Fotos revelam a opressão no Zimbábue antes do 'golpe'
Publicado 17 de nov. de 2017 13:11 BRST
Criança observa de uma sala em um albergue fora da capital, Harare. Um cartaz político apresenta Robert Mugabe, cujo domínio de 37 anos quebrou o país e fez com que milhões fugissem.
Nove crianças órfãs moram aqui com seus avós idosos, vivendo da terra. Quase um milhão de crianças no Zimbábue perderam um ou ambos os pais para a Aids.
Com a economia quebrada, muitos zimbabuenses voltaram-se para o mercado negro ou mineração ilegal para ganhar a vida. "Ficamos sem empregos", disse um minerador, referindo-se à interrupção em 2005 causada pela operação Limpar a Sujeira. "Tivemos que vir para a área rural, e a única coisa a fazer foi cavar procurando ouro".
O governo lançou a Operação Limpar a Sujeira em 2005, expulsando centenas de milhares de pessoas de suas casas. As famílias vivem nesta antiga cervejaria "como animais", diz um residente.
O milho luta para crescer em um campo degradado ao redor dos restos de um edifício agrícola. A tomada de fazendas comerciais de propriedade de brancos sancionada pelo estado começou em 2000 e foi catastrófica para a agricultura. Antes, a área era próspera. Mas o tabaco está voltando: em 2012, pequenos agricultores negros produziram 100 milhões de quilos, comparado a 105 milhões em 2008.
O quintal abandonado de uma fábrica de processamento de carne em Bulawayo. Uma década atrás, uma reforma agrária feita a esmo acabou com a indústria de pecuária do país.
Rua movimentada em Bulawayo desmente a realidade de uma economia destruída. A maioria dos zimbabuenses sobrevive com operações informais ou remessas enviadas por parentes no exterior.
Homem idoso atravessa um campo de milho até os túmulos de quatro de seus dez filhos mortos. Sob a liderança despótica de Mugabe, os serviços de saúde não conseguem atender os 12,6 milhões de habitantes do país.