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Página do Fotógrafo
Yagazie Emezi
O exercício ajuda o corpo a liberar triptofano e serotonina. Na foto, um grupo de pessoas realiza uma aula pública de aeróbica em Ruanda.
Brazzaville é a capital de um país onde a pobreza é generalizada e a vida cotidiana das pessoas pode ser um desafio. A elegância colorida das sapeuses, suas roupas e a exuberância de suas apresentações – a música, rituais e jargões – subvertem as frivolidades da vida cotidiana. As sapeuses costumam se apresentar em público, e são aclamadas entusiasticamente como estrelas locais. Ao longo das décadas, La Sape tem funcionado como veículo de resistência, de protestos pacíficos, ativismo social, uma subcultura cuja influência é sentida em todo o mundo.
La Sape é mais do que apenas afirmações sociais ousadas, também se trata de solidariedade e camaradagem. As associações de bairros como Mavula Sape dão às sapeuses oportunidades de se encontrarem, socializarem e competirem com outros grupos. Apesar de La Sape ter ganhado reconhecimento internacional e um nível de aceitação em grandes centros urbanos como Brazzaville, na República do Congo, e Kinshasa, na República Democrática do Congo, ainda há quem desaprove o espetáculo, que eles veem como mulheres vestidas de homens.
Empresária e mãe de dois, Laurence Ndzimi faz uma pose. Ndzimi é membro da Mavula Sape, um grupo oficial de sapeuses em Brazzaville. Durante a última década, os sapeurs juntaram-se às suas equivalentes femininas, as sapeuses. Essas mulheres subvertem não só a noção de que o requinte e a elegância de alfaiataria dependem da situação econômica, mas também dos papéis tradicionais do gênero. “Sempre houve uma história de mulheres africanas expressando suas vozes”, diz a fotógrafa e exploradora da National Geographic Yagazie Emezi. “Elas foram silenciadas ou ignoradas intencionalmente. [Hoje] as mulheres assumem papéis políticos, papéis de ativistas.”
Hoje em dia, La Sape é um fenômeno internacional que atrai a atenção global da mídia com grupos da diáspora em cidades europeias como Londres, Paris e Bruxelas. Em Brazzaville, os sapeurs se apresentam em seus bairros locais, usando costumes de alta costura e alfaiataria criativa para canalizar alter egos que os elevam no ambiente cotidiano. Eles costumam usar ternos extravagantes, com cachimbos antigos, chapéus, óculos enormes, bengalas polidas, gravatas largas, sapatos sociais e relógios de bolso. Os sapeurs exibem seu estilo pessoal fazendo poses impressionantes e adotando a marcha distinta que é exclusiva de La Sape e conhecida como diatance.
As sapeuses de Mavula Sape saem do bairro delas vestidas em seus ternos e acessórios marcantes. As mulheres só conseguiram formar grupos na última década, mas agora são uma atração de Brazzaville na República do Congo.
Em Lagos, Nigéria, Emmanuel e Nwakaego Ewenike vivem em um único quarto com seus quatro filhos há 11 anos. Eles não têm água corrente e eletricidade intermitente, uma situação que Emmanuel chama de "muito ruim". Mais de um terço da população da Nigéria vive em extrema pobreza, a mais alta taxa do mundo. A população do país pode quadruplicar até o final do século.
Cynthia Ikirezi (no centro) está radiante com as colegas monitoras, líderes estudantis, na escola para mulheres Gashora Girls Academy, em Ruanda. A educação de meninas e sua preparação para papéis de liderança são prioridades do governo que tem como objetivo empoderar as mulheres.