O santuário e memorial da tragédia dos Andes só pode ser acessado a pé ou a ...

É possível visitar o local do acidente aéreo dos Andes?

O lugar exato do acidente aéreo fica nas montanhas andinas, entre Chile e Argentina. Mas com algumas precauções é possível conhecer a região da comovente tragédia, que se tornou um santuário.

O santuário e memorial da tragédia dos Andes só pode ser acessado a pé ou a cavalo. Para chegar lá, os visitantes devem partir do hotel El Sosneado em Malargüe, Mendoza (Argentina).

Foto de Angie Tonelli, Angie Tonelli
Por Redação National Geographic
Publicado 27 de fev. de 2024, 13:46 BRT

Em 13 de outubro de 1972, uma aeronave Fairchild 227 da Força Aérea Uruguaia caiu em um ponto bastante remoto da Cordilheira dos Andes com 45 pessoas a bordo. O evento, conhecido como a tragédia dos Andes, ocorreu no Vale das Lágrimas, na fronteira entre a Argentina e o Chile

Mais de 30 anos depoiso local se tornou um santuário e passou a ser visitado por aqueles que querem se aproximar e entender o que ocorreu na época do acidente aéreo

Mas onde fica o local específico da tragédia dos AndesComo se faz para chegar até elequal é a época do ano mais indicada para conhecê-lo? National Geographic detalhou estes pontos abaixo. Confira. 

(Talvez você se interesse por: Acidente dos Andes: um relato passo a passo da história real da tragédia nas montanhas das cordilheiras)

É possível chegar ao local da tragédia dos Andes?

O santuário e memorial da tragédia dos Andes fica no meio da cordilheira andina, onde os destroços da aeronave ainda permanecem. Como aponta um artigo de National Geographic sobre o tema, o local onde os passageiros caíram, em 1972, está a uma altitude de 3.500 metros em Malargüe, um departamento localizado no sul da província de Mendoza, na Argentina.

Museu Andes 1972, uma instituição dedicada ao acidente e localizada em Montevidéu, no Uruguai, lembra que, após a queda, os sobreviventes descobriram por meio de um pequeno receptor de rádio que a busca pelo avião havia sido suspensa. Foi a partir daí que eles se organizaram como um grupo e tentaram algumas “expedições” para escapar do local. 

O passeio começa na Rota Provincial 220 em Mendoza, uma estrada acidentada que só pode ser acessada por veículos 4x4. Na fotografia, o sol do fim de tarde ilumina a paisagem do Hotel Termas El Sosneado, às margens do Rio Atuel.

Foto de Angie Tonelli

A última delas foi realizada por Nando Parrado e Roberto Canessa, que conseguiram atravessar a pé a Cordilheira dos Andes até o Chile, onde depois de 10 dias e noites caminhando encontraram o tropeiro Sergio Catalán, que alertou as autoridades para que viessem em seu socorro.

Parrado e Canessa caminharam 38 quilômetros até o Chile. No entanto, a cerca de 22 quilômetros em linha reta do local do acidente estava o Hotel Termas El Sosneadoum prédio abandonado desde a década de 1950, de acordo com um artigo no site de imprensa do governo, que poderia ter servido de abrigo para quem sobreviveu à tragédia. 

Esse é o ponto de partida para expedições ao santuário, pois – de acordo com as autoridades locais – o local só é acessível a partir da província argentina.

(Conteúdo relacionado: Acidente nos Andes: 5 fatos surpreendentes sobre essa história de sobrevivência)

Como chegar ao local da tragédia dos Andes

O local da tragédia dos Andes é de difícil acesso. Portanto, a única maneira de os visitantes chegarem lá é por terra, seja caminhando ou a cavalo.

O caminho para o santuário começa na Rota Provincial 220, em El Sosneado, a noroeste de Malargüe. As expedições vão até o Puesto Araya, aos pés do vulcão El Sosneado e muito próximo ao abandonado Hotel Hotel Termas El Sosneado. Até esta parte, o acesso é feito por veículos com tração nas quatro rodas, como explicou Daniel Von Zedtwitz, diretor de turismo de Malargüe, para National Geographic.

O governo de Mendoza ressalta que essa é uma estrada de 65 quilômetros de extensão, acidentada e selvagem; por isso mesmo, às vezes ela é afetada por grandes deslizamentos de terra e neve no inverno. Por esse motivo, a expedição só é acessível entre novembro e março, meses de verão na região.

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    Uma vez em Puesto Araya, a expedição ao local exato da tragédia começa e dura cerca de três dias. De acordo com o que o diretor de turismo de Malargüe especificou a National Geographic, durante o primeiro dia as opções são cavalgar ou caminhar por 5 ou 6 horas até chegar ao Acampamento Base El Barroso

    Segundo o governo de Mendoza, há um posto de controle no acampamento onde é preciso pagar 35 mil pesos argentinos (cerca de 35 dólares) para usufruir de uma série de serviços que o local oferece. Entre eles estão telefonia via satéliteempréstimo de equipamentos para a jornada, opções de lugares para comer e banheiros de uso livre. 

    É apenas no segundo dia de jornada que os visitantes chegam ao Memorial em homenagem às vítimas da tragédia dos Andes, que fica a 3.600 metros acima do nível do mar. Depois disso, é hora de retornar ao Campo Base,  em uma viagem total de 12 a 14 horas caminhando.

    Daniel Von Zedtwitz explica que existem algumas empresas privadas que oferecem essa caminhada – e que os preços das expedições variam de acordo com os serviços prestados. 

    O governo de Mendoza ressalta a importância de não tentar fazer a rota até o memorial da tragédia sozinho, sem o auxílio de algum guia ou empresa especializada no local e que esteja registrado pela Empresa de Turismo de Mendoza (Emetur), um órgão oficial do governo argentino. 

    "Isso permitirá aos viajantes chegar à geleira guiados por especialistas, contar com todos os serviços dos acampamentos gerais, além de ter tropeiros e cavalos para a travessia dos rios e apoio direto em caso de qualquer emergência", ressalta Von Zedtwitz.

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