Uma em 893 quatrilhões de chances: homem é mordido por tubarão, urso e cobra

O entusiasta da natureza Dylan McWilliams teve alguns anos difíceis, mas não vai desistir da paixão pelo meio ambiente.

Por Stephen Leahy
Publicado 27 de abr. de 2018, 12:21 BRT, Atualizado 5 de nov. de 2020, 03:22 BRT
tubarao-tigre
Um tubarão-tigre foi provavelmente o responsável pela recente mordida de Dylan McWilliams no Havaí. Mas seu azar não foi só esse.
Foto de Brian J. Skerry, National Geographic Creative

893,35 quatrilhões para um. Essa é a probabilidade do que aconteceu com Dylan McWilliams, de 20 anos. Ele foi mordido por um tubarão, atacado por um urso e picado por uma cascavel, tudo em pouco mais de três anos.

Na semana passada, McWilliams, que mora no estado americano do Colorado, foi internado na ilha de Kauai, no Havaí, depois de sentir algo acertar sua perna. "Eu vi o tubarão debaixo de mim. Comecei a chutar, eu sei que bati pelo menos uma vez, e nadei até a praia o mais rápido que pude”, disse McWilliams à BBC. A ferida exigiu sete pontos e as marcas dos dentes pareciam ser de um tubarão-tigre.

Ataques de tubarão acontecem ocasionalmente no Havaí, especialmente por tubarões-tigre, disse George Burgess, diretor emérito do Programa de Pesquisa de Tubarão da Flórida na Universidade da Flórida. No entanto, a probabilidade de ser atacado por um tubarão nas águas dos EUA é de uma em 11,5 milhões, disse ele. Para colocar em perspectiva, o americano médio tem uma chance em 5 mil de ser atingido por um raio durante toda a vida.

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Ataques de tubarão acontecem ocasionalmente no Havaí, especialmente por tubarões-tigre, disse George Burgess, diretor emérito do Programa de Pesquisa de Tubarão da Flórida na Universidade da Flórida. No entanto, a probabilidade de ser atacado por um tubarão nas águas dos EUA é de uma em 11,5 milhões, disse ele. Para colocar em perspectiva, o americano médio tem uma chance em 5 mil de ser atingido por um raio durante toda a vida.

Embora os ataques de tubarões recebam toda a atenção da mídia, é mais provável que você seja atacado por um urso. McWilliams, que viajou pelos EUA e Canadá nos últimos anos, também conseguiu vencer a probabilidade de 1 em 2,1 milhões de ser ferido por um urso. Em julho passado, um urso-negro mordeu-o na cabeça enquanto ele dormia em um acampamento no Colorado. Ele escapou cutucando o urso nos olhos. As autoridades do parque capturaram o urso e, depois de confirmar a presença do sangue de McWilliams sob suas garras, sacrificaram o animal. Foram necessários nove grampos cirúrgicos na parte de trás da cabeça para fechar as feridas de McWilliams.

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    Foto de Barrett Hedges, National Geographic Creative

    “Um urso-negro-norte-americano que ataca um humano geralmente tem fome”, disse o jornalista especialista em natureza Gordon Grice, autor do livro The Book of Deadly Animals (O livro dos animais mortais, em tradução livre) e “Shark Attacks: Inside the Mind of the Ocean's Most Terrifying Predator” (Ataque de tubarões: por dentro da mente do predador mais aterrorizante dos oceanos). Tais ataques são muito raros e geralmente acontecem porque um urso aprendeu a associar seres humanos a comida, alimentando-se em comedouros e latas de lixo, ele disse. Entre 1900 e 2009, apenas 14 pessoas foram mortas por ursos.

    Talvez não tão surpreendentemente, dada o azar de McWilliams, ele conseguiu topar com uma cascavel enquanto caminhava em Utah em 2015. Ele disse que a picada tinha pouco veneno e decidiu não ir ao hospital, apesar de ficar doente por alguns dias. As probabilidades de ser picado por uma cobra venenosa nos EUA são estimadas em 1 em 37.500. (As chances de ser morto em um acidente de carro são muito mais assustadoras, 1 em 112.)

    "Ele é um dos caras mais azarados do planeta", diz Burgess. Quão azarado? Uma vez que cada evento é independente, as chances de cada um são multiplicadas, disse ele, fazendo com que as chances disso acontecer sejam 893,35 quatrilhões para uma.

    McWilliams diz que tudo isso é por estar no lugar errado, na hora errada. Ele encoraja a todos conhecer a natureza. "Eu ainda faço caminhadas, eu ainda capturo cascavéis e eu ainda nadarei no oceano", disse ele à BBC.

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