Fotos: Apartheid, na África do Sul, acabou há 29 anos — o que mudou?
Publicado 6 de mai. de 2019, 16:55 BRT

Wilmarie Deetlefs, 24 anos, beija o namorado, Zakithi Buthelezi, 27 anos, à noite em Johanesburgo. O casal se conheceu no aplicativo de encontros Tinder e, embora a África do Sul pós-apartheid seja comumente chamada de "Nação Arco-Íris", os relacionamentos inter-raciais entre sul-africanos nativos não são tão comuns. Buthelezi, neto do importante líder zulu Mangosuthu Buthelezi, acredita que o relacionamento lhe traz respeito. Para a namorada, a resposta é exatamente o oposto. “Vá arrumar um homem da sua cor”, uma vez um taxista lhe gritou.
Foto de Ilvy NjiokiktjienAlunos da Tom Naudé High School em Polokwane se encaminham de uma aula para outra quando toca o sinal.
Foto de Ilvy NjiokiktjienO grupo sobrevivencialista Kommandokorps, na África do Sul, organiza acampamentos durante feriados escolares para adolescentes africânderes brancos, ensinando a autodefesa contra um inimigo negro. O líder do grupo, o autoproclamado "coronel" Franz Jooste, serviu na Força de Defesa Sul-Africana no antigo regime do apartheid e rejeita a visão de uma nação multicultural.
Foto de Ilvy NjiokiktjienMembros do "The Creatives", um coletivo de jovens artistas sediado em Pretória, assistem a um show de comédia com o organizador principal do grupo, Innocent Moreku. Os jovens artistas negros se sentem muito mais livres e incentivados a se expressarem desde o fim do apartheid.
Foto de Ilvy NjiokiktjienA família Van der Poel mudou-se dos Países Baixos para a casa em Cullinan, África do Sul, em 1994, para trabalhar na agricultura. Agora, fazem parte do Suidlanders, grupo de sul-africanos brancos de ascendência holandesa, em sua maioria, que acredita que o país está indo rumo à anarquia.
Foto de Ilvy NjiokiktjienLauren-Lee Scheepers e seu parceiro de baile saem do apartamento em Joyce Court, entre as comemorações dos vizinhos. Ela é a primeira da família a concluir o ensino médio.
Foto de Ilvy NjiokiktjienApós aguardarem cerca de seis horas, essas pessoas foram impedidas de ver o velório aberto de Nelson Mandela, em Pretória. Elas vocalizaram sua raiva à polícia.
Foto de Ilvy NjiokiktjienCrianças no bairro de Manenberg, Cidade do Cabo, África do Sul, dominado pelas gangues, brincam em frente a um muro em que se pintaram as imagens de crianças, armas e as palavras: "quero brincar livre" e "basta!".
Foto de Ilvy NjiokiktjienJason Noah, filho de dois policiais de Pretória, comemora seu 21o aniversário com a família e os amigos, festejando primeiro na casa dos pais e, depois, num clube local.
Foto de Ilvy NjiokiktjienDarshana Govindram, 24 anos, faz compras para se preparar para o Diwali, o Festival das Luzes dos hindus, dos siques e dos jainos, ocorrido a cada outono, em Chatsworth, subúrbio de Durban. O governo do apartheid projetou Chatsworth para segregar a grande comunidade indiana da cidade. Sua finada avó uma vez disse a Darshana que preferia os tempos do apartheid por acreditar que havia menos crime e corrupção. Mas Darshana acredita que não se pode culpar o governo por todos os problemas da África do Sul.
Foto de Ilvy NjiokiktjienUm grupo de jovens se reúne na piscina do Bela Bela Resort. Bela-Bela, conhecida anteriormente como “Warmbaths”, é uma cidade da Província de Limpopo, África do Sul, a meio caminho entre Pretória e Polokwane. Antes do fim do apartheid, não se permitia o acesso de não brancos ao resort.
Foto de Ilvy NjiokiktjienLauren-Lee (Lolla) Scheepers, 18 anos, ouve um pastor da "City of Refuge Ministries" aconselhando os fieis sobre a religião e o "abandono da vida em gangue" durante reunião noturna no bairro de Joyce Court em Manenberg, Cidade do Cabo, África do Sul.
Foto de Ilvy NjiokiktjienUm grupo revive a Batalha de IsandIwana, o primeiro encontro de grandes proporções da Guerra Anglo-Zulu entre o Império Britânico e o Reino Zulu. Nove dias após os britânicos começarem a invasão de Zululand, na África do Sul, em janeiro de 1879, uma força zulu de cerca de 20 mil guerreiros atacou o grupo britânico. Apesar da grande desvantagem em termos de tecnologia de armamento, os zulus acabaram derrotando os britânicos, matando 1,3 mil soldados, inclusive toda a linha de frente.
Foto de Ilvy NjiokiktjienHomem passa por uma parede com várias imagens de Nelson Mandela na rua Khumalo em Soweto, Joanesburgo. Soweto foi palco de uma série de manifestações e protestos liderados por crianças negras na África do Sul, que começaram na manhã de 16 de junho de 1976, e terminaram com a morte de várias centenas de crianças.
Foto de Ilvy NjiokiktjienNatalie de Wee, 18 anos, e seus pais, também de Manenberg, juntaram dinheiro por vários meses para comprar esse vestido, de US$ 245. A jovem empreendedora pretende alugar o vestido para futuras graduandas do ensino médio e convidadas.
Foto de Ilvy NjiokiktjienAlunos do Hilton College em Hilton, África do Sul, acampam por uma noite na reserva esportiva particular da escola. Os alunos moram no internato, que é um dos poucos internatos exclusivamente masculinos que ainda restam na África do Sul.
Foto de Ilvy NjiokiktjienEm uma das últimas internações de Nelson Mandela no Mediclinic Heart Hospital, em Pretória, crianças e adultos soltaram balões brancos no ar para demonstrar seu apoio.
Foto de Ilvy NjiokiktjienEm cerimônia em memória ao ex-presidente sul-africano Nelson Mandela, jovens e velhos dançam e cantam no estádio FNB, em Johanesburgo.
Foto de Ilvy NjiokiktjienJano van Zyl, 13 anos, descansa na cama em casa, em Klerksdorp, África do Sul. Ele foi o garoto mais novo a participar do acampamento do Kommandokorps. A mãe dele, Janomi, mandou o menino ao acampamento para que ele aprendesse a ser homem. Ao retornar à sua escola integrada em Klerksdorp, ele estava claramente distante dos alunos de outras etnias que haviam sido seus bons amigos.
Foto de Ilvy NjiokiktjienModelo sul-africana negra é maquiada por maquiadora branca em evento de moda de Johanesburgo.
Foto de Ilvy NjiokiktjienAlunos participam de aula no laboratório no Hilton College, internato em Hilton, África do Sul.
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