Veja o interior do recém-descoberto cemitério milenar do Egito

Artefatos encontrados no interior da rede de tumbas sugerem que ela contenha um sacerdote da antiga deidade egípcia Thoth.

Por Sarah Gibbens
Publicado 28 de fev. de 2018, 11:42 BRT, Atualizado 5 de nov. de 2020, 03:22 BRT

"Este é apenas o início de uma nova descoberta”, disse o Ministro de Antiguidades do Egito, Khaled al-Anani, em uma declaração.

Ele também disse que escavadeiras levarão cinco anos para expor a enorme e antiga necrópole, cuja descoberta foi anunciada no fim de semana.

A sequência de oito tumbas contém poços de sepultamento que remontam da Época Baixa da região, que começou em 672 a.C., até a dinastia Ptolemaica, que começou em 332 a.C. As tumbas foram encontradas na cidade de Minya, ao sul de Cairo, na região chamada Tuna al-Gabal, que contem sepulturas e catacumbas conhecidas.

Diversos artefatos e restos mortais foram encontrados, mas entre os mais impressionantes está uma múmia decorada com um colar de bronze. Em uma postagem sobre o comunicado na página do Facebook do ministério, é mencionado que muitas das sepulturas estão associadas ao antigo deus egípcio Thoth.

Dentre as deidades das culturas antigas, Thoth está ligado à escrita e à criação do alfabeto.

Diversas tumbas foram encontradas, mas entende-se que a múmia com o colar de bronze possa ter sido um alto sacerdote. Além de sua joia de bronze, a múmia estava decorada com miçangas azuis e vermelhas e amuletos feitos de pedras semipreciosas.

Uma das inscrições na múmia mostra um hieróglifo que diz: “Feliz ano novo.”

Nesta tumba, arqueólogos também encontraram quatro jarros de alabastro com o deus egípcio Hórus talhado nas tampas. Os jarros continham os órgãos mumificados das múmias da tumba.

Arqueólogos também encontraram mil estatuetas Shabti. As pequenas estatuetas azuis e verdes eram comumente dispostas nas tumbas de antigos egípcios falecidos e acreditava-se que elas representassem trabalhadores na vida após a morte.

Até agora, os escavadores egípcios desenterraram 40 sarcófagos de diversas formas e tamanhos, suspeitos de terem pertencido aos membros da família do sacerdote.

Em outra tumba, encontraram diversos caixões e outros artefatos feitos para acompanhar os mortos.

A descoberta foi feita em uma escavação em andamento por arqueólogos do Ministério de Antiguidades.

Em maio do ano passado, eles encontraram 17 múmias em uma tumba também localizada em Tuna al-Gabal.

Além de somar aos registros arqueológicos da região, as escavações arqueológicas financiadas pelo governo egípcio fazem parte de um estímulo para revitalizar a uma vez próspera indústria do turismo do país. O país viu sua indústria do turismo afundar após os numerosos protestos políticos de 2011, responsáveis pela destituição do antigo presidente.

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