As 100 melhores fotos de 2019
Confira a seleção das imagens mais marcantes do ano da National Geographic, escolhidas entre 106 fotógrafos, 121 reportagens e mais de dois milhões de fotografias.
Publicado 6 de dez. de 2019, 07:15 BRT

Acredita-se que a “Mona Lisa” de Leonardo represente Lisa Gherardini, a esposa de Francesco del Giocondo, comerciante de seda florentino. Todos os anos, milhões de visitantes disputam a vista da obra no Museu do Louvre, em Paris. A pintura, protegida por uma espessa camada de vidro que precisa ser limpa regularmente, nunca foi restaurada.
Foto de Paolo Woods e Gabriele GalimbertiCom o vale de Yosemite, na Califórnia, bem abaixo, Alex Honnold faz solo livre — o que significa escalar sem cordas ou equipamento de segurança — agarrando-se a uma fenda no alto da face sudoeste do El Capitan, com altitude de cerca de 900 metros. Antes de realizar a façanha em 3 de junho de 2017, Honnold passou quase uma década refletindo sobre a escalada e mais de um ano e meio planejando e treinando para ela.
Foto de Jimmy ChinUma girafa órfã acaricia um cuidador no Sarara Camp, no norte do Quênia. Pastores de gado em Samburu encontraram o filhote e comunicaram o Sarara — local conhecido por cuidar de mamíferos órfãos e posteriormente devolvê-los ao seu habitat. Agora, a jovem girafa vive com uma manada selvagem.
Foto de Ami VitalePetronella Chigumbura, membro da Akashinga — unidade de combate à caça ilegal sem fins lucrativos formada apenas por mulheres — pratica técnicas de reconhecimento na mata do Zimbábue.
Foto de Brent StirtonElefante macho fazendo um lanchinho à noite, no Parque Nacional de Gorongosa, Moçambique. A maioria dos elefantes do parque foi morta por causa de seu marfim, utilizado para a compra de armas durante a guerra civil de 15 anos do país, que acabou em 1992. Com a caça ilegal controlada, a população está se recuperando.
Foto de Charlie Hamilton JamesIssa Diakite, com 50 anos, construiu seu haltere e sua casa, uma das dezenas de chabolas agrupadas perto de uma região agrícola andaluza na Espanha. Natural do Mali, ele se estabeleceu como trabalhador do campo regular e agora ajuda outros migrantes a construir cabanas.
Foto de Aitor LaraCynthia Ikirezi (no centro) está radiante com as colegas monitoras, líderes estudantis, na escola para mulheres Gashora Girls Academy, em Ruanda. A educação de meninas e sua preparação para papéis de liderança são prioridades do governo que tem como objetivo empoderar as mulheres.
Photographs by Yagazie EmeziFuzileiros devem ser capazes de carregar uns aos outros, se necessário. Gabrielle Green, cabo no segmento feminino dos fuzileiros navais dos Estados Unidos, levanta um companheiro da marinha em preparação para uma operação em um navio da Marinha em Camp Lejeune, Carolina do Norte. Dos 38 mil recrutas anualmente admitidos no corpo de fuzileiros navais, cerca de 3,5 mil são mulheres — ou, no jargão do corpo de fuzileiros navais dos Estados Unidos, “fuzileiros navais mulheres”.
Foto de Lynsey AddarioEnvolto em álcool polivinílico, o corpo de Susan Potter aguarda congelamento após ela ter decidido em vida doar seu corpo para a ciência. Ele foi congelado, dividido em quatro blocos, fatiado 27 mil vezes e fotografado após cada corte. O resultado: um cadáver virtual que falará do túmulo com alunos de medicina.
Foto de Lynn JohnsonSoldados canadenses escalam os destroços de um avião, a cerca de 1,6 mil quilômetros ao sul do Polo Norte, para explorar a região durante um curso de sobrevivência no Ártico, na ilha de Cornwallis. À medida que o Ártico aquece e aumentam as tensões em relação a seu futuro, as forças armadas do Canadá e dos Estados Unidos intensificam as operações na região.
