As mulheres que lutam pela conservação de espécies símbolos da fauna brasileira
Por trás dos mais importantes projetos de pesquisa sobre harpias, araras, antas, cobras e tamanduás, estão mulheres determinadas a proteger a biodiversidade.
Publicado 29 de out. de 2019, 20:04 BRT, Atualizado 8 de jan. de 2020, 10:57 BRT

Apesar do grande porte – pode alcançar 2,2 m de envergadura – a harpia demonstra graça e habilidade ao sobrevoar as árvores da Floresta Nacional de Carajás, no Pará. O nome “harpia” remonta à mitologia grega e designava um ser híbrido: metade mulher, metade águia.
Foto de João Marcos RosaÀ vontade sobre o dossel, a doutora Tânia Sanaiotti faz suas anotações apoiada numa plataforma de observação instalada numa castanheira a cerca de 35 metros de altura na Floresta Nacional de Carajás, no Pará. Sanaiotti é pioneira nos estudos sobre a harpia no Brasil.
Foto de João Marcos RosaUma tamanduá-bandeira fêmea carrega seu filhote tranquilamente pelos campos da Pousada Aguapé, em Aquidauna (MS).
Foto de João Marcos RosaEm uma noite de Lua Cheia no Pantanal, a pesquisadora Flávia Miranda coleta medidas e amostras de um tamanduá-bandeira em busca de mais informações sobre a espécie, uma das que mais sofre por pressões antrópicas como as estradas. Na Reserva Privada do Patrimônio Natural Sesc, município de Poconé (MT).
Foto de João Marcos RosaAs araras-azuis-de-lear vivem exclusivamente na Caatinga, onde nidificam em paredões de arenito e buscam alimento entre frutos da palmeira do licuri e espécies de cactáceas. Pesquisadores e organizações locais trabalham para reverter o quadro de ameaça de extinção.
Foto de João Marcos RosaÉrica Pacífico caminha com seu filho de nove meses Samuel na região do Parque Nacional do Boqueirão da Onça, onde estuda as araras-azuis-de-lear. Ela trabalha na região há mais de 10 anos, e nem a maternidade afastou a bióloga de seu trabalho em campo. No município de Campo Formoso (BA).
Foto de João Marcos RosaUma jararaca-ilhoa se desloca no galho de uma árvore na Ilha da Queimada Grande. Mais de 10 mil anos de isolamento insular trouxeram evoluções para a espécie que, diferente de sua prima do continente, desloca-se com extrema facilidade pelo dossel. A Ilha fica a 32 km do litoral paulista.
Foto de João Marcos RosaKarina Kasperovicius, pesquisadora do Instituto Butantan, maneja um exemplar de jararaca-ilhoa em seu laboratório. Essa serpente ameaçada de extinção é encontrada somente na Ilha da Queimada Grande, reserva localizada a 32 km do litoral paulista. Em Itanhaém (SP).
Foto de João Marcos RosaMaior mamífero terrestre do Brasil, as antas são consideradas jardineiras da floresta. Depois de comerem as frutas, elas eliminam caroços e sementes dispersando espécies da flora. Na Reserva Privada do Patrimônio Natural Cristalino, município de Alta Floresta (MT).
Foto de João Marcos RosaA pesquisadora Patrícia Medici conduz sua caminhonete pelas estradas arenosas do Pantanal em busca de sinais do seu objeto de trabalho: a anta. Na Fazenda Baía das Pedras, município de Aquidauna (MS).
Foto de João Marcos RosaAs araras-azuis utilizam cavidades preexistentes para a construção de seus ninhos, como esta em uma árvore manduvi na Fazenda Caiman, município de Miranda (MS).
Foto de João Marcos RosaA bióloga Neiva Guedes acessa uma caixa-ninho a cerca de 10 metros de altura para coletar amostras de um filhote de arara-azul. Trabalhando com a espécie há mais de 30 anos, ela luta para reverter um quadro de ameaça constante, com impactos que vão desde o desmatamento até o tráfico de animais. Na Fazenda Caiman, município de Miranda (MS).
Foto de João Marcos Rosa