De alvo de caçadores a atração turística – este projeto tenta salvar as onças do Pantanal
O Onçafari reabilita, monitora e acostuma as onças-pintadas aos veículos de sáfari. Para isso, recrutou ex-caçadores de onça para transformá-los em guias de ecoturismo.
Publicado 15 de out. de 2018 12:24 BRT, Atualizado 5 de nov. de 2020 03:22 BRT
Edu monitora uma carcaça de gado que servira de refeição para uma onça. As armadilhas fotográficas são ferramentas fundamentais para monitorar o comportamento dos animais e muitas vezes são colocadas próximas a presas vítimas dos felinos.
A onça Nusa boceja depois de um cochilo pós almoço. Ao longo dos 7 anos de existência do projeto, cerca de 110 indivíduos já foram identificados e catalogados.
Ponta de uma zagaia, uma das armas mais antigas já utilizada nas caçadas de onça no Brasil. A caça com a zagaia consiste em acuar o animal com cachorros treinados e esperar pelo pulo de ataque e então espetá-lo com a zagaia na ponta de uma lança.
Um grupo de biólogos observa as pegadas de uma onça. Em 2012, o projeto recebeu treinamento de um grupo especializado em Trekking da África do Sul onde existem cursos para monitorar espécies selvagens.
As onças são identificadas pelos biólogos pelo padrão do pelo (rosetas) – a composição única das manchas caracteriza cada indivíduo. Yara é uma das onças monitoradas pelo projeto.
Carlos Eduardo Fragogo, o Edu, posa para retrato na sede do projeto na fazenda Caiman. Ele é biólogo do projeto Onçafari .
Logo na primeira saída no safári do projeto Onçafari, o grupo avistou um casal de onças caminhando pela estrada principal.
Turistas aproveitam a piscina da Pousada Baiazinha, no Refúgio Ecológico Caiman, sede do projeto Onçafari.
O projeto Onçafari também reabilita onças-pintadas encontradas pelos bombeiros em cativeiro ou no meio urbano. Os felinos passam longos períodos em recintos como este.
Além de servir como exemplo de conservação animal, a reabilitação dos jacarés-do-pantanal – que hoje mantém uma população saudável depois de quase serem extintos na década de 1990 – também ajudou as onças-pintadas. Afinal, o réptil é um dos alimentos preferidos do felino.