Foto de Louie PaluCerca de 400 soldados dos Estados Unidos praticam saltos de paraquedas perto de Fort Greely, no Alasca. O exercício de múltiplas nações, que inclui forças canadenses, prepara tropas para os rigores de grandes operações coordenadas sob condições de frio extremo.
Foto de Louie PaluSoldados canadenses constroem um iglu durante a fase de seu treinamento no alto Ártico para se tornarem consultores de operações no Ártico. Nessa parte do programa, eles aprendem a viajar, sobreviver e construir abrigos quando chegam ao alto Ártico
Foto de Louie PaluCompradores escolhem animais no mercado e os enviam para este abatedouro em Agadez, Níger, onde camelos, cabras, ovelhas e outros animais são abatidos e enviados a açougueiros que vendem a carne.
Foto de Pascal MaitreEm Agadez, no Níger, uma escola de Izala dá aulas a cerca de 1,3 mil alunos. Izala é um movimento reformista islâmico de retorno aos fundamentos que segue práticas conservadoras, como mulheres que devem cobrir o rosto, mas também valoriza a educação.
Foto de Pascal MaitreAdolescente sujo de areia devido ao trabalho na mina. Ele é um dos muitos nigerianos que se juntou à corrida do ouro no norte, a última esperança para aqueles que perderam o emprego após a redução do turismo, o declínio da mineração de urânio e uma lei que tornou crime o transporte de imigrantes.
Foto de Pascal MaitrePresos no deserto, depois de Agadez, no Níger, com o caminhão quebrado, esses imigrantes, que esperam chegar à Líbia, queimam um pneu para se aquecer.
Foto de Pascal MaitreCombatentes curdos cercam uma mulher que se rende conforme o ISIS abandona a cidade de Baghouz, na Síria, em março. Mulheres que se juntaram ou foram forçadas a entrar no ISIS precisam de orientação para se afastar de uma versão opressora do islã, afirma uma combatente curda. “Elas entendem a religião da maneira equivocada.”
Foto de Lynsey AddarioKnight Mai (à esquerda) e Florence Stima (à direita), sul-sudaneses, trabalham em um salão no acampamento de refugiados de Bidibidi, em Uganda. Cada uma ganha menos de cinco dólares por semana. Pequenos estabelecimentos ocuparam segmentos de mercado, mas poucas empresas privadas aproveitaram o potencial de mão de obra do acampamento.
Foto de Nora LorekEm Tinun, no México, Beatriz, com 18 anos, penteia os cabelos do filho, André, após o banho. Beatriz é apicultora e aprendeu o ofício com o avô, Anastacio Balan Osalde, que havia falecido dois dias antes.
Foto de Nadia Shira CohenSentindo vertigem e fraqueza seis meses após o parto, Zamzam Yousuf, com 35 anos, procurou uma clínica na vila de Habasweyn, na Somalilândia, administrada pelo Hospital Universitário Edna Adan. A pressão sanguínea dela estava extremamente alta. Yousuf foi tratada por Farduus Mubarak, parteira estudante de 22 anos, sob o olhar atento da fundadora do hospital, Edna Adan Ismail, de 81 anos.
Foto de Lynsey AddarioAisha Barka e sua filha, Mariam, não comiam havia dias quando chegaram a um acampamento de refugiados na Eritreia em 2008, expulsas de suas casas pela seca, que matou todos os seus animais. Depois que as forças armadas da Eritreia começaram a sequestrar jovens, as pessoas atravessaram a fronteira para a Etiópia, fugindo em busca de segurança.
Foto de John StanmeyerCrianças tiram uma soneca em um jardim de infância no distrito de Bayanzurkh, na Mongólia. Cada quarto está equipado com um purificador de ar, em uma tentativa de reduzir a poluição do ar interno. As crianças são especialmente vulneráveis à má qualidade do ar.
Foto de Matthieu PaleyPedestres, compradores e observadores de pessoas passeiam por Chuo-dori, em Ginza, um dos destinos mais movimentados de Tóquio. Os carros ocupam a rua durante a semana, mas, nas tardes de fim de semana, uma faixa de 1,6 km é fechada ao trânsito e vira um calçadão. Cafeterias, boutiques sofisticadas e artistas de rua atraem moradores e visitantes.
