Encontros inspiradores na Nova Zelândia

Conheça os vinicultores, artistas e artesãos da região de Nelson, na Nova Zelândia

Por Carrie Miller
Publicado 15 de fev. de 2019, 12:42 BRST
praia de areia fina recebe os visitantes do Parque Nacional Abel Tasman
Uma convidativa praia de areia fina recebe os visitantes do Parque Nacional Abel Tasman.
Foto de Erika Larsen

Talvez seja o clima – a região de Nelson Tasman, na Nova Zelândia, no litoral norte da Ilha Sul, é um dos lugares mais ensolarados do país, recebendo quase 2,4 mil horas de luz solar por ano. Talvez seja a beleza – formando um V ao redor da baía turquesa de Tasman Bay, a área contém três parques nacionais (Kahurangi, Nelson Lakes e Abel Tasman) e quilômetros de praias arenosas, além de duas regiões vinícolas (incluindo Marlborough, a maior da Nova Zelândia). Talvez seja, então, os criadores – artistas, horticultores, vinicultores e fazendeiros que escolheram esse lugar para estabelecer um lar vibrante que acolhe visitantes a um modo de vida mais sereno. "No meu trabalho com argila, utilizo cores e imagens para capturar a essência do ambiente [à minha volta] da região de Nelson Tasman", diz a ceramista Katie Gold. "Crio fôrmas a partir de conchas e crustáceos e faço estampas inspiradas na flora e fauna do nosso meio ambiente". Seja qual for a inspiração, explorar Nelson Tasman é como curtir uma tarde de verão regada a muito sol. Relaxe e descubra suas maravilhas – você não se arrependerá.

Explorar

O Parque Nacional Abel Tasman é talvez o menor parque da Nova Zelândia (225 km²), mas é um dos mais populares. Margeando o oceano, ele oferece uma explosão de cores – areia dourada, mar cor de jade, céu azul-celeste e um dossel florestal verde brilhante. A vida nele também é abundante: lobos-marinhos, pinguins-azuis (os menores do mundo), golfinhos e aves como pardelas, corvos-marinhos, wekas e aves do gênero rhipidura.

É um dos locais selvagens mais fáceis de visitar na Nova Zelândia. A trilha Abel Tasman Coast Track, uma das       Grandes Trilhas do país, é uma caminhada de 59 km com chalés para pernoite ao longo da rota. Não está a fim de caminhar por tantos dias? Os viajantes podem embarcar num dos diversos táxis aquáticos, descer para percorrer um pequeno trecho da trilha e depois reembarcar na próxima parada.

O caiaque também é uma forma popular de explorar o parque, sendo as excursões guiadas uma ótima maneira de visitar as praias e angras protegidas por lei.

Uma taça de chardonnay nos jardins da Neudorf Vineyards, uma vinícula próxima a Nelson.
Foto de Erika Larsen

Comer e beber

Nelson Tasman é uma explosão de sabores. Qualquer carro ou bicicleta te leva por entre pomares (de kiwis, peras e maçãs), vinhas ou fazendas produtoras de lúpulo. Confira a Tasman’s Great Taste Trail, uma rede de percursos de ciclismo que corta o interior do país.

Muitas vezes colocada à sombra do apelo e da fama que tem a região de Marlborough, a região vinícola de Nelson se orgulha de ser compacta, com produtores já tradicionais como Neudorf e Seifried fabricando excelentes Pinot Noirs, Sauvignon Blancs e Chardonnays que refletem o sol e as brisas do mar da região.

Nelson é também a capital da cerveja artesanal na Nova Zelândia, com orgulhosa tradição que remete aos primeiros colonos alemães, nos idos de 1840, que descobriram que a terra era ideal para a produção de lúpulos. Siga a trilha Craft Beer Trail e encontre as cervejarias favoritas, como McCashin’s Brewery, Sprig & Fern Brewery e Hop Federation.

Os frutos do mar também existem em abundância, com pratos dos tradicionais mexilhões de lábios verdes da região, cozidos em cafés e bistrôs movimentados e inovadores. Visite o Boat Shed Café (clássico de Nelson), que fica sobre a água, ou se enturme com os locais no Urban Eatery.

Artes

Fundada em 1858, Nelson é um dos centros artísticos mais vibrantes do país. Abriga o Theatre Royal (o teatro de madeira mais antigo ainda em funcionamento do Hemisfério Sul), a Suter Art Gallery (a mais antiga da Nova Zelândia, fundada em 1899) e o Nelson Centre of Musical Arts (evoluída a partir dos primeiros colonizadores europeus, em meados de 1800), os três estabelecimentos culturais mais antigos da Nova Zelândia. Qualquer um deles é o marco inicial perfeito para explorar as galerias e butiques da cidade, repletas de trabalhos de marceneiros, produtores têxteis, artistas de vidro soprado, ceramistas e pintores. Confira os trabalhos em vidraria da Höglund Art Glass, as criações fantasmagóricas do World of WearableArt Museum, as obras de arte em paisagens da Craig Potton Gallery e o próprio "um anel para a todos governar" com Jens Hansen, o joalheiro que criou o famoso talismã dos filmes da série O Senhor dos Anéis.

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    A artista Hayley Richards com duas de suas três filhas na galeria Nelson (à esquerda). A cidade é um dos centros criativos da Nova Zelândia. Escultura de cerâmica de Katie Gold e Owen Bartlett no jardim da galeria Nelson (à direita).
    Foto de Erika Larsen

    Para se engajar

    A arte e a comida que são o sangue vital de Nelson Tasman são apresentados com orgulho em mercados semanais. É aqui que você terá contato próximo com os moradores locais e também com outros viajantes. É uma oportunidade sem igual de fazer parte da comunidade, trocar histórias, provar comidas e experimentar um pouco do que torna esse lugar especial.

    O Motueka Sunday Market já é uma tradição aos domingos há mais de 24 anos. Com mais de 50 barracas contendo criações e artes locais, frutos do mar, café, frutas e vegetais, artigos de segunda mão e delícias da cozinha, ele é mais que um mercado – é um ponto de encontro.

    O Nelson Market, que funciona nas bordas da Montgomery Square há quase 40 anos, é dois mercados em um só. O Saturday Market, no sábado, oferece de tudo, desde artigos em cerâmica a joias e mudas e até queijos, geleias e manteigas de amendoim locais. O Sunday market, no domingo, é um tesouro aberto de artigos antigos e de segunda mão, com opções de café e comida para quando precisar de um descanso das compras.

    Dica valiosa

    A região de Nelson Tasman não é favorita somente entre os turistas – os neozelandeses também a adoram, sendo que, nos feriados e férias escolares, ela fica lotada de kiwis. Visite o local fora de temporada (de setembro a novembro ou entre março e maio) para tê-lo só para você. O clima não muda muito, a comunidade é sempre vibrante e você sempre achará um lugar para estacionar.

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