Tartaruga-cabeçuda

Abundante no passado, a espécie está ameaçada sobretudo pela captura dos ovos para consumo humano e acidentes causados pela pesca industrial.

Por Redação National Geographic Brasil
Publicado 21 de abr. de 2020, 07:30 BRT, Atualizado 5 de nov. de 2020, 03:22 BRT
A espécie pode ser avistada no litoral de Sergipe, Bahia, Espírito Santo e Rio de Janeiro, principais áreas reprodutivas.
Foto de Joël Sartore, National Geographic Photo Ark
  • Nome comum: Tartaruga-cabeçuda
  • Nome científico: Caretta caretta
  • Tipo: réptil
  • Dieta: onívoro
  • Tempo de vida médio na natureza: mais de 50 anos
  • Tamanho: 1 metro
  • Peso: 220 kg
  • Status de ameaça: em perigo
  • Tendência populacional: declinando (IUCN)/aumentando (ICMBio)

A tartaruga-cabeçuda nada pelos oceanos Índico, Pacífico e Atlântico, em mares tropicais, subtropicais e temperados. Mas mesmo espalhada por uma área tão vasta, ela não está a salvo, como fica claro pelas ameaças que sofre no Brasil. Por aqui, a espécie pode ser avistada ao longo de todo o litoral. No entanto, as principais áreas reprodutivas são a costa do Sergipe e norte da Bahia, e Espírito Santo e norte do Rio de Janeiro. Nessas regiões, a tartaruga-cabeçuda, um animal marinho, vem à praia para desovar durante as noites de primavera e verão no hemisfério Sul. Quer dizer, as fêmeas vêm à terra firme. No caso dos machos, após eclodirem dos ovos e irem até o mar, o restante da vida é subaquática. As tartarugas, no entanto, respiram ar em rápidas subidas à superfície que duram até três segundos. Em contrapartida, conseguem ficar submersas por cinco minutos.

Esses répteis nadam em profundidades de até 200 m, mas preferem águas mais rasas, de 60 m. Na hora de se alimentar, ficam ainda mais próximas à flor d’água. Quando jovens, comem esponjas, águas-vivas, algas, gastrópodes e crustáceos. Já adultas, tendem a uma dieta mais carnívora, que também inclui outros moluscos e até peixes. Graças à sua carapaça rígida, as tartarugas-cabeçudas adultas conseguem se defender bem do seu principal predador natural, os tubarões. No entanto, o mesmo não pode ser dito das redes de pesca e espinhéis de anzóis. Em todo litoral brasileiro, a espécie é capturada por acidente por barcos de pesca industrial. Além disso, a tartaruga-cabeçuda ainda sofre com uma cultura de captura de ovos para consumo humano que só começou a ser revertida a partir do final do século 20. Frente a esse cenário, ainda que os números de indivíduos estejam aumentado, a melhora é insignificante se contrastada com a abundância da espécie no passado.

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