Foto de David GuttenfelderJovens do Níger e de outros lugares aguardam em um “gueto” de imigrantes em Agadez, no Níger, por uma caravana para a Líbia. Com baixa expectativa de vida, limitadas oportunidades educacionais e elevada taxa de pobreza, o Níger ocupa as últimas colocações no Índice de Desenvolvimento Humano da ONU.
Foto de Pascal MaitreSal Thegal, fantasiado de cachorro-quente na Feira Estadual de Minnesota na sexta-feira, 23 de agosto de 2019.
Foto de Ackerman + GruberJorge Castellon, funcionário do Hotel Saguaro em Palm Springs, na Califórnia, posa com um leque (usado para dançar) em maio de 2019. Quando não está trabalhando no Saguaro, Castellon é dançarino profissional e instrutor de dança. “Palm Springs é como um paraíso — é o céu na Terra”, diz Castellon. “As pessoas que vêm para cá são únicas e visitam com um propósito: se divertir. Estamos aqui por diversão!
Foto de Jennifer EmerlingPatricia Frazier segura a bandeira do Benin, a nação moderna que já foi governada pelo rei de Daomé, que vendeu 110 negros escravizados ao capitão do Clotilda — o último navio conhecido a levar africanos escravizados às costas americanas. “Se encontrarem aquele navio, acredito que aumentará a conscientização sobre nossa história”, afirma Frazier antes de o navio ser encontrado. “Às vezes, é preciso algo palpável para despertar essas memórias.”
Foto de Elias Williams, National GeographicMalaysia, com 40 anos, posa para uma reportagem sobre a revolta de Stonewall de 1969 que deu início a diversas manifestações, somando 50 anos de um movimento nacional pelos direitos civis da comunidade LGBTI+. “A vida costuma lhe mostrar não seus desejos, mas suas necessidades. E a transição para me tornar Malaysia (...) abriu um mundo inteiro de aceitação para mim. Porque agora estou confortável e nunca estive tão confortável em minha vida.”
Foto de Robin HammondJoseph Wachira, cuidador de animais do Ol Pejeta Conservancy no Quênia, se despede de Sudan, o último rinoceronte-branco-do-norte. Sudan morreu em 2018. Restam duas fêmeas da subespécie.
Foto de Ami VitaleUm caçador de uma vila na Indonésia afirma que entrega semanalmente pangolins na cidade de Surabaya. Pangolins são protegidos pelas leis nacionais dos países onde são encontrados e seu comércio internacional é proibido. Ainda assim, a caça ilegal e o tráfico são grandes ameaças à sobrevivência desses animais.
Foto de Brent StirtonUm pangolim-comum, chamado Tamuda, busca uma refeição de formigas ou cupins em um centro de reabilitação no Zimbábue. Ele foi resgatado de comerciantes ilegais de animais silvestres, que provavelmente teriam contrabandeado suas escamas para a Ásia, que seriam utilizadas em remédios da medicina tradicional chinesa.
Foto de Brent StirtonNo final da estação seca em Gorongosa, a água que restou do canal do Rio Mussicadzi atrai uma multidão de pássaros famintos, incluindo cegonhas, garças e cabeças-de-martelo e, junto a eles, um sedento casal de inhacosos. A abundância de aves de Gorongosa é ainda maior na estação chuvosa, quando nômades chegam para se alimentar.
Foto de Charlie Hamilton JamesUm crocodilo descansa no Parque Nacional de Gorongosa, em Moçambique, onde o futuro dos animais silvestres depende da subsistência dos moradores no entorno do parque.
Foto de Charlie Hamilton JamesUma ou duas vezes por mês durante a estação chuvosa da Costa Rica, milhares de tartarugas-oliva surgem na costa em um evento de desova em massa, chamado arribada. A eclosão dos ovos começa cerca de 45 dias depois.
Foto de Thomas P PeschakLobos se alimentam dos restos de um boi-almiscarado. Para conseguir esta imagem, o fotógrafo Ronan Donovan colocou a câmera dentro da carcaça do animal. A alcateia ia e voltava, se alimentando da carcaça durante um mês.
