Como peixes exóticos de recifes de coral vão parar em aquários
Um grupo de conservacionistas rastreou cada passo do processo, desde a captura até a exibição dos animais.
Publicado 10 de abr. de 2018, 15:56 BRT

Respirando por uma mangueira de plástico conectada a um compressor de ar, este experiente pescador da ilha indonésia de Sulawesi Central trabalha em um recife no Mar Banda catando peixes na rede e depois os transferindo para uma saco ao seu lado. Esse método legal é considerado melhor para os recifes de coral e para a vida marinha que a prática recorrente e ilegal de pesca com cianeto, que lança produtos químicos tóxicos nos peixes para atordoá-los e facilitar a coleta.
Foto de Shannon Switzer SwansonUm negociante local calcula quando deve a um pescador por 50 cirugiões-patela, uma espécie de aquário popular. Ele mora em Sulawesi Central, mas faz viagens semanais de 6 horas até o Mar Banda para comprar peixes de coletores. Ele deve empacotar e desempacotar os peixes em sacos oxigenados três vezes antes de levá-los em um voo para Java Oriental, onde encontrará outro intermediário da cadeia de suprimentos.
Foto de Shannon Switzer SwansonCirurgiões-patela nadam em um balde na propriedade de um negociante em Java Oriental, onde eles devem passar de algumas semanas a seis meses até ficarem maiores. Apesar da preocupação de que a demanda por cirurgiões-paleta aumentaria com o lançamento do filme Procurando Dory e colocaria mais pressão sobre as populações, a ecologista marinha Shannon Switzer diz que ainda não há muita informação sobre o que aconteceu.
Foto de Caleb KruseEmbalados e prontos para serem transportados em Santa Ana, nas Filipinas, estes peixes – de dezenas de espécies – devem ser exportados para Denpasar, no Bali. Mais peixes de água salgada são exportados da Indonésia e das Filipinas do que de qualquer outro lugar.
Foto de Shannon Switzer SwansonCirurgiões-patela nadam em tanques em Bali Double C, em Denpasar, um grande exportador de peixes de recife fundado por Conrad Chen, um dos poucos comerciantes globais. Os peixes serão ensacados e empacotados para serem enviados de Bali aos Estados Unidos.
Foto de Mikayla WujecA alfândega do Aeroporto Internacional Ngurah Rai, em Bali, inspeciona peixes com destino à Europa, Hong Kong, Japão ou EUA, por Los Angeles – o maior importador de peixes de água salgado do mundo. "Com certeza há uma alta taxa de mortalidade em toda cadeia de suprimentos, mas é incrível que eles consigam atravessar o mundo", disse Swanson.
Foto de Shannon Switzer SwansonGreg Donelson, aquarista de Colorado Springs, nos EUA, mostra seu aquário de 470 litros. Muitos aquaristas dizem que gostariam de saber mais sobre a origem de seus peixes e como eles são capturados.
Foto de Caleb Kruse