Assine a newsletter
Disney+
National Geographic
National Geographic
National Geographic
Ciência
Viagem
Animais
História
Meio Ambiente
Ciência
Viagem
Animais
História
Meio Ambiente
Página do Fotógrafo
Elias Williams
Dançarinos em uma performance chamada “125th and Freedom” caminham pela Dr. Martin Luther King Jr. Boulevard, no Harlem, Nova York. Parte protesto e parte desfile, a produção coreografada ao longo da rua que também é conhecida como 125th explora migração, gentrificação e emancipação em uma sociedade que, nas palavras de King, coloca o lucro acima das pessoas.
Este ano, Matilda McCrear foi identificada como a última sobrevivente conhecida do último navio de africanos escravizados de que se tem notícia. Ela foi levada para os Estados Unidos a bordo do Clotilda quando tinha 2 anos de idade em 1860 e acredita-se que tenha sido enterrada em uma sepultura não identificada no Cemitério Martin Station, perto de Safford, Alabama. (Da reportagem: Identificados a última sobrevivente de um navio negreiro e seus descendentes)
Um mural do Clotilda decora uma contenção de concreto em Africatown, a comunidade perto de Mobile fundada por alguns dos sobreviventes do navio. McCrear fazia parte de um grupo menor que havia sido “vendido rio acima” e se estabelecido no Cinturão Negro do Alabama.
“Sinto-me triste pelo que aconteceu com ela, mas feliz em conhecer mais sobre sua história”, diz a bisneta de Matilda, Yolande Calhoun.
Nenhuma lápide identifica sua sepultura, mas acredita-se que Matilda tenha sido enterrada aqui, no Cemitério Martin Station, perto de Safford, no Alabama.
O neto de Matilda, Johnny Crear, participou ativamente da luta pelos direitos civis em Selma. “As pessoas leem sobre a escravidão e não se solidarizam”, diz ele. “Mas quando é a sua família que está envolvida, tudo se torna mais próximo e muito real.”
Filho de Yolande Calhoun, Paul diz que a história de sua tataravó inspira orgulho em sua família e também “cria certa pressão pessoal para que tenham perseverança”.
Patricia Frazier segura a bandeira do Benin, a nação moderna que já foi governada pelo rei de Daomé, que vendeu 110 negros escravizados ao capitão do Clotilda — o último navio conhecido a levar africanos escravizados às costas americanas. “Se encontrarem aquele navio, acredito que aumentará a conscientização sobre nossa história”, afirma Frazier antes de o navio ser encontrado. “Às vezes, é preciso algo palpável para despertar essas memórias.”
O Cemitério Old Plateau (também conhecido como Cemitério de Africatown) tornou-se o local de descanso final de muitos sobreviventes do Clotilda que se estabeleceram na comunidade, incluindo Lewis.
Dr. Martin Luther King Jr. Boulevard em Nova York, EUA – Renomeada em 1984 Dançarinos da performance 125th and Freedom, de Ebony Golden, seguem pela via. Meio protesto, meio desfile, a produção coreografada ao longo da rua – também chamada apenas de 125 – trabalha em cima da migração, da gentrificação e da emancipação em uma sociedade que, nas palavras de Luther King, coloca os lucros acima das pessoas. O Harlem há muito tempo é um centro de arte, vida e cultura negras.