Foto de Ronan DonovanTudo calmo? Um rato na cidade de Nova York coloca parte de seu corpo para fora de um ralo utilizado para escoar água da chuva e olha ao redor.
Foto de Charlie Hamilton JamesDois ratos no templo Karni Mata, na Índia, decidem qual é o dominante. Esses roedores são animais sociais que cuidam bem de sua prole. Estudos demonstram que eles são capazes de libertar outro rato preso em uma gaiola — ainda que deixem de receber um petisco por isso. Para alguns pesquisadores, essa ação sugere que os ratos sentem empatia.
Foto de Charlie Hamilton JamesNa Flórida, milhares de pássaros canoros são capturados todos os anos para suprir o crescente mercado ilegal. A reabilitação para fortalecer as asas dos pássaros confiscados, para que possam voar novamente, pode levar semanas. O tenente da Florida Fish and Wildlife Conservation Commission, Antonio Dominguez, solta o pardal da espécie Pheucticus ludovicianus de volta na natureza.
Foto de Karine Aigner, National GeographicPrisioneiros de San Francisco Gotera, que deixaram suas gangues, rezam juntos. O número de igrejas evangélicas está aumentando em prisões em El Salvador.
Foto de Moises SamanMilhares de pássaros migratórios são capturados na Flórida todos os anos para abastecer um próspero mercado negro. Antes que as aves apreendidas sejam devolvidas à natureza pelas forças da lei, elas ficam em um aviário por várias semanas, onde aprendem novamente a voar e a “encontrar” novos alimentos.
Foto de Karine AignerClay, Daniel e Enzo, três dos 39 tigres resgatados de um parque de animais em Oklahoma, se reúnem em uma piscina no Wild Animal Sanctuary em Keenesburg, Colorado. Esses felinos vão passar suas vidas aqui, com nutrição adequada e cuidados veterinários.
Foto de Steve WinterNove de 24 leões foram sedados e levados em helicópteros das reservas de caça de Tembe e Mkuze em Kwazulu Natal, na África do Sul, para Moçambique, em junho de 2018. Os leões selvagens serão soltos no Delta do Zambeze, em Moçambique. O deslocamento é o maior transporte de conservação de leões selvagens entre fronteiras internacionais da história. Cem anos atrás, havia mais de 200 mil leões selvagens na África.
Foto de Ami VitaleOs leões, que foram soltos e receberam colares em uma região remota do Delta do Zambeze, com 4,5 mil quilômetros quadrados, em Moçambique, descansam em meio à névoa da manhã. Os animais silvestres de Moçambique foram dizimados pela guerra civil do país e posterior caça ilegal nos últimos 20 anos. Hoje, os principais pesquisadores estimam que a população de leões da África seja de no máximo 20 mil indivíduos, estando os leões atualmente extintos em 26 países africanos. O ecossistema de Moçambique teve uma recuperação notável — à exceção de seus leões.
Foto de Ami VitaleSombras se formam sobre o Deser-est Motor Lodge em Ely, Nevada. Antes de ser conhecida como a estrada mais solitária dos Estados Unidos, a Rota 50 era uma via expressa durante a corrida do ouro dos anos 1850.
Foto de Mathias SvoldNo noroeste da Colômbia, caçadores empregam há muito tempo uma forma própria de camuflagem: máscaras feitas de folhas largas e firmes, conhecidas como “hojancha”. Essas máscaras são utilizadas para se aproximar de tartarugas e outros animais caçados, como aves pernaltas e migratórias. A caça ainda é uma atividade vital para os agricultores de subsistência da região.
Foto de Gena SteffensVestindo uma parca feita por sua mãe, Ashley Hughes passou seu 10º aniversário acampando com amigos e familiares na Baía de Iffpikittuarjuk, na Ilha de Baffin, no Canadá. Hughes participou da competição anual de pesca de truta-do-ártico (Salvelinus alpinus) no gelo da comunidade inuit.
Foto de Acacia JohnsonDo lado de fora de uma farmácia de Tóquio, um painel fotográfico de uma aprendiz de gueixa em trajes tradicionais fica à disposição para se colocar o rosto.
