Chuva de meteoros Oriônidas 2022: onde e quando vê-la

Em 21 de outubro, será possível ver no céu até 70 estrelas cadentes por hora. Fenômeno é famoso por seu brilho e velocidade.

Chuva de meteoros Oriônidas vista no vilarejo Shirakawa-Go, no Japão.

Foto de KazushiInagaki Getty Images
Por National Geographic Brasil
Publicado 5 de out. de 2022, 10:15 BRT, Atualizado 19 de out. de 2022, 10:51 BRT

Durante todo o mês de outubro, a chuva de meteoros Oriônidas de 2022 será um dos eventos mais bonitos do ano, segundo avaliação da Nasa

Também chamado de chuva de estrelas, esse fenômeno, em particular, é relativamente famoso por seu brilho e velocidade. Os meteoróides da chuva de Oriônidas viajam a cerca de 66 quilômetros por segundo (km/s). Em termos de comparação, os meteoros da chuva de Perseidas, que ocorreu em agosto, tem uma velocidade média de 59 km/s. 

(Artigo relacionado: Dinossauros não teriam sido extintos se asteroide tivesse caído em outro lugar)

Quando acontece a chuva de meteoros Oriônidas

O dia em que os meteoros Oriônidas estarão mais visíveis será em 21 de outubro, quando se poderá ver até 70 objetos atravessando a atmosfera terrestre por hora. Segundo a Nasa, porém, o fenômeno está ativo desde o dia 26 de setembro – o que significa que os meteoros dessa chuva entraram na atmosfera terrestre nesta data e devem seguir assim até 22 de novembro. 

“Nos outros dias, a quantidade de meteoros vistos, ou seja, a atividade deles, será mais lenta. Será, em média, de 15 ‘estrelas cadentes’ por hora”, diz Beatriz Garcia, pesquisadora do Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas da Argentina (Conicet).

A chuva de Oriônidas também é um dos chuveiros (este é o termo usado) considerados os mais bonitos do ano. Isso porque, de acordo com a Nasa, a velocidade dos meteoros pode deixar rastros brilhantes no céu, que duram por minutos e, às vezes, também se transformam em bolas de fogo, causando explosões prolongadas de luz no Espaço. 

Qual é a relação da Chuva de Oriônidas com o Cometa Halley

Os meteoros que caem na Terra vêm de pedaços de asteroides quebrados e, principalmente, de fragmentos de cometas que se desprendem durante a órbita desses corpos ao redor do Sol. 

“Os cometas soltam detritos conforme circulam o Sol que permanecem na trajetória desse cometa. Quando a Terra passa por essa órbita, os detritos são atraídos pela gravidade terrestre”, explica Garcia. 

No caso das Oriônidas, os meteoros vêm dos detritos deixados por um cometa – o Cometa Halley. “Ele é um dos mais conhecidos da História”, diz Garcia. 

O cometa Halley foi descoberto pelo astrônomo Edmond Halley - por isso seu nome - em 1705, quando ele observou que, aparentemente, três cometas avistados a cada 76 anos eram, na realidade, todos o mesmo cometa. 

Com base nisso, o astrônomo previu o retorno do objeto para 1758. “Ele foi observado tal qual previsto por Halley, confirmando que outros objetos orbitam em torno do Sol além de planetas”,  confirma a especialista do Conicet.

A última vez que o cometa Halley foi observado aconteceu em 1986; ele deve entrar no Sistema Solar interno novamente em 2061. 

Onde ver a constelação de Orion

A chuva de meteoros Oriônidas recebe esse nome porque os objetos celestes aparentam vir da constelação de Orion, conhecida como O Caçador por causa do formato que as estrelas formam no céu.

“A constelação é o radiante, ou seja, o lugar onde o fenômeno aparece. Para vê-lo, basta olhar para a estrela Betelgeuse ou o ombro do caçador, como também é conhecida”, informa Garcia. 

As estrelas de Orion são bem notórias, principalmente as três que formam a sua cintura, chamada de Cinturão de Orion. No Brasil, elas também são chamadas de Três Marias. “No Hemisfério Sul, vemos a constelação de cabeça para baixo, portanto a Betelgeuse está mais próxima do horizonte, abaixo do Cinturão. É para lá que olhamos para ver a chuva de meteoros”, diz a astrofísica.

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    No caso da chuva de Oriônidas, “geralmente temos uma visão razoavelmente boa tanto no sul quanto no norte do planeta, porque a constelação pode ser observada de praticamente toda a Terra”, diz Garcia. 

    Entretanto, a astrofísica recomenda para quem quer observar o fenômeno que procure um lugar escuro, sem interferência de luzes artificiais. 

    “Os feixes de luz causados pela entrada dos meteoros na atmosfera, que estão a uma velocidade média de 40 mil km/h, aparecem por poucos instantes. Então, quanto menos interferência de luz da superfície, mais fácil ver os rápidos rastros de luz”, recomenda Garcia.  

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