Acidente nos Andes: qual foi a rota de Parrado e Canessa pela cordilheira?

Onde e como foi a caminhada final que levou os sobreviventes do voo 571 a serem resgatados nos Andes em dezembro de 1972, na famosa tragédia do avião uruguaio.

Por Redação National Geographic
Publicado 15 de jan. de 2024, 16:09 BRT
Algumas das montanhas dos Andes podem chegar a ter quase 7 mil metros de altura. Durante ...

Algumas das montanhas dos Andes podem chegar a ter quase 7 mil metros de altura. Durante sua jornada pela vida, os sobreviventes que caminharam pelos Andes escalaram pico de mais de 4.600 metros de altura. 

Foto de Dirk Collins

Montanhas nevadas por todos os lados, muito frio e fome, diversos amigos mortos… Esse era o cenário desafiador que alguns sobreviventes encararam após mais de dois meses da queda do voo 571 nas Cordilheiras dos Andes em 1972 – tragédia que já rendeu vários livros e filmes e segue impressionando pela superação e luta por sobrevivência

A aeronave Fairchild FH-227D fretada da Força Aérea do Uruguai que levava 45 pessoas e viajava de Montevidéu, no Uruguai, para Santiago, no Chile, com jovens de uma equipe escolar de rugby, seus familiares e amigos para um jogo na capital chilena, se chocou contra as montanhas geladas dos Andes no dia 13 de outubro de 1972

A partir de novembro de 1972, alguns sobreviventes que suportaram todas as adversidades possíveis, começaram a planejar uma caminhada pelos Andes para dezembro irem em busca de ajuda – afinal, o frio começava a ficar menos intenso nessa época. Veja, a seguir, comoqual foi a rota feita pelos sobreviventes Nando Parrado e Roberto Canessa rumo ao Chile para serem finalmente resgatados. 

Qual foi a rota de Parrado e Canessa pelas montanhas dos Andes?

Após várias expedições feitas por alguns dos sobreviventes para conhecerem melhor as montanhas nevadas ao redor do acampamento improvisado no que restava do avião, que caiu a 1,2 quilômetros da fronteira com o Chile – mais especificamente no Valle de las Lágrimas, na província de Mendoza – em novembro de 1972Nando ParradoRoberto CanessaAntonio Vizintín chegaram até onde estava parte da cauda do avião e encontraram o rádio transmissor da aeronave, quebrado. 

A tentativa final de caminharescalar as gélidas montanhas das Cordilheiras dos Andes para salvar o grupo se deu, então, no dia 12 de dezembro. O trio formado por Nando ParradoRoberto CanessaAntonio Vizintín rumou para encontrar ajuda pelas montanhas na direção leste, no sentido do Chile – um caminho mais longo que eles não sabiam na época, como contam livros e entrevistas sobre a tragédia. Mais tarde, Vizintín voltou para o acampamento e não seguiu a jornada com os outros dois colegas. 

Para fazer a caminhada, eles vestiram as roupas mais quentes e resistentes que possuíam, com tecidos impermeáveis que encontraram na cauda da aeronave, fizeram sacos de dormir improvisados e carregaram também meias com pedaços de carne (dos colegas mortos) para terem alimento durante a jornada.  

Parrado e Canessa escalaram montanhas de mais de 4 mil metros – sem equipamento

Parrado e Canessa imaginavam estar já em território chileno por causa do que os pilotos do voo tinham falado antes da queda do avião, como explica o livro A Sociedade da Neve”, publicado em 2008, e escrito por Pablo Vierci – um amigo de infância dos sobreviventes. 

Assim, seguiram na épica caminhada por dez dias cruzando alguns dos picos mais altos das montanhas. Determinados a chegar na parte sem neveNando e Canessa seguiram caminhando rumo ao leste, mesmo com todas as dificuldades de escaladas e do frio terrível especialmente à noite. Os dois encararam a escalada de picos de mais de 4.600 metros, usando como equipamento improvisado só os cintos de segurança. 

 No dia 22 de dezembro eles chegaram até um pequeno vale já sem neve formado pelos rios San José e Del Azufre, onde pararam para beber água. Foi nesse momento que avistaram um homem em seu cavalo – era o vaqueiro chileno Sergio Catalán, que foi quem acionou as autoridades chilenas para – finalmente – resgatarem os demais sobreviventes após 72 dias da queda do avião.

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