Barbados finalmente cortará laços com a monarquia britânica, após anos de tentativas

A rainha Elizabeth II é a chefe de Estado oficial da antiga colônia há muito tempo. Mas, em 30 de novembro, a “Pequena Inglaterra” do Caribe passará a ser uma república livre de monarcas.

Por Jacqueline Charles
Publicado 29 de nov. de 2021, 07:00 BRT
Statue Chains

A Estátua da Emancipação em Bridgetown, Barbados, simboliza a libertação das correntes da escravidão no momento da emancipação. Em 30 de novembro, no 55o aniversário de sua independência do Reino Unido, Barbados fará a transição para uma república totalmente soberana em uma iniciativa para abandonar seu passado colonial.

Foto de Joe Raedle, Getty Images

BRIDGETOWN, BARBADOS Um rei havia morrido e uma guerra civil sangrenta — representada pelo Parlamento contra a Coroa — finalmente chegara ao fim. Contudo, para a classe dominante e os magnatas do açúcar em uma das colônias mais ricas da Europa no Atlântico, o conflito em meados do século 17 estava apenas no início no momento em que a Inglaterra decidiu proteger seus interesses econômicos e restringir o comércio.

O aumento das pressões sobre Barbados, a ilha mais oriental do Caribe, juntamente com as tensões acirradas entre apoiadores e dissidentes da Coroa resultaram em uma proclamação incomum.

Em 1651, enquanto a Inglaterra buscava maior controle sobre sua colônia relutante, Lorde Francis Willoughby, governador de Barbados à época, convocou o legislativo e declarou a independência da nação insular. A rebelião e “declaração de independência” tiveram curta duração. Uma frota despachada da Marinha Real impôs um bloqueio à ilha e forçou sua submissão.

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    Rainha Elizabeth II inspeciona a guarda de honra em Barbados em outubro de 1977. Ela será substituída como chefe de Estado pela Dama Sandra Mason, atual governadora-geral da ilha.

    Foto de Anwar Hussein, Getty Images

    Embora os britânicos tenham saído vitoriosos e suprimido outras tentativas, incluindo rebeliões de negros escravizados, o ato de 1651 marcou a primeira tentativa de independência da ilha e o desejo ardente de seus habitantes de se libertarem do jugo britânico.

    Passados quase 400 anos, a última etapa em direção à soberania finalmente será concretizada.

    Em 30 de novembro, a nação insular conhecida há muito tempo como a “Pequena Inglaterra” do Caribe passará a ser uma república. A rainha Elizabeth II será substituída pela Dama Sandra Mason, atual governadora-geral da ilha, que se tornará a primeira presidente de Barbados.

    A nova função de Mason foi aprovada por ambas as casas do Parlamento de Barbados no mês passado. A transição ocorre após mais de 40 anos de debate e 55 anos depois que a nação insular passou de colônia a Estado independente em 1966.

    A transformação em república é a etapa final na história da ilha, iniciada no início do século 17, quando colonos ingleses reclamaram sua posse para a Coroa britânica, que mantinha o controle de sua política e comércio. Até mesmo após declarar independência da Inglaterra e se tornar uma democracia parlamentar, Barbados ainda reconhecia a monarca britânica como chefe de Estado, sendo, portanto, uma monarquia constitucional.

    Para a maioria dos barbadenses, a mudança não será muito perceptível, até mesmo quando o governo redigir uma nova constituição para indicar sua soberania plena. A função de Mason, assim como a da rainha, será predominantemente simbólica. A primeira-ministra de Barbados continuará supervisionando os assuntos do dia a dia do governo.

    Como república, Barbados está cortando um dos últimos laços remanescentes com a Coroa britânica — à exceção de um: o país continuará membro da Comunidade das Nações, associação de 54 Estados-membros, em sua maioria, antigas colônias e dependências britânicas que colaboram para promover boa governança, livre comércio, cooperação econômica, direitos humanos e desenvolvimento social.

    O fato de não mais necessitar buscar a bênção da rainha para nomeações de embaixadores e outros diplomatas é uma mudança significativa para Barbados. Para muitos barbadenses, o rompimento dos laços do país com seu passado colonial tem relação com sua identidade própria e o controle de seu próprio destino.

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        Do lado de fora dos restaurantes, pessoas desfrutam do fim de tarde em 17 de novembro de 2021, em Bridgetown. A transição do país para república ocorre após mais de 40 anos de debate e 55 anos depois que a nação insular conquistou sua independência.

        Foto de Joe Raedle, Getty Images

        A primeira-ministra Mia Amor Mottley, em discurso aos legisladores depois que Mason garantiu os dois terços dos votos necessários nas duas casas do Parlamento do país, declarou que o fato de ter sido escolhida uma mulher barbadense como nova chefe de Estado é por si só uma conquista expressiva.

        “Depois de 396 anos de domínio britânico, e provavelmente pouco mais de 386 anos de governo monárquico britânico”, comentou Mottley, “chegou a hora de expressarmos plena confiança em nós mesmos como um povo e de acreditarmos ser possível que alguém nascido nesta nação tenha um poder de aprovação absoluto e decisivo.”

        As decisões do Parlamento do país e do seu executivo, acrescentou Mottley, não devem mais ser “aprovadas por quem não nasceu, não vive e não entende a realidade cotidiana de quem vive em Barbados”.

        Príncipe de Gales passeia por Bridgetown com Mia Mottley, primeira-ministra de Barbados, durante visita pelo Caribe em março de 2019. Mottley encerrou a votação e observou que o fato de uma mulher barbadense ser a nova chefe de Estado é uma conquista significativa.

        Foto de Jane Barlow, Press Association, AP Images

        Those realities came into full view as the country found itself battling the COVID-19 pandemic, and its historical ties to Britain offered neither life-saving vaccines when it had none, nor  financial bailout when the pandemic’s travel restrictions, lockdowns, and closed borders decimated its tourism-dependent economy.

        For the first time since independence, a country that still honors the British high tea tradition in 300-year-old plantation houses and has long prided itself as having one of the more stable economies in the Caribbean, had double-digit declines in revenues as unemployment in 2020 neared 13 percent.

        The pandemic’s damage, combined with the ongoing effects of climate change and a shrinking labor force, Mottley said, threatens to undermine the country’s stability, and requires the confidence of Barbadians to confront.

        This is a seminal moment for this nation,” she said to Parliament of the move to a republican system. “This is about being able to use this as the springboard that we as a nation need in order to confront a completely different reality.”

        Bandeira de Barbados hasteada acima dos prédios do parlamento, construídos entre 1870 e 1874. A nova função da Dama Sandra Mason como primeira presidente da ilha foi aprovada pelas duas casas do Parlamento em Barbados no mês passado.

        Foto de Joe Raedle, Getty Images

        Barbadense saindo do Hospital Queen Elizabeth em Bridgetown, capital de Barbados. Para muitos habitantes, a mudança diz respeito à identidade própria e a reivindicar e assumir o controle do destino do país, embora alguns estejam apreensivos em livrar a ilha totalmente das menções reais.

        Foto de Joe Raedle, Getty Images

        Sentimentos conflitantes

        Desde 2018, Mason, de 72 anos, representa a rainha internamente como a oitava governadora-geral de Barbados. Ela anunciou a transição do país em um discurso no ano passado, afirmando que havia chegado o momento de Barbados “abandonar seu passado colonial”.

        “Os barbadenses desejam um chefe de estado barbadense. Esta é a declaração final de confiança em nós mesmos e no que podemos alcançar”, declarou Mason.

        Ainda assim, o movimento para destituir a rainha como chefe de Estado cerimonial despertou diferentes emoções na mais britânica das ilhas com pouco menos de 300 mil habitantes. Alguns se perguntam “por que agora?”, ao passo que outros afirmam “já deveria ter ocorrido há muito tempo”.