Foto de David GuttenfelderA obsessão do Japão por tudo o que é kawaii (que pode significar fofo, doce ou adorável) é vista no Parque Ueno, em Tóquio, quando os donos alinham seus animais de estimação para uma sessão de fotos. A estética kawaii da cultura da fofura tem sido uma das exportações do Japão de maior sucesso, impulsionando tendências da cultura pop em moda, tecnologia, videogames e desenhos animados.
Um grupo de alpinistas percorre a trilha Monte Fuji-Yoshida no Japão.
Foto de David GuttenfelderCom 34 semanas de gravidez, Brittany Capers, com 28 anos, e DeAndre Price, com 25 anos, aproveitam seu chá de bebê em Washington, D.C. Capers é uma agente comunitária de saúde perinatal de Mamatoto Village, um centro que apoia famílias durante a gravidez e nos primeiros seis meses de vida dos bebês. Ela teve um menino em junho passado e tudo correu bem.
Foto de Lynsey AddarioA luva azul não está na água há tempo suficiente para sofrer o destino da maioria dos plásticos oceânicos, triturados em pequenos fragmentos, ou microplásticos, pelas ondas e pela luz do sol. A larva de peixe abaixo do polegar é um peixe da família Stromateidae; o listrado na base do dedo indicador é um dourado-do-mar.
Foto de David LiittschwagerEm uma missão sobre células-tronco que o forçou a reconsiderar suas escolhas de vida, Max Aguilera-Hellweg tirou esta foto de espécimes patológicos em Berlim.
Foto de Max Aguillera-HellwegAndres Pedro Osmolski, que atende pelo nome de “El Gaucho”, organiza passeios de observação de castores na área atrás de sua casa, na Argentina. Ele negociou um acordo com o governo para, por enquanto, poupar os castores em sua propriedade, para que ele possa continuar mostrando-os aos turistas.
Foto de Luján Agusti, National GeographicUm cocar de penas de arara adorna o crânio de uma criança sacrificada que tinha cabelos na altura dos ombros. Pesquisadores afirmam que o cocar indica que o jovem pode pertencer a uma família da elite da cultura chimu, na região atual do Peru.
Foto de Rebecca Hale, Ngm StaffEsta imagem parece quase abstrata. Talvez seja uma escultura de Alexander Calder? Não. É o estigma vermelho vivo da flor de açafrão, Crocus sativus. São necessários cerca de 170 mil flores e seus estigmas para produzir um quilograma de açafrão. Como resultado, é uma das especiarias mais caras do mundo.
Foto de Martin OeggerliIncahuasi, a “Casa do Inca”, na língua quéchua, era uma ilha no passado, quando havia ali um lago. Resquício de um vulcão, hoje o local está recoberto de cactos e algas fossilizadas. A extração de lítio do subsolo do deserto de sal certamente vai alterar a rara paisagem.
Foto de Cédric GerbehayerEnquanto a população indígena aimará recolhe e vende o sal incrustado na superfície do Salar de Uyuni, o lítio, bem mais valioso, está dissolvido na salmoura acumulada nas profundezas.
Foto de Cédric GerbehayeO vilarejo de Newtok, com 380 habitantes, está afundando à medida que o permafrost abaixo dele descongela. Em uma caçada de verão, quatro meninos yupik — da esquerda para direita, Kenyon Kassaiuli, Jonah Andy, Larry Charles e Reese John — atravessam uma passagem inundada.
Um urso polar inspeciona um carro perto de Kaktovik, Alasca. O derretimento do gelo marinho está levando mais ursos ao continente em busca de alimentos — assim como o descongelamento e a inundação de porões de gelo estão forçando mais alasquianos a armazenar peixes e carne em outros locais.
Foto de Katie OrlinskyCom o envelhecimento do gelo do mar, o sal afunda no oceano, deixando água doce potável por cima. Charlotte Naqitaqvik enche uma chaleira no acampamento de caça de sua família em Nuvukutaak, perto da comunidade de Arctic Bay, no norte do Canadá.
