

      Siga-nos

      Copyright © 1996-2015 National Geographic Society. Copyright © 2015-2024 National Geographic Partners, LLC. Todos os direitos reservados