Tamanduá-bandeira

Maior das quatro espécies de tamanduá, o tamanduá-bandeira pode atingir 2,4 metros de comprimento, da ponta do focinho à ponta da cauda.

Por Redação National Geographic
Os tamanduás-bandeira são considerados um dos mamíferos mais ameaçados das Américas principalmente porque seus habitats, como as pastagens, são ameaçados por atividades humanas.
Foto de Joël Sartore, National Geographic Photo Ark
  • Nome comum: Tamanduá-bandeira
  • Nome científico: Myrmecophaga tridactyla 
  • Classe: mamíferos
  • Alimentação: Insetívoro
  • Expectativa média de vida na natureza: 14 anos
  • Tamanho: Cabeça e corpo: 15 a 124 cm; cauda: 17 a 88 cm
  • Peso: 18 a 63 kg
  • Status de conservação (IUCN): Vulnerável
  • Tendência populacional: Em declínio 

Os tamanduás são animais desdentados – não possuem dentes. Mas suas longas línguas são mais que suficientes para capturar as 35 mil formigas e cupins que engolem inteiros todos os dias. Como a maior das quatro espécies de tamanduá, o tamanduá-bandeira pode atingir 2,4 metros de comprimento, da ponta do focinho à ponta da cauda. Possui pelagem marrom-acinzentada, as patas dianteiras são brancas, seu peito e dorso são marcados por listras pretas e sua cauda é volumosa.

Habitat

Os tamanduás-bandeira podem ser encontrados em toda a América do Sul e Central, embora sua população tenha diminuído consideravelmente na América Central. Para prosperarem, eles precisam se movimentar por grandes áreas com florestas. Eles geralmente são encontrados em florestas tropicais e secas, savanas e pastagens abertas, onde há abundância de formigas, que são fundamentais para sua alimentação.

Alimentando-se de formigas

O tamanduá-bandeira usa suas garras afiadas para fazer uma abertura no formigueiro e colocar seu longo focinho, sua saliva pegajosa e sua língua eficiente para trabalhar. Mas ele precisa comer rapidamente, movimentando sua língua até 150 vezes por minuto. As formigas revidam com picadas dolorosas, então o tamanduá pode passar apenas um minuto se alimentando em cada formigueiro. Tamanduás-bandeira nunca destroem o formigueiro, preferindo retornar e se alimentar novamente no futuro.

Esses animais não contam com a visão — que é fraca — para encontrar sua fonte de alimento, mas sim com o olfato, que é 40 vezes mais poderoso que o dos humanos.

Comportamento

Os tamanduás-bandeira são geralmente animais solitários. As fêmeas têm um único filhote uma vez ao ano, que às vezes pode ser visto agarrado nas costas de sua mãe. Os filhotes deixam a mãe depois de dois anos, quando são considerados totalmente adultos.

Os tamanduás não são agressivos, mas podem ser ferozes. Um tamanduá encurralado se ergue sobre as patas traseiras, usando a cauda para se equilibrar, e ataca com suas garras perigosas. As garras do tamanduá-bandeira têm cerca de dez centímetros de comprimento, e o animal pode lutar até contra uma onça-parda ou onça-pintada.

Ameaças à sobrevivência

Segundo a Lista Vermelha da IUCN, os tamanduás-bandeira são os mamíferos mais ameaçados da América Central. Listados como espécies vulneráveis, já são considerados extintos na Guatemala, em El Salvador e no Uruguai. Uma das principais ameaças enfrentadas pelos tamanduás-bandeira é a perda de pastagens devido a incêndios provocados por produtores de cana-de-açúcar que tradicionalmente queimam suas plantações antes da colheita para remover as folhas externas da planta, facilitando o corte dos caules. Esses incêndios não apenas afetam o habitat, como também os animais — os tamanduás-bandeira podem sofrer graves queimaduras.

Outras ameaças incluem a caça — para servir como alimento e porque algumas pessoas consideram que os tamanduás-bandeira sejam pragas — e sua baixa taxa de reprodução. Os tamanduás-bandeira também são frequentemente mortos pelo tráfego rodoviário no Cerrado brasileiro, onde uma vasta rede de estradas fragmentou seu habitat.

Conservação

Na Argentina, o Projeto Iberá resgatou mais de cem tamanduás órfãos e os reintroduziu na natureza. No Brasil, a queima da cana-de-açúcar está sendo gradualmente eliminada em algumas partes do país, ao passo que conservacionistas — incluindo Vinicius Alberici, explorador da National Geographic Photo Ark EDGE — estão trabalhando no Cerrado para coletar dados sobre como as estradas afetam os tamanduás-bandeira na esperança de definir novas proteções.

VOCÊ SABIA?

  • Um único tamanduá-bandeira consome cerca de 35 mil formigas em um dia.
  • O tamanduá-bandeira é o animal que possui a língua mais longa em relação ao tamanho de seu corpo. Ela tem cerca de 60 centímetros de comprimento.
  • Os tamanduás-bandeira são lentos e não enxergam bem.
  • Um dos parentes mais próximos do tamanduá-bandeira é a preguiça-anã — o ancestral desses dois animais foi o mesmo há mais de 55 milhões de anos.

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