Foto de Acacia JohnsonJosiah Olemaun, um jovem baleeiro inupiat em Utqiaġvik (Barrow), no Alasca, descansa após empilhar carne de baleia no porão de permafrost de sua família.
Depois de deixar o Senegal em 2016 rumo ao cinturão agrícola no sul da Espanha, Mbaye Tune conseguiu um trabalho sazonal regular em propriedades que cultivam tangerinas e outras frutas. Agora com 25 anos, ele conseguiu visto legal de residência e um apartamento alugado que divide com outros senegaleses.
Foto de Aitor LaraAngelo Martín Flores Chambi faz uma pausa para um lanche na picape Chevrolet de sua família, enquanto seus pais e irmãos extraem sal do Salar de Uyuni, na Bolívia. As crianças vão à escola durante a semana, mas ajudam os pais nos fins de semana.
Ana Ham limpa a cabeça de um porco no Acampamento Temporário Menonita, no México. A família entrega a cabeça e as vísceras do porco aos funcionários mexicanos, pois não comem essas partes. Os menonitas acreditam que, quando os porcos são abatidos em períodos de céu encoberto em que a lua é pouco visível, a carne fica mais seca e, portanto, mais fácil de manusear.
Foto de Nadia Shira CohenUm grupo de apicultores em Tinun, no México, cuida das colmeias no período de entressafra. As flores estão apenas começando a florescer e as abelhas estão se preparando para começar a polinizar.
Foto de Nadia Shira CohenPeter Peter, com 10 anos, no caminhão de soja de seu pai no Acampamento Menonita de Nuevo Durango, em Campeche, México. A safra de soja colhida está pronta para ser pesada e depois depositada no silo onde seu pai, David Peter, trabalha.
Foto de Nadia Shira CohenWilmer Flores, com o rosto coberto para se proteger do sol, recolhe sal perto do Salar de Uyuni, na Bolívia.
Spencer Robertson faz uma pausa depois de extinguir o incêndio 323, causado por um raio perto de Bettles, no Alasca. São selecionados cerca de dez dos mais de cem candidatos ao treinamento de bombeiros florestais no Alasca todos os anos. Os candidatos já devem ter experiência em combate a incêndios florestais.
Foto de Mark Thiessen, Ngm StaffMatt Oakleaf, com a câmera montada em sua bolsa de equipamentos, salta por último após sua equipe sobre um local de pouso próximo à floresta boreal em chamas no Alasca. Bombeiros florestais conseguem carregar cerca de 45 kg de equipamentos e subir a bordo de uma aeronave em minutos. Sua missão? Apagar os incêndios antes que fiquem fora de controle.
Foto de Mark Thiessen, Ngm StaffAo entardecer, um grupo de morcegos se dispersa para caçar na floresta tropical ao redor da Caverna dos Cervos, em Bornéu. Uma das maiores passagens subterrâneas do planeta, possui mais de dois milhões de morcegos.
Foto de Carsten PeterGrossas estalagmites se erguem de bancos de sedimentos pálidos como a lua na Floresta dos Bêbados — uma caverna em Bornéu batizada pelas formações que se inclinam em ângulos incomuns.
Foto de Carsten Peter, Panorama Composed Of Four ImagesA Caverna dos Cervos de Bornéu abriga mais de dois milhões de morcegos de várias espécies, que costumam voar à noite para caçar.
Foto de Carsten PeterUma equipe da Organização Mundial da Saúde verifica a temperatura de Confirme Masika Mughanyira, com sete anos, na cidade de Vayana, uma pequena vila a duas horas de Butembo, na República Democrática do Congo. Confirme perdeu para o ebola ambos os pais, o irmão mais velho e a irmã mais nova. Como a única sobrevivente da família imediata, ela agora está sob os cuidados de parentes.
Foto de Nichole SobeckiKavugho Mukoni Romelie, com 16 anos, recebe tratamento contra o ebola no centro da Alliance for International Medical Action em Beni, na República Democrática do Congo.
Foto de Nichole SobeckiAmigos e familiares do policial Tabu Amuli Emmanuel em luto durante o enterro no cemitério Kitatumba, em Butembo, na República Democrática do Congo. Policial e pai de seis filhos, ele foi morto por homens armados ao defender um centro de tratamento de ebola administrado pelo Médicos Sem Fronteiras.
