Tartaruga-de-couro

Por Photo Ark
Filhote de tartaruga-de-couro fotografado na Ilha de Bioko, Guiné Equatorial.

Filhote de tartaruga-de-couro fotografado na Ilha de Bioko, Guiné Equatorial.
 

Foto de Joël Sartore NATIONAL GEOGRAPHIC PHOTO ARK

Nome comum: Tartaruga-de-couro

Nome científico: Dermochelys coriacea

Tipo: Réptil

Dieta: Carnívora

Expectativa média de vida na natureza: 45 anos

Tamanho: Até 2,13 metros

Peso: Até cerca de 900 quilos

As tartarugas-de-couro são as maiores tartarugas da Terra, alcançando até 2,1 metros de comprimento e podendo ultrapassar 900 quilos. Esses répteis primitivos são os únicos representantes que restam de uma família de tartarugas cujas raízes evolutivas remontam a mais de 100 milhões de anos. Anteriormente abundante em todos os oceanos, exceto no Ártico e na Antártida, a população de tartarugas-de-couro está em declínio acelerado em muitas regiões do mundo.

Carapaça da tartaruga

Embora todas as outras tartarugas marinhas tenham carapaças rígidas e ósseas, a carapaça azul-marinho da tartaruga-de-couro é relativamente flexível e com textura semelhante a borracha. As cristas ao longo da carapaça lhe conferem uma estrutura mais hidrodinâmica. As tartarugas-de-couro podem mergulhar a profundidades de 1,2 quilômetro — mais fundo do que qualquer outra tartaruga — e podem permanecer submersas por até 85 minutos.

Área de distribuição da população

As tartarugas-de-couro têm a distribuição global mais ampla de todas as espécies de répteis e talvez de qualquer vertebrado. Podem ser encontradas nas águas tropicais e temperadas dos oceanos Atlântico, Pacífico e Índico, bem como no Mar Mediterrâneo. As tartarugas-de-couro adultas também estão presentes no norte até o Canadá e a Noruega e no sul até a Nova Zelândia e a América do Sul.

Adaptações à água fria

Ao contrário de seus outros parentes répteis, as tartarugas-de-couro são capazes de manter a temperatura corporal quente em águas frias por meio de um conjunto único de adaptações que lhes permite gerar e manter o calor corporal. Algumas dessas adaptações são o grande porte, alterações no nado e na circulação sanguínea e uma espessa camada de gordura.

 

Reprodução

As migrações das tartarugas-de-couro entre as áreas de reprodução e alimentação são as mais longas de todas as tartarugas marinhas, com uma média de seis mil quilômetros de uma à outra. Durante a época de reprodução, após o acasalamento no mar, as fêmeas buscam a costa para nidificar. O ritual noturno consiste em cavar um buraco na areia, depositar cerca de 80 ovos, encher o ninho, deixar uma grande área de areia revolvida que dificulta a detecção por predadores e, por fim, retornar ao mar.

A temperatura no interior do ninho determina o sexo dos filhotes. Quando a temperatura do ninho é de aproximadamente 29,5 graus Celsius, nasce uma mescla de filhotes machos e fêmeas, ao passo que temperaturas maiores geram fêmeas e temperaturas menores geram machos. Os filhotes fêmeas que chegam ao mar vagam pelos oceanos até atingirem a maturidade sexual, quando retornam às mesmas áreas de nidificação para gerar seus próprios filhotes. Os machos passam o restante da vida no mar.

Ameaças à sobrevivência

Muitas tartarugas-de-couro têm uma morte precoce devido à atividade humana. Estima-se que apenas cerca de um em cada mil filhotes de tartarugas-de-couro sobrevivam até a idade adulta. Os ovos são frequentemente retirados dos ninhos para consumo humano, seja como alimento, seja como afrodisíaco. Muitas tartarugas-de-couro são vítimas de linhas e redes de pesca ou são atingidas por barcos. As tartarugas-de-couro também podem morrer se ingerirem detritos plásticos flutuantes que confundem com seu alimento favorito: a água-viva. Alguns espécimes foram encontrados com quase 5 quilos de plástico no estômago.

No Atlântico, o número de tartarugas-de-couro parece estar estável ou aumentando, porém a população do Pacífico está reduzindo a um ritmo alarmante devido à coleta dos ovos, captura acidental durante a pesca, urbanização costeira e à precariedade do acesso a alimentos. Algumas populações do Pacífico desapareceram completamente de certas regiões, como a Malásia.

Cientistas de todo o mundo monitoram e estudam tartarugas-de-couro para saber mais sobre esses répteis gigantescos e como podem ser salvos.

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