Tarântula escapa de ser comida por sapo
O aracnídeo sobreviveu ao apetite voraz do anfíbio.
Michael Bogan estava em uma caminhada noturna na Área de Recreação do Sabino Canyon, no estado americano do Arizona, quando olhou para baixo e viu um sapo-do-deserto-de-sonora.
O biólogo geralmente para e observa todos os anfíbios que encontra, mas, enquanto movia sua lanterna, notou algo estranho.
"De repente, eu estava confuso, o que está pendurado em sua boca?", disse Bogan, professor assistente da Universidade do Arizona.
Membros pretos e compridos saiam da boca do sapo – era um animal ainda vivo, se mexendo dentro dele. Ele percebeu que o sapo estava tentando engolir uma tarântula viva.
Bogan se inclinou e tirou algumas fotos do sapo, esperando que o aracnídeo azarado fosse se encontrar com seu destino. Mas a tarântula não estava pronta para morrer pacificamente.
A aranha lutava e Bogan testemunhou o sapo fechar os olhos, estremecer de dor e sua garganta elástica se esticar na forma de garras de aranha. Parecia que a tarântula tentava morder seu captor por dentro.
Tarântula indigesta
“Nós não sabemos se a tarântula liberou qualquer veneno, mas ela não precisava fazer isso”, diz Jerome Rovner, um professor especializado em aracnídeos na Universidade de Ohio, que viu as fotos do incidente. “Os pelos urticantes são suficientes para se defender".
Os pêlos urticantes, eriçados e muito afiados, cobrem o abdômen e as pernas da tarântula e a tornam a aranha mais indigesta para qualquer predador em potencial.
“Seria como tentar comer fibra de vidro”, diz Rovner.
As tarântulas às vezes “mordem a seco” para assustar os predadores, sem liberar veneno que os aracnídeos guardam para suas presas, acrescenta.
Mas se o sapo foi picado ou apenas mordido, de qualquer forma foi muito desconfortável. “O sapo provavelmente estava recebendo uma dose dupla”, diz Bogan.
A fuga corajosa da aranha
O sapo, que engole sua presa por completo, provavelmente “não pensou no que seria comer uma tarântula inteira”, diz Rovner.
Depois de ser sofrer com a tática de defesa da tarântula, o sapo abriu a boca para libertar sua presa. O aracnídeo fugiu, coberto de gosma e sucos gastrointestinais, com duas pernas aparentemente feridas ou prejudicadas.
Ambos os especialistas observaram que as aranhas geralmente podem viver sem várias pernas. Quanto ao sapo, ele não parecia ter sido prejudicado, mas ainda estava com fome.
“Nunca é o fim até que seja realmente o fim”, diz Bogan, refletindo sobre o que ele testemunhou.
“Mesmo quando você está com metade do corpo dentro da boca de um sapo, você ainda tem chance.”
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