Foto de Nichole SobeckiUma mulher vai lavar as mãos com uma solução de cloro ao deixar o hospital em Kyondo, na República Democrática do Congo. A Organização Mundial da Saúde criou vários acampamentos de tratamento de ebola em regiões como Kyondo, fora das principais cidades, onde foram encontrados pequenos grupos de pacientes com ebola.
Foto de Nichole SobeckiDanila, com quatorze anos, segura um filhote de alpaca perto de Huaylillas, nas montanhas do norte do Peru.
Foto de Robert ClarkO pescador Arnovis Guidos Portillo observa os filhos em sua casa em El Salvador. Depois de chegarem aos EUA juntos em maio de 2018, pai e filha foram detidos pelas autoridades de imigração e mantidos em diferentes instalações por mais de um mês antes de serem deportados separadamente para El Salvador, onde se reencontraram.
Foto de Moises SamanFesta na piscina do Resort Caliente Tropics em Palm Springs, Califórnia, durante o evento Tiki Caliente em maio de 2019. O evento anual celebra o amor pela vida nas ilhas tropicais e recebe entusiastas e colecionadores de objetos tiki, que tomam conta do resort no fim de semana para mergulhar em um mundo de inspiração sensorial que celebra a música, a arte, vestimentas e coquetéis da cultura tiki.
Foto de Jennifer EmerlingNo primeiro dia em Jersulem, Yael, Gabriel e Netanel Zeitoun exploram o telhado de seu novo prédio de apartamentos.
Bhagavan “Doc” Antle (à direita) posa com sua equipe (da esquerda para a direita), Kody Antle, Moksha Bybee e China York, em uma piscina utilizada em seu espetáculo de tigres no Myrtle Beach Safari, na Carolina do Sul. Filhotes são parte essencial dos negócios; os pacotes para interagir e tirar fotos com eles custam de US$ 339 a US$ 689 por pessoa. Com cerca de 12 semanas de idade, os filhotes são considerados muito grandes e perigosos para os turistas.
Foto de Steve WinterLaurance Doyle, da Faculdade Principia e do Instituto SETI se comunica com uma espécie de inteligência “extraterrestre” no Six Flags Discovery Kingdom, em Vallejo, Califórnia. Os estudos de Doyle sobre os sistemas de comunicação de golfinhos e baleias podem ajudar os cientistas a compreender padrões em línguas alienígenas.
Foto de Spencer LowellCom tecnologia antiga, mas ainda confiável, a Rússia lança um foguete Soyuz em março, a partir do seu Cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão.
Em uma sessão de tratamento com fogo em Chengdu, China, um pano embebido em álcool é colocado sobre um paciente e incendiado para aquecer a pele e abrir os poros; posteriormente, é aplicado um óleo com infusão de ervas. A terapia destina-se a tratar dores nas articulações e outros males, mas ainda faltam pesquisas que comprovem essas alegações.
Foto de Fritz HoffmannEm uma clínica em Beckley, na Virgínia Ocidental, Jeff Hendricks passa por uma sessão de acupuntura e uma técnica de queima de plantas chamada moxabustão para aliviar dores relacionadas a quatro anos de serviço militar. Ele sofre de lesão cerebral, hérnia de disco no pescoço, bicos-de-papagaio, dores de cabeça, dormência nas mãos e transtorno de estresse pós-traumático. O tratamento aprovado pelo Departamento de Administração de Veteranos reduz a necessidade de medicamentos convencionais.
Foto de Fritz HoffmannNo hospital da Universidade de Medicina Tradicional Chinesa de Chengdu, na China, as irmãs gêmeas Zheng Yue e Zheng Hao usam adesivos medicinais que contêm uma fórmula fitoterápica utilizada como tratamento sazonal para expulsar o calor do corpo durante o verão.
Foto de Fritz HoffmannEste livro é um romance, mas a comandante Yesenia, do Exército de Libertação Nacional (ELN), também lê obras de ideologias e da história do ELN para seus compatriotas do posto avançado no rio. Com 36 anos, ela passou mais da metade de sua vida como guerrilheira na Colômbia; seus dois filhos vivem com parentes civis.
Foto de Lynsey AddarioNo Sudão do Sul, Rose Asha Sillah, na foto com a filha, ajudou a abrir uma empresa madeireira que aumentou as operações para 35 funcionários. No acampamento de refugiados de Bidibidi, em Uganda, ela abriu um centro para mulheres que ensina práticas como bordado e agricultura a cerca de 400 mulheres. Sem instituições financeiras, até empreendedores inovadores enfrentam dificuldades, mas Sillah acha que vale a pena. “Vamos passar 10 anos chorando pelo Sudão do Sul?”, indaga ela. “Precisamos olhar para o futuro.”
Foto de Nora LorekRobert Waldron (à esquerda), com 79 anos, com seu marido, Vernon May, também com 79 anos, foi entrevistado para uma reportagem sobre os 50 anos da revolta de Stonewall: “a comunidade LGBT percorreu um caminho muito, muito longo.”
Foto de Robin HammondAs gêmeas de quatorze anos, Sidra (à esquerda) e Shahed, se lembram das bombas de barril em Aleppo, na Síria, que as forçaram a sair de casa em 2013. “Ficamos felizes em deixar as bombas e os aviões de guerra”, diz Sidra. As irmãs se matricularam em escolas de língua árabe em Gaziantep e agora estudam em escolas turcas. “Desde o momento em que tivemos que sair de nossa casa”, conta o pai delas, “eu estava determinado a fazer com que minhas filhas não deixassem de estudar”.
Foto de Emin ÖzmenA maioria dos residentes no acampamento de refugiados de Bidibidi, em Uganda, são crianças, muitas das quais também trabalham para ajudar as famílias. Em uma pequena tenda perto de sua casa na Zona 5, Steven Ladu, com 13 anos, vende doces.
Foto de Nora LorekSusan Meneno segura a filha de um ano em frente ao campo de girassóis de sua família no acampamento de refugiados de Bidibidi, em Uganda. Ninguém em sua família tem emprego, mas alguns ganham dinheiro com a colheita, e ela sonha em abrir um negócio de confecção de roupas.
Foto de Nora LorekA lavanda (Lavandula spp.) tem sido usada há muito tempo para perfumar casas, alimentos e bebidas. Ela proporciona uma sensação de aconchego, uma espécie de acolhimento aromático. De perto, ela é totalmente diferente, semelhante a um deserto com cactos repletos de pelos espinhosos, destinados a afastar os herbívoros e reter água.
Foto de Martin OeggerliEx-membros de gangues em suas redes dentro da prisão de San Francisco Gotera, em El Salvador.
Foto de Moises SamanDesde as 5 horas da manhã, os imigrantes fazem fila na fronteira da Guatemala, aguardando para que as autoridades os deixem atravessar para o México. Quando pareceu que não entrariam legalmente, centenas de pessoas atravessaram um trecho raso do rio para o México.
Foto de Moises SamanCentenas de imigrantes da América Central se refrescam, tomam banho e limpam as roupas no rio Novillero, na cidade de San Pedro Tapanatepec, em Oaxaca, México. Os imigrantes permaneceram em San Pedro por duas noites antes de retomarem o caminho para o norte, em direção à fronteira com os EUA.
Foto de Moises SamanUm comboio de caminhonetes lotadas de nigerianos e outros africanos inicia uma jornada de três dias pelo Saara de Agadez, Níger, até a Líbia. Muitos imigrantes pretendem trabalhar na Líbia; outros esperam chegar à Europa.
Foto de Pascal MaitreO carvão vendido nas ruas de Ulaanbaatar solta altas quantidades de partículas finas quando queimado.
Foto de Matthieu PaleyUlaanbaatar cresceu de forma rápida e desordenada nos últimos anos, com os pastores nômades deixando o interior e se assentando nas regiões periféricas da cidade, em distritos como os de Dari Ekh. Morando em gers ou em casas simples, eles usam fogões de carvão para aquecimento e também na cozinha.
Foto de Matthieu Paley