
Olho biônico parece coisa de ficção científica, mas uma impressora 3D criou este protótipo em uma hora, aproximando da realidade a ideia de uma prótese que enxerga.
Foto de Rebecca HaleORIGAMIS DE DNA – Em escala nanométrica, os bioengenheiros já montaram bichinhos e outras estruturas usando técnicas de origami para dobrar filamentos de DNA em formas bi e tridimensionais sustentadas por pedaços menores de DNA. Outras moléculas fixadas na superfície do filamento conferem a ele uma função, como transportar substâncias terapêuticas até certo local do corpo. Segundo Mark Bathe, do MIT, o “santo graal” dos origamis de DNA seria uma estrutura capaz de cruzar a barreira entre a circulação sanguínea e o cérebro, que hoje impede muitos medicamentos de alcançar esse órgão — Theresa Machemer
Foto de Erik Benson e Björn Högberg, Instituto Karolinska, SuéciaDE OLHO NA SAÚDE – Esqueça a picada no dedo: lentes de contato agora estimam o nível de glicose na lágrima. Cientistas sul-coreanos montaram numa lente circuitos eletrônicos flexíveis que não impedem a visão, com sensores de glicose alimentados por um sistema sem fio. — Eve Conant
Foto de Kim Kyoung Chae, UnistO ROBÔ SE DESDOBRA – O robô-origami carrega um ímã e tem dobras de modo a caber numa pílula. Ainda em testes, ele se desdobra nas entranhas a fim de agarrar e remover, por exemplo, um botão ingerido por engano ou então reparar o tecido danificado por pequenos objetos — Lori Cuthbert
Foto de Jason Dorfman, Mit CsailUM ADESIVO NAS PROFUNDEZAS – O adesivo para pele, menor que um selo postal, mantém o ritmo – cardíaco, é claro. Ele mede a pressão no interior do corpo, emitindo ondas ultrassônicas que atravessam a pele e são refletidas pelos tecidos e o sangue, transmitindo as informações para um notebook. — Eve Conant
Foto de Chonghe Wang And Sheng Xu, Uc San DiegoBERÇO MUSICAL – Na maioria dos países, houve um aumento dos nascimentos prematuros – antes de 37 semanas – nas duas últimas décadas. Sair cedo demais do útero pode resultar em complicações e, com frequência, o prematuro tem de ir para a unidade de terapia intensiva neonatal. No Hospital Universitário de Genebra, na Suíça, a música faz parte dos cuidados. Porém, diferentemente de outros programas similares em UTIs neonatais, esse projeto inovador usa três modalidades de música, que os bebês escutam por meio de fones especiais para as suas cabeças minúsculas e frágeis. Um estudo quer entender como a música afeta o cérebro de um prematuro, e como ele reconhece a melodia e a altura do som – habilidades associadas ao processamento da linguagem. Concebido pela neonatologista Petra Huppi, a pesquisadora Manuela Filippa e o compositor Andreas Vollenweider, o projeto inclui a monitoração do cérebro por meio de ressonância magnética no momento em que ouvem a música. As melodias – breves e “mais simples que as de Mozart”, diz Huppi – foram compostas para ajudar os bebês a dormir, despertar ou interagir. Os resultados são promissores. As imagens revelam um maior grau de conectividade no cérebro, e as melodias parecem reforçar o ritmo diário de sono e vigília – algo crucial numa UTI ruidosa e no mundo lá fora —Catherine Zuckerman
Foto de Craig CutlerTRATAMENTO PARA O CÉREBRO – O uso terapêutico da eletricidade avançou muito desde o primeiro marca-passo para o coração. Eletrodos implantados, visíveis neste raio X, geram impulsos elétricos na chamada estimulação cerebral profunda (ECP). A técnica já se mostrou eficaz em vários distúrbios neurológicos, como transtorno obsessivo compulsivo e mal de Parkinson. Na Clínica Cleveland, foi realizado um estudo do ECP com pacientes que sofreram acidentes vasculares cerebrais, com resultados alentadores. Depois de um AVC em 2015, uma paciente perdeu a mobilidade do lado direito do corpo – mas meses de fisioterapia, atividades ocupacionais e ECP permitiram que ela até mesmo jogasse bola com os netos —Patricia Edmonds
Foto de Ohio State University Wexner Medical CenterLENDO O BRANCO DO OLHO – Um aplicativo em desenvolvimento na Universidade de Washington talvez ajude no diagnóstico do câncer no pâncreas ao identificar, no branco do olho, a esclerótica, sinais de icterícia. Com base numa selfie, o aplicativo determina se o nível das bilirrubinas está alto, um indicador da doença. — Lori Cuthbert
Foto de Rebecca HaleCORPO EM 3D – Muitos membros artificiais ainda são feitos a partir de um molde de gesso. Dotar o membro moldado de um encaixe confortável no corpo é um processo dispendioso e tentativo. Ao redor do mundo, porém, muitos amputados simplesmente não têm acesso às próteses. Os smartphones e as impressoras em 3D talvez sejam uma solução, afirma Albert Yu-Min Lin, um explorador da National Geographic que perdeu parte da perna em 2016. As câmeras dos celulares podem escanear os membros residuais, dando as medidas para os operadores de impressoras em 3D, os quais então produziriam encaixes adequados de baixo custo, depois enviados aos amputados em qualquer local do planeta —Christina Nunez
Foto de Bruna BortolatoANÁLISES MELHORES DE PRÓSTATA – Os tumores de próstata de grau elevado podem ser letais, e os de grau baixo requerem apenas acompanhamento – mas os pacientes de ambos os casos podem ser beneficiados por avanços recentes na Clínica Cleveland. Ali, uma equipe de pesquisadores aperfeiçoou um novo exame de sangue que estima o risco de tumores na próstata com mais precisão que os testes atuais. Isso poderia reduzir drasticamente a necessidade de biópsias e o tratamento dos casos em que é pouco provável o agravamento. — Patricia Edmonds
Imagem por Microscopia Confocal Tricolor De James Hayden, Wistar InstituteA VISÃO AGUÇADA DA IA – A correta identificação das células cancerosas numa amostra de tecido pulmonar (à esquerda) é crucial para o tratamento. E agora a inteligência artificial ajuda nesse processo. O mesmo sistema de IA que a Google usa para identificar objetos online foi usado para reconhecer células tumorais. O sistema reconheceu tumores (à direita), com a precisão de um ser humano. E definiu a dosagem exata de um remédio para reduzir tumores, evitando ao máximo os efeitos colaterais. — Lori Cuthbert
Foto de Imagem de Tecido de Cancer Genome AtlasAPOIO ROBÓTICO – Para pacientes com problemas graves de mobilidade, os cientistas preparam dispositivos robóticos que atuam como exoesqueleto. Eles são programados para conduzir o corpo com movimentos – por exempo, para uma vítima de AVC caminhar – que ajudam a recobrar a postura e a força — Natasha Daly
Foto de Marcel Van Den Bergh