Imagens fortes dos horrores de Hiroshima e Nagasaki são alerta sobre importância da paz

Em 6 de agosto de 1945, a cidade japonesa de Hiroshima foi bombardeada pelos EUA. Evento nuclear ainda é um dos momentos mais dramáticos e controversos da história da humanidade.

Por Rachel Brown
Publicado 8 de nov. de 2017, 20:35 BRST, Atualizado 5 de nov. de 2020, 03:22 BRT
Vítima da bomba atômica de Hiroshima.
Foto de Photo12, UIG, Getty Images

A cidade de Hiroshima foi bombardeada pelos Estados Unidos em 6 de agosto de 1945. Três dias depois, um ataque nuclear também atingiria Nagasaki. Estas imagens históricas mostram o que sobrou das duas cidades, uma lembrança em preto e branco de um evento que deixou marcas profundas de dor na humanidade, e é considerado um dos marcos do final da segunda Guerra Mundial.

1945

Às 8h15 da manhã em 6 de agosto de 1945, uma bomba atômica de codinome Little Boy (Pequeno Rapaz) foi detonada a 590m acima de Hiroshima, no Japão. Embora números exatos sejam impossíveis, acredita-se que a explosão tenha matado de imediato 70 mil pessoas e ferido outras 70 mil. A grande maioria das vítimas eram civis. Efeitos posteriores, como complicações pela exposição à radiação, tiraram a vida de outras milhares de pessoas. O evento marcou a primeira vez em que uma arma nuclear foi de fato utilizada contra pessoas.

Às 11h02 da manhã de 9 de agosto, três dias depois, uma segunda bomba, chamada de Fat Man (Homem Gordo), atingiu Nagasaki, aumentando o número de mortos e feridos para 80 mil. A geografia da cidade – no meio de um vale e irrigada com canais de água – ajudou a reduzir os efeitos da explosão. A carga de Fat Man, no entanto, era maior que a da primeira bomba. É possível que 160 pessoas tenham sobrevivido a ambas explosões, mas apenas uma foi reconhecida oficialmente pelo governo japonês.

O Japão se rendeu alguns dias depois, terminando oficialmente a Segunda Guerra Mundial. O projeto ultrassecreto Manhattan, do governo americano, avançou a galopes assim que Albert Einstein avisou ao então presidente dos EUA, Franklin Roosevelt, das consequências catastróficas que uma bomba atômica nas mãos dos nazistas poderia causar. Os alemães já trabalhavam na criação do artefato havia quatro anos.

2018

Hoje, Hiroshima é habitada por cerca de 1,2 milhão de pessoas. Um parque memorial da paz e um museu agora ocupam o local do epicentro da bomba. Dentro do parque, a Cúpula Genbaku resiste. O monumento, nomeado patrimônio da humanidade pela Unesco, foi um dos únicos a resistirem à explosão que demoliu 70% dos edifícios e da infraestrutura da cidade. 

Nove países têm um total de mais ou menos 15 mil armas nucleares, um terço das quais estão prontas para atacar e podem ser ativadas em questão de minutos. O arsenal da Rússia é o maior, mas os EUA gastam mais recursos em seu arsenal do que todos os outros países juntos.

Apelos por regulamentação nuclear, não-proliferação e desarmamento surgiram imediatamente depois dos bombardeios de 1945. Os Hibakushas – sobreviventes dos ataques – têm sido vozes importantes nesses esforços. 

Em 7 de julho de 2017, o Tratado de Proibição Geral de Armas Nucleares foi adotado em uma conferência das Nações Unidas. O tratado se torna legalmente válido quando pelo menos 50 países assinarem o acordo. No entanto, todos os nove países com capacidade nuclear boicotaram as discussões.

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