        “É uma mudança definitiva”, afirmou Norman Alleyne, motorista de táxi em Bridgetown, em entrevista por telefone no início deste mês, após ouvir que o príncipe Charles aceitou um convite de Mottley para visitar a ilha durante a transição.

        Alleyne, de 60 anos, acredita que é hora de mudar e revela estar totalmente de acordo com a decisão. Contudo, três meses antes, ao dirigir pelas ruas, apontando as históricas igrejas anglicana e católica e sua arquitetura de influência britânica, ainda tinha dúvidas.

        Moinho de vento na antiga usina de cana Morgan Lewis, no interior de Barbados, ilha caribenha. O clima e o sistema escravagista de plantation de Barbados permitiram uma explosão econômica na produção de açúcar, tornando-a uma das colônias mais ricas da Grã-Bretanha.

        Foto de Wolfgang Kaehler, LightRocket/Getty Images

        “Os britânicos fizeram muito por nós; quem alega que os ingleses não fizeram nada por Barbados não sabe do que está falando ou não conhece a história”, disse ele, indicando à repórter os marcos históricos. “Nosso sistema é baseado no sistema britânico.”

        Quando ele finalmente chegou à praça principal da capital, a National Heroes Square — denominada anteriormente Trafalgar Square em homenagem à Batalha de Trafalgar, ocorrida em 1805, quando as forças britânicas derrotaram as tropas francesas e espanholas durante as Guerras Napoleônicas — Alleyene considerou que fosse uma representação adequada da situação histórica atual de Barbados.

        No lado esquerdo da praça, sobre um pedestal vazio, havia, até novembro do ano passado, uma estátua de bronze do almirante Lorde Horatio Nelson, comandante naval britânico e adepto da escravidão, que venceu a Batalha de Trafalgar, mas foi morto posteriormente por um atirador francês na batalha. Erguida em 1813 pela classe dominante de Barbados para comemorar a vitória de Nelson sobre as forças franco-espanholas, a estátua foi retirada dois meses depois que Barbados anunciou seu rompimento com a rainha Elizabeth II e após uma campanha de petição on-line. A petição fez parte de um movimento internacional para retirada de estátuas coloniais consideradas símbolos de racismo, impulsionado pelo assassinato de George Floyd em maio de 2020 por um policial de Minneapolis, nos Estados Unidos.

        Em frente ao local agora vazio da estátua de Nelson, há duas construções de pedra em estilo neogótico concluídas em 1874 que abrigam o Parlamento, o terceiro mais antigo da Comunidade britânica após seu estabelecimento pelos britânicos em 1639. Ao lado da construção histórica do Parlamento, há um Royal Bank of Canada de aparência mais moderna.

        “Estamos em uma encruzilhada”, conta Alleyne, apontando para a justaposição das três estruturas como símbolos do passado, presente e futuro de Barbados. Ele disse que a retirada da estátua de Nelson foi um reflexo do momento atual em que os barbadenses estão reavaliando sua história e relação com o colonialismo.

        “Acho que, na vida, é preciso sempre seguir em frente”, afirma ele. “Não é possível ser independente e ainda estar sob o domínio britânico; é preciso fazer uma escolha. Mas não gostaria que fosse destruído tudo o que foi feito pelos britânicos. Algumas coisas ainda deveriam permanecer porque fazem parte da nossa história e não se deve destruir a história.”

        Sandy Deane, editora-chefe do site de notícias Barbados Today, disse que destituir rainha não significa desconstruir o passado, mas construir um futuro.

        “Não acredito que a população seja avessa à mudança” de se tornar uma república, conta Deane. “A monarquia britânica não participa de nossos assuntos diários. São uma boa família admirada por nós à distância; sabemos do juramento e dever de fidelidade à rainha, mas, na prática, não são uma parte dinâmica de Barbados de forma alguma.”

        Ainda assim, os costumes, tradições e até mesmo a arquitetura britânicos estão profundamente arraigados nessa ilha caribenha varrida pelos ventos, cuja localização geográfica a tornou estratégica no comércio global com os britânicos, inicialmente exportando tabaco, depois algodão e, por fim, açúcar. As áreas históricas de Bridgetown e seu distrito Garrison estão listadas como exemplos notáveis da história colonial britânica e constam na Lista de Patrimônios Mundiais da Unesco. O críquete e o polo, trazidos à ilha pelos britânicos, atraem grandes multidões. E para celebrar o Jubileu de Diamante da rainha Elizabeth em 2012, a nação organizou um desfile ao estilo do Reino Unido por suas ruas.

        “Os britânicos sempre estiveram presentes em nossa história, mas estamos deixando isso para trás como nação”, conta Deane. “Após 55 anos de independência... estamos prontos para dar esse passo.”

        Raízes do republicanismo

        O impulso de Barbados em direção ao republicanismo existe há pelo menos 40 anos para alguns — e há ainda mais tempo para outros. Embora tenha ganhado ímpeto durante os protestos globais do Movimento Black Lives Matter (“Vidas Negras Importam”) após a morte de Floyd — e reunido ainda mais forças após as alegações de racismo dentro da monarquia britânica manifestadas publicamente pelo príncipe Harry e sua esposa Meghan Markle — os partidários da pressão por um novo sistema de governo alegam que não existe uma relação entre os movimentos.

        “Trata-se do futuro de Barbados e de inspiração para permitir que jovens barbadenses saibam que também podem almejar ser chefes de Estado”, disse o reverendo Charles Morris, padre anglicano que expressa abertamente suas opiniões.

        “A questão não é racial”, prossegue ele, “trata-se de um conceito denominado republicanismo. Não há pressa para o republicanismo.”

        Barbados será o quarto país caribenho a cortar laços com a monarquia, restando apenas oito outras antigas colônias britânicas na região jurando fidelidade à Coroa. Guiana, Trinidade e Tobago e Dominica destituíram a rainha Elizabeth como chefe de estado na década de 1970, logo após sua independência do Reino Unido.

        Alguns esperam que a decisão de Barbados acelere mudanças na região, ou ao menos renove as discussões sobre colonialismo, reparações e o legado da monarquia britânica, que construiu seu patrimônio à custa de africanos escravizados. Os líderes caribenhos reclamam há muito tempo que os dias em que recebiam assistência financeira e outros benefícios do Reino Unido terminaram no instante em que as nações decidiram seguir seus próprios rumos.

        Morris, o padre anglicano, vai ainda mais longe. Ele alega que, quando a União Europeia colocou os países caribenhos na lista de proibição devido a suas legislações bancárias de paraísos fiscais, países como Barbados deixaram de poder contar com o apoio do Reino Unido, embora a nação tenha lutado para livrar as dependências e territórios da Coroa dessa mesma medida.

        “Alguns presumem que recebemos muito da Grã-Bretanha”, afirma Morris. “Não recebemos absolutamente nada da Grã-Bretanha; não temos nenhum apoio.”

        Colonizadores ingleses

        Barbados foi colonizada pelos ingleses em 1625, dois anos depois que uma expedição desembarcou na ilha e percebeu seu potencial em razão de seus ventos alísios e geografia isolada nas Pequenas Antilhas.

        Seu clima e solo logo se revelariam propícios para uma explosão econômica na produção de açúcar e, junto com seu sistema escravagista de plantation, tornariam a ilha uma das colônias mais ricas da Grã-Bretanha. O setor atraiu prisioneiros exilados, bem como brancos livres, pobres e sob contrato provenientes da Grã-Bretanha e Irlanda.

        Conhecida como colônia penal, a nação também tinha uma reputação péssima como centro do tráfico transatlântico de africanos escravizados. A partir da ilha, africanos escravizados eram retraficados a outros locais, e aqueles que ficavam estavam fadados a um sistema escravagista brutal nas Índias Ocidentais, em que os lucros do açúcar advinham da escravidão.

        Quando os africanos superaram os brancos em população, ocorreram várias rebeliões, incluindo a maior revolta fracassada de negros escravizados da ilha: a Rebelião de Bussa em 1816. Outras duas revoltas sucederam em 1876 e 1937, todas com o mesmo objetivo de 1651: a emancipação. A agitação social resultante das divisões raciais e econômicas em 1937 acabou resultando na independência em 1966.

        “É possível perceber que sempre houve um movimento em prol do republicanismo, em prol da independência total”, afirma Morris. “Havia uma série de líderes emergentes que teriam removido a monarquia como chefe de estado, como poder colonizador de Barbados.”

        Cortando laços com o passado

        Peter Wickham, analista político e pesquisador, explica que Barbados já percorria esse rumo silenciosamente há anos, ao mesmo tempo em que eliminava também silenciosamente práticas, costumes e símbolos britânicos.

        “Abandonamos o uso de perucas”, orgulha-se ele, referindo-se à peruca branca geralmente utilizada por juristas, políticos e advogados caribenhos em cortes de todo o Caribe britânico.

        O outro laço cortado pelo país foi o Conselho Privado da Grã-Bretanha como seu tribunal recursal. Barbados figura entre os quatro países do Caribe que adotam o Tribunal de Justiça do Caribe com sede em Trinidade, estabelecido em 2001, como seu tribunal de apelações.

        Segundo Wickham, a realidade é que os barbadenses podem discutir sobre o novo sistema republicano porque sua constituição atual, ao contrário de outras antigas colônias britânicas, permite a mudança sem um referendo.

        “Muitas das demais ilhas do Caribe não dispõem desse recurso”, explica ele. “Algumas adorariam tomar essa medida, mas não podem: em Antígua e, da mesma forma, em Granada, o referendo não foi aprovado; em São Vicente, também não; a Jamaica buscou essa medida por muito tempo, mas sabe que, sempre que é levantada a questão, o referendo é marcado por alguma polêmica política.”

        Ainda assim, nesse país em formato de pera com apenas cerca de 32 quilômetros de comprimento e aproximadamente 38 quilômetros de largura, as tradições britânicas e honras de serviço como a Ordem do Império Britânico significam algo. Apesar da separação do último (juntamente com a eliminação da palavra “real” nas instituições do Estado), há rumores de que o reconhecimento da rainha será substituído por um novo sistema de reconhecimento nacional.

        Wickham entende a angústia de seus companheiros barbadenses. Sua própria mãe se orgulha de ter estudado na Queens College e de ter sido lecionada por professores britânicos. “Ela aprecia esses valores e teme que Barbados perderá tudo ao se tornar uma república. Para mim, não significa nada”, conta ele. “Acho que a geração mais jovem não se importa.”

        Talvez Wickham esteja certo. Em uma tarde ensolarada de agosto, um grupo de jovens adultos se reuniu em um local na praia perto de um dos inúmeros resorts à beira-mar. Foi antes da eleição de Mason e os ânimos sobre se tornar uma república estavam se acirrando.

        Os jovens, entretanto, todos com cerca de 20 anos, responderam com um olhar confuso em seus rostos quando questionados sobre a mudança em curso e se isso mudaria o relacionamento com a Inglaterra.

        Após alguns risos perplexos, uma jovem respondeu: “não sabia que ainda havia um relacionamento”.

        Embora outros líderes tenham feito avanços em direção ao fim da representação da monarquia ao longo da história de Barbados, foi Mottley quem deu o salto de fé.

        Carismática e franca, Mottley fez campanha em prol do republicanismo e para se tornar a primeira líder feminina do país em 2018. Ela aproveitou seu mandato para inserir Barbados no cenário mundial, abordando questões como o acesso à vacina contra a covid-19, cláusulas de desastres naturais que permitem a interrupção dos pagamentos a países após desastres causados pelas mudanças climáticas, e agora, a autodeterminação.

        Quando outros questionam “por que agora?”, Mottley e seus apoiadores respondem “por que não agora?”.

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