
O que se comemora em 4 de julho nos Estados Unidos? A data tem origem histórica
Thomas Jefferson (à direita), Benjamin Franklin (à esquerda) e John Adams (ao centro) se reúnem na residência de Jefferson, na Filadélfia, para revisar um rascunho da Declaração de Independência dos Estados Unidos.
Fogos de artifício, bandeiras por todos os lados, festas nas ruas, paradas militares… Todas as cidades norte-americanas param para celebrar o dia 4 de julho. Mas por que a data é tão importante para os Estados Unidos? É porque nesse dia o país comemora oficialmente a sua independência da Grã-Bretanha, sendo o feriado conhecido também como “Independence Day”.
A data entrou para a história dos Estados Unidos pois justamente em 4 de julho de 1776 foi aprovada a Declaração de Independência pelo Segundo Congresso Continental – apesar da Grã-Bretanha só ter reconhecido o fato anos depois, conforme explica a World History Encyclopedia (plataforma de conhecimento sobre história).
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Conheça mais sobre o turbulento período histórico que levou os Estados Unidos a se tornar independente.
As colônias norte-americanas lutaram para serem livres do domínio britânico

Estátua de bronze de Thomas Jefferson em cima de um sino da Liberdade na Universidade de Virgínia, na cidade de Charlottesville, Estados Unidos.
A Revolução Americana (1775-1783) foi um longo conflito travado entre a Grã-Bretanha e suas 13 colônias localizadas na América do Norte que buscavam sua independência política dos ingleses. De acordo com a Encyclopaedia Britannica (plataforma de conhecimento e educação do Reino Unido), a guerra ocorreu depois de mais de uma década de crescente distanciamento entre a coroa britânica e suas colônias, causado principalmente por várias tentativas britânicas de afirmar um maior controle sobre os assuntos coloniais, ao mesmo tempo que negligenciavam as necessidades das colônias – como a exigência dos colonos de ter uma maior representatividade no governo local.
Segundo a World History Encyclopedia, a Revolução Americana começou com as batalhas de Lexington e Concord em 1775, um conflito que se transformou em uma guerra local em grande escala entre o Exército Continental e as forças da coroa britânica. Já em 1778, a Revolução cresceu ainda mais, pois passou de uma guerra civil dentro do Império Britânico para se tornar um confronto internacional, quando a França e a Espanha se uniram às colônias norte-americanas para lutar contra a Grã-Bretanha.
A guerra da Revolução Americana atingiu seu clímax com a rendição final da Grã-Bretanha em Yorktown, no atual estado da Virgínia, em 1781. Levando os britânicos a assinarem o Tratado de Paris em 1783, documento em que eles reconheceram formalmente os Estados Unidos da América como uma nação independente.
O dia 4 de julho e a Declaração de Independência
Mesmo bem antes da Grã-Bretanha admitir que perdeu a guerra e, então, reconhecer os Estados Unidos da América como um país livre e independente (em 1783), as 13 ex-colônias já tinham se estabelecido como nação livre a partir da Declaração de Independência.

Durante as comemorações do Dia da Independência dos Estados Unidos, vemos na foto uma exibição de fogos de artifício em 4 de julho de 1973, em Washington, D.C.
Os membros do comitê do Congresso Continental norte-americano que representava as 13 colônias começaram a preparar no dia 11 de junho de 1776 um documento que justificasse a decisão das colônias se tornarem independentes da coroa britânica – tendo Thomas Jefferson, representante da Virgínia, como seu principal autor.
Como conta o site da Britannica, o Congresso Continental concluiu no dia 4 de julho 1776 o processo de revisão e aprovação final da Declaração de Independência, que foi redigida por Jefferson, em consulta com os membros do comitê John Adams, Benjamin Franklin, Roger Sherman e William Livingston. O texto foi votado também nesta data e assinado por todos os 56 membros do Congresso na Pennsylvania State House (onde hoje é a Independence Hall), na Filadélfia.
Como observa a enciclopédia de história, algumas das frases da Declaração de Independência têm exercido até hoje profunda influência nos Estados Unidos e na elaboração de suas leis, especialmente esse trecho: "Consideramos estas verdades evidentes por si mesmas, que todos os homens são criados iguais, que são dotados por seu Criador de certos direitos inalienáveis, que entre eles estão a vida, a liberdade e a busca da